sábado, 27 de setembro de 2025

Riqueza da ternura

Só o amor puro das crianças

António Marcelino
Hoje conto uma história. “Um menino de 4 anos tinha um vizinho idoso a quem falecera dias antes a esposa. Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele e sentou-se simplesmente no seu colo. Quando a mãe lhe perguntou o que tinha dito ao velhinho, ele respondeu: Nada. Só o ajudei a chorar.” Um escritor de nome, convidado como jurado de um concurso de crianças, deixou-nos esta preciosidade como gesto inefável da criança premiada.
Sobram comentários. É isto que não deixa que o mundo se afogue. Uns dispensam os filhos, outros escandalizam as crianças, outros põem veneno em tudo, sabendo que elas o irão beber… Deus vela por elas através de quem é capaz de as amar sem condições.
O melhor do mundo, disse o poeta, são as crianças.Quem as faz andar em terras desertas e frias para poderem ter escola não pensa assim. Quem deixa que a família se degrade ou até contribua para isso não pensa assim.
Quem não tem sensibilidade para perceber a riqueza dos gestos de ternura não pensa assim.
Amanhã é Dia de Portugal. A riqueza do país são as pessoas. Mais ainda, as crianças. Só elas são capazes de ajudar a chorar. E, neste chorar, aliviam a dor que mais dói, a da saudade de quem se ama.
Só o amor puro das crianças.

António Marcelino


NOTA: Conheci de perto a vida a correr de D. António Marcelino, Bispo de Aveiro. Convidou-me para liderar a Comunicação Social e Cultural da Diocese e sempre me apoiou. Fiquei-lhe grato pela confiança que em mim depositou.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Schoenstatt - Gafanha da Nazaré


"Há caminhos não andados que esperam por alguém" — diz um cântico religioso que hoje me veio visitar.

O Farol mais alto de Portugal

 

Para quem não sabe, lembro que o nosso farol é o mais alto de Portugal. Ontem passei por lá, mais uma vez.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Recanto com vida


 Quando as flores retomam cores, gostam de ser partilhadas. 

Vitorino Nemésio - RETRATO


Cruel como os Assírios,
Lânguido como os Persas,
Entre estrelas e círios
Cristão só nas conversas.

Árabe no sossego,
Africano no ardor;
No corpo, Grego, Grego!
Homem, seja onde for.

Romano na ambição,
Oriental no ardil,
Latino na paixão,
Europeu por subtil:

Homem sou, Homem só
(Pascal: «nem anjo nem bruto»):
Cristãmente, do pó
Me levante impoluto.


Vitorino Nemésio

Amarelo e verde é...


A expressão "amarelo e verde é como ranho na parede" é uma metáfora visual que descreve uma situação desagradável, pegajosa e que deixa uma má impressão, como as manchas de ranho que sujam a parede.

NOTA:  Dos dicionários.