quarta-feira, 19 de março de 2025

Obrigado, Pai, pelo teu exemplo


Celebra-se hoje o Dia do Pai. Também a Igreja celebra S. José. Associo muito o meu pai a S. José. Ambos trabalhadores com responsabilidades familiares. Ambos humildes e dados a um certo e normal silêncio. Ambos conscientes dos seus deveres sociais e religiosos. Ambos crentes num Deus Criador. Ambos disponíveis para enfrentarem dificuldades. Ambos com grande capacidade de sacrifício. E ambos sabiam amar muito. O meu pai faleceu há bastantes anos. Foi nos idos de 75 do século passado. Inesperadamente. De forma apressada e sem hipótese de cura. Nunca o tinha visto doente. Nunca se queixava de qualquer incómodo que nos levasse a pensar num possível enfarte. Era um homem saudável e até brincava com as nossas fraquezas. Mas a primeira doença que teve foi fatal.

FM

A sociedade que temos...


“Em 2024, de acordo com as estatísticas do INE, cerca de 500 mil pessoas viviam em privação material e social severa, 266 mil não tinham capacidade financeira para terem uma alimentação adequada, 649 mil não tinham capacidade para comprar roupa nova, mais de 1 milhão não tinham meios para gastar uma pequena quantia consigo e mais de 1,6 milhões não conseguia manter a casa devidamente aquecida”

Nota: Dos jornais 

segunda-feira, 17 de março de 2025

Salve Rainha de Alçada Baptista

“Salve Rainha, mãe de Deus, olhai por nós que somos frágeis. A vós nos dirigimos do meio das dificuldades da vida com ansiedade e confiança. Lançai sobre nós os vossos olhos bondosos e, depois da nossa morte, leva-nos a Jesus com a ternura da mãe para o filho querido. Ó doce Virgem Maria, ajudai-nos e olhai para nós e ajudai-nos para podermos alcançar as promessas de Cristo.”

Nota: Republicar é uma forma de reviver leituras e autores que apreciei ao longo da minha vida.

Oceano casou com a Ria


O Oceano Atlântico, a dada altura, abraçou a Ria e ficaram amigos para toda a vida. O Farol avisa a quem passa, a mais de 30 quilómetros de distância, que estão perto de terra segura.

sábado, 15 de março de 2025

Hermenêutica feminista das religiões

 Crónicas PÁRA E PENSA

Anselmo Borges

A religião/religiões só têm sentido se e na medida em que são factor de libertação/salvação. Ora, a gente fica tremendamente impressionado, quando observa o que de negativo tantas vezes as religiões e os seus textos dizem sobre as mulheres. Que é que isto quer dizer? É  essencial interpretar e não tomar de modo nenhum à letra. Aí ficam, pois, alguns princípios de hermenêutica feminista das religiões e seus textos.

Pressuposto essencial é evidentemente, a compreensão de que os textos sagrados não são ditados de Deus, tornando-se, pois, claro que, sem interpretação, eles se convertem inevitavelmente, em texto fundamentalistas. Os textos sagrados têm de ser lidos de modo crítico e situados no seu contexto histórico.
Um livro sagrado, por exemplo, a Bíblia, só tem validade última e só encontra a sua verdade adequada enquanto todo e na sua dinâmica global. A argumentação com fragmentos pode por vezes tornar-se inclusivamente ridícula. Assim, princípio hermenêutico essencial e decisivo das religiões e dos seus textos é o do sentido último da religião, que é a libertação e salvação. O Sagrado, Deus, referente último do religioso, apresenta-se como Mistério plenamente libertador e salvador. É, pois, à luz desta intenção última que as religiões e os seus textos têm de ser lidos, concluindo-se que não têm autoridade aqueles textos que, de uma forma ou outra, se apresenta como opressores e discriminatórios.

António Gedeão - Minha Aldeia

Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.

Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.

Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.

Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valência de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.

António Gedeão

sexta-feira, 14 de março de 2025

Flores do meu quintal


A nossa casa tem espaços para caminhar, trabalhar e sonhar. Eu apenas caminho e sonho, ao jeito da minha idade. E no meu caminhar contemplo flores de sonho.