segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Faleceu o diácono António Delgado

É com pesar que registo o falecimento do diácono António Delgado.
Nascido a 2 de agosto de 1943, na freguesia do Fundão, Guarda; foi ordenado diácono a 15 de agosto de 1993, na Sé de Aveiro, por D. António Baltasar Marcelino.
O diácono Delgado esteve ao serviço da Pastoral Familiar e Socio-Caritativa, mas também foi colaborador da Pastoral do Apostolado do Mar e da paróquia da Gafanha da Encarnação.
Evoco-o com saudade pela sua amizade pessoal e pelo seu exemplo de amor à Igreja.

domingo, 24 de agosto de 2025

Em Piódão em 2005


De Arganil, rumei a Piódão, uma Aldeia Histórica que é uma referência nacional. Foram 41 quilómetros, por estrada que serpenteia a Serra do Açor, do cimo da qual se pode apreciar um panorama único, pela verdura que o enche e pelos desfiladeiros que atemorizam o viajante mais destemido. Por aqui e por ali, casebres abandonados, de xisto, e, lá no alto, as torres que aproveitam a energia eólica. Nem vivalma pelo caminho. Apenas a serenidade e a beleza do ambiente, o ar puro que desentope os brônquios e a alma a sentir-se livre e a querer voar para chegar ao infinito. Depois, ao longe, ao virar de uma esquina serrana, meta à vista, com o casario da aldeia, como um bloco único de xisto.
Piódão é uma aldeia que não pode deixar de fazer parte de qualquer roteiro turístico para quem busca raízes ancestrais. A fundação do povoado data de 1676 e mantém, ainda hoje, as características da região, com uma fidelidade que impressiona. Povoamento concentrado de montanha, numa encosta e em ladeira, casas de xisto, ruas pedestres estreitas e tortuosas, regatos que escorrem por leito de pedra, flores e hortas em recantos aproveitados, tudo nos mostra o labor harmonioso de gente que através de séculos e séculos ali se fixou.

Nota: De uma visita a Piódão em 2005

sábado, 23 de agosto de 2025

Para falar, ouvir o Silêncio

Crónica semanal
de Anselmo Borges

Para falar, ouvir o Silêncio

Mesmo correndo o risco de repetições, volto ao tema, porque a ameaça temível da verborreia oca não cessa de aumentar... Sim, é verdade. Quando comparamos o ser humano e os outros animais, notamos que a linguagem duplamente articulada é característica decisiva dos humanos. Foi sobretudo a partir do século XVIII que se deu essa compreensão: até encontramos caricaturas com um missionário no meio da selva africana dizendo a um macaco: “Fala, e eu baptizo-te”. Se falasse, era humano. Evidentemente, esta fala refere-se ao que é próprio do ser humano: dupla articulação da linguagem.
Pela palavra, abrimo-nos ao mundo e o mundo abre-se a nós. Falando, damos razão disto ou daquilo, argumentamos, comprometemo-nos, formamos comunidade. Sendo a razão humana linguisticizada, só podemos compreender-nos a nós próprios em corpo, com outros e na História.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

PORTUGAL - Um dos primeiros no turismo

“Portugal virá a ser um dos primeiros países do turismo”. O prognóstico de 1911, feito pelo arquiteto francês Henri Martinet, estava certo. De acordo com o Fórum Económico Mundial, Portugal encontrava-se, em 2015, entre um dos vinte destinos turísticos mais competitivos do mundo. O sector tem tido direito a lugar de honra no espaço público e gozado de uma enorme cobertura mediática. Em 2013, a Lonely Planet colocou o Porto como o melhor de entre dez lugares de férias de eleição na Europa. Nesse mesmo ano e em 2014, praias, paisagens, gastronomia e simpatia do povo português levaram os leitores da edição espanhola da revista Condé Naste Treveller a escolher Portugal como o melhor país para visitar; “especial encanto que é visível nas tradições do país, com cidades que combinam a modernidade com o peso visível da história, paisagens e praias que nos reconciliam com a Natureza”.

Em Introdução do livro “Turismo em Portugal” de Vera Gouveia Barros

Arte Xávega


A Arte Xávega, que muitos conhecem pela utilização de juntas de bois que puxam a rede para a praia, não começou assim. O padre João Rezende diz, na sua Monografia da Gafanha, que “Até cerca de 1887 estava ainda em uso o processo de pesca no mar pelo arrasto ao cinto, que consistia em cada um dos pescadores prender, por uma laçada especial, a corda do cinto às duas cordas especiais da rede (o rossoeiro e a corda barca) e assim ligados, ou atrelados se quiserem, arrastarem a rede para fora da pancada do mar.” Diz o mesmo autor que foi Manuel Firmino, proprietário de companhas e político de Aveiro, quem primeiro substituiu, naquele ano, o arrasto ao cinto pela tracção do gado bovino.

domingo, 17 de agosto de 2025

Costa Nova do Prado


O postal andava por aqui esquecido. Acontece-me frequentemente, mas hoje resolvi dar-lhe vida. Para todos os que gostam deste recanto das nossas terras, com votos de saúde e alegria.