quinta-feira, 9 de novembro de 2023

MMI - Dia Aberto

 

Domingo, dia 12 de novembro, é Dia Aberto, a entrada é gratuita no Museu Marítimo de Ílhavo, Navio-Museu Santo André e Centro de Religiosidade Marítima. É sempre assim ao segundo domingo de cada mês.

Como é sabido, há muita gente na nossa região que não tem por hábito visitar os museus. E alguns, de forma natural, até me têm dito que nunca ou raramente o fizeram.

Há anos, estava eu de férias algures, quando recebi uma mensagem do Norte de Portugal, que dizia mais ou menos isto: "No próximo fim-de-semana, vamos à sua terra numa excursão. Que nos aconselha a ver?" E eu lá os elucidei.

Hora da chegada


Quantas vezes na minha vida de menino e jovem participei numa cena semelhante! A alegria do abraço do meu pai, Armando Grilo, que evoco hoje com imensa ternura e saudade.

Uma súplica...


A chuva e o frio ainda antes do inverno obrigam-me a pedir ao Sol que, depois de mergulhar no mar, regresse com o seu calor tão desejado nesta altura.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Que hei de dizer?


Umas horitas fora de casa, em hospital e outros assuntos, com o ramerrão da vida a ocupar-me, ruas e ruelas, lojas e gente por todo o lado, o costume. Chego a casa, descanso normal. Acordo, abro a TV e ouço um estrondo: António Costa pediu a demissão. Quem havia de dizer. 
António Costa, porventura o nosso político com mais experiência e bem conhecido na Europa, e não só, demite-se do Governo. Há em curso investigações. Depois, ou fica livre por nada se provar, ou terá de prestar contas à Justiça e ao País. 
O problema é que, até tudo se averiguar, muita água vai  passar pela nossa Ponte da Cambeia.

NATAL já vem a caminho


 O Natal é sempre um desafio à nossa imaginação e criatividade para o celebrar. O comércio, sabendo disso, antecipa-se a falar dele. E nós, sem imaginação, deixamos passar a carruagem e não fazemos nada. 

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

CURIOSIDADES — Os anhos da Gafanha

«Os anhos da Gafanha são muito apreciados, pelo sabor agradavel e especial da carne.
Não ha alli arvores fructiferas nem vinhas, porque a camada de terra productiva, pela sua pequena profundidade, lhes não permite crescimento.
São denominados gafanhões os habitantes da Gafanha, a seu typo physionomico denuncia feicão árabe, os homens são robustos e de boas fórmas, e as mulheres de mediana estatura, mas cheias e vigorosas. São de caracter expansivo e indole benevola. É raridade o casamento de um gafanhão, homem ou mulher, fora da colonia, que talvez por isso conserva immutavel a sua feição primitiva. Cada nova casa edificada é signal de que um novo casal se estabeleceu. Há alli duas capelIas, modestas, mas decentes, edificadas e consagradas ao culto, à custa da colonia.
Em junho do anno passado vivia, e talvez viva ainda, a matriarcha d'aquelIa povoação. Chamavam-lhe a tia Joanna e parecIa que, embebecida no fumo do seu cachimbo, se deslembrava da conta do tempo abrangido pelos seus 90 janeiros. É a idade que nos disseram deveria ter.»

Guerra Leal

Nota: De um texto de  António Gomes da Rocha Madail publicado na revista “Aveiro e o seu Distrito”, n.º 2 de 1966,

domingo, 5 de novembro de 2023

Os velhos são fontes de saberes?

Com o tempo que temos só em casa é que me sinto bem e seguro. Contudo, fico melhor se recebo a visita de familiares. Foi o caso de hoje.
A família, sobretudo, e os amigos são uma riqueza indesmentível. As conversas dão ânimo, e com elas muito aprendemos, mas também damos a nossa achega a quem nos rodeia. Nessas alturas, aliás, partilhamos conhecimentos e ficamos mais ricos, sobretudo se soubermos ouvir.
Hoje foi um dia desses. Todos mais novos, com saberes variados próprios dos tempos atuais, das escolas e das famílias, enriquecidos por uma comunicação social multifacetada e em permanente atualização, direi melhor, em direto. Dizem que os velhos são fontes de saberes. Talvez, porém, nem sempre.
Estamos a assistir a um triste e lamentável espetáculo, a guerra devastadora no Médio Oriente, onde todos os beligerantes acabam por perder. Mortes em número incalculável e destruição total de aldeias, vilas e cidades. E de quem será a culpa? De todos. Falar de reconstrução será impensável?

F. M.