terça-feira, 25 de março de 2025

AVEIRO: Estátua de José Estêvão

 Foto do Inventário Artístico de Portugal - Aveiro - Zona Sul

José Estêvão na posição de orador em que foi mestre.

segunda-feira, 24 de março de 2025

Colagem Google


O Google é habilidoso. Apanhou-me distraído e fez esta colagem. E eu fiz-lhe a vontade.

REZAR? AMAR? TRABALHAR?

 

O SOL está de volta?


Para começar a semana de trabalho, parece que o SOL está de volta. Será que veio para ficar? Com as alterações climáticas que enfrentamos, nunca se sabe. Vamos torcer por isso. 
Boa semana para todos.

sábado, 22 de março de 2025

ANTÓNIO FEIJÓ - O Amor e o Tempo









O Amor e o Tempo

Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia,
O Amor, o Tempo, a minha Amada
E eu subíamos um dia.

Da minha Amada no gentil semblante
Já se viam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.

— «Amor! Amor! mais devagar!
Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!»

Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
— «Porque voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis?» — Nesse momento,

Volta-se o Amor e diz com azedume:
— «Tende paciência, amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo... Adeus! Adeus!

António Feijó, 
in 'Sol de Inverno'


ANDANÇAS - Póvoa de Lanhoso

 

Encontro com Maria da Fonte, a heroína que deu lições a homens na defesa da sua terra e gentes. Em passeio de Verão, eu a Lita passámos pela Póvoa de Lanhoso para a saudar e homenagear. Não posso precisar a data.

Vencidos do catolicismo

Ruy Belo





Nós os vencidos do catolicismo
que não sabemos já donde a luz mana
haurimos o perdido misticismo
nos acordes da carmina burana

Nós que perdemos na luta da fé
não é que no fundo não creiamos
mas não lutamos já firme e a pé
nem nada impomos do que duvidamos

Já nenhum garizim nos chega agora
depois de ouvir como a samaritana
que em espírito e verdade é que se adora
deixem-me ouvir a carmina burana

Nesta vida é que nós acreditamos
e no homem que dizem que criaste
se temos o que temos o jogamos
“meu deus meu deus porque
me abandonaste?”

Ruy Belo



NOTA: Entre livros há sempre livrinhos que deixaram marcas indeléveis em certos recantos do nosso cérebro. Da capa de "Nós, os vencidos do catolicismo" transcrevi o poema que hoje partilho com os meus leitores e amigos.