quinta-feira, 24 de julho de 2025

Como reagir?

Já decidi. Como reagir? Para já, rejeitei a modorra de uma vida um pouco parada. Parada e estarrecida, perante um mundo de cabeça perdida. Guerras em quase todos os quadrantes do planeta. Mortos, deslocados em fuga, esfomeados desesperados. Tudo em direto pelas televisões. 
Não sabemos se as bombas surgirão quando menos se espera, cruzando os nossos horizontes, convidando-nos ao isolamento e ao medo, sem arte e força para nos protegermos nos recantos que habitamos, até agora tão tranquilos. O nosso silêncio de país neutro e amante da paz estará seguro? Não sei!

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Papa Leão XIV propõe fim à barbárie

“Peço que se ponha imediatamente termo à barbárie da guerra e que se encontre uma solução pacífica para o conflito”.O Papa está a cumprir a sua missão. Nos tempos deste século XXI, os homens e mulheres deviam ser arautos da paz e da concórdia. As eras das barbáries já não deviam ter lugar neste mundo da nossa civilização. Infelizmente, não é assim. 
Os conflitos armados continuam nos nossos dias. Como sempre. A competição pacífica é necessária e útil. Sem ela, jamais teremos progresso. Contudo, já era tempo de os homens e mulheres cultivarem a paz e as conquistas pelo diálogo.

sábado, 19 de julho de 2025

PÁRA E PENSA - O CRISTO PENSADOR

Crónica semanal
de Anselmo Borges

Karl Rahner, talvez o maior teólogo católico do século XX — tenho a honra de ter sido seu aluno —, deixou escapar um dia, numa aula, uma daquelas observações que nunca mais se esquecem: na Igreja católica é obrigatório confessar os pecados graves e mortais, mas não estava a ver que algum bispo ou padre ou superior religioso, ministro ou professor católico se tenha confessado do pecado grave e, frequentemente, mortal, da ignorância culpada, da incompetência fatal, da inteligência irresponsavelmente menorizada.
Em geral, nas igrejas, faz-se muito pouco apelo à razão, à reflexão crítica, à pergunta. Como se a fé não tivesse de conviver com a inteligência, com a dúvida e com a pergunta. Os cristãos — mas isso acontece em todas as religiões — parece que ficam tolhidos na sua capacidade de perguntar. No entanto, Jesus morreu a rezar esta pergunta infinita que atravessa os séculos: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” e, perto de nós, Martin Heidegger, um dos filósofos mais influentes do século XX, escreveu que “a pergunta é a piedade do pensamento”.

HÁ DIAS ASSIM!


Acordei sem programa definido e sem vontade de estabelecer metas. Olhei para todos os lados na perspectiva de definir horizontes. O cérebro não agiu em conformidade. Deixou-me ao sabor da maré: Ora vem, ora vai. E deixei-me abandonado às circunstâncias. Eu e a Lita regressámos à nossa casa que completa, em Agosto, 60 anos de vida.
Dei uma volta ao quintal, fixando-me nos pinheiros, arbustos e árvores de fruto. Ouvi o cacarejar da galinha e o chilrear da passarada e percebi a velocidade acelerada dos carros e motos pela nossa rua, estreita e muito frequentada.
O Sol brilhava, qual convite para um passeio? Fomos até à centralidade da nossa Igreja Matriz. Uns amigos por aqui e por ali e lá tive de pedir que se identificassem. Rostos conhecidos, mas os nomes varreram da minha cansada memória. É a vida!

FM

sexta-feira, 18 de julho de 2025

ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO nos Açores

«Quando o menino chegou à idade de aprender, o pai chamou para sua casa o poeta António Feliciano de Castilho [Residiu algum tempo em S. Miguel] e confiou-lhe a sua instrução. Castilho era considerado então grande poeta, talvez por causa das suas traduções de Ovídeo e de Goethe, e talvez também pela sua infeliz cegueira que, por vezes, dava aos seus versos um tom pomposo muito apreciado pelos românticos. Na realidade era um erudito irascível e austero que privilegiava a retórica e a gramática. Com ele o pequeno Antero aprendeu latim, alemão e métrica. E com estes estudos chegou à adolescência.»

quinta-feira, 17 de julho de 2025

MARES DO FIM DO MUNDO


A exposição “Retratos dos Mares do Fim do Mundo” encontra-se patente no Navio-Museu Santo André. A pesca portuguesa do bacalhau granjeou-nos com um diverso mosaico de perspetivas, memórias e expressões artísticas, amiúde exploradas pela propaganda oficial do Estado Novo. Entre as narrativas coincidentes com o regime e as que o criticavam abertamente, puderam surgir perspetivas que enriquecem a nossa perceção sobre a faina bacalhoeira.

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quarta-feira, 16 de julho de 2025

POBREZA PELO MUNDO

O Papa, Leão XIV, denunciou no domingo, 13 de julho, a situação dos povos “saqueados” pela guerra e pela pobreza, em todo o mundo, deixando apelos ao acolhimento de todos, sem distinção, nas comunidades católicas. “É o caminho de muitos povos despojados, roubados e saqueados, vítimas de sistemas políticos opressivos, de uma economia que os condena à pobreza, da guerra que mata os seus sonhos e as suas vidas”, declarou o Papa na homilia da primeira Missa a que presidiu em Castel Gandolfo, onde se encontra a passar um período de férias.

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