quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Para ocupar o nosso pensamento

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” 

Filipenses 4,8.

FAFEIRAS - uma história de vida


 "FAFEIRAS - uma história de vida", que vai ser apresentado na nossa terra, merece ser lido por refletir o contributo de mulheres de Fafe nos trabalhos das secas do bacalhau, mas não só.  As investigações e esforços dos autores — Paulo Moreira e António José Novais —  merecem o nosso aplauso.

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terça-feira, 3 de outubro de 2023

ROSA DO MUNDO

Há livros que valem quanto pesam.
Não interessa nada procurar a balança porque o seu peso está no conteúdo, com os seus 2001 poemas para o futuro, em 1900 páginas.
De vez em quando volto a este livro para me deliciar. A mesa próxima oferece-lhe sempre um espaço. Está sempre reservado.
E eu, encantado, recito, serenamente, alguns poemas do mundo, que me indicam o caminho do futuro.

Pablo Neruda - UNIDADE


UNIDADE

Há algo denso, unido, sentado no fundo,
a repetir seu número, seu sinal idêntico.
Como se nota que as pedras tocaram o tempo,
em sua fina matéria há um olor a idade,
e à água que traz o mar, de sal e sonho.

Rodeia-me uma mesma coisa, um movimento único:
o peso do mineral, da luz, do mel,
colam-se ao som da palavra noite:
a tinta do trigo, do marfim, do pranto,
as coisas de couro, de madeira, de lã,
envelhecidas, debotadas, uniformes,
unem-se em meu redor como paredes.

Trabalho surdamente, a girar sobre mim mesmo,
como o corvo sobre a morte, o corvo de luto.
Penso, isolado na extensão das estações,
central, cercado por uma geografia silenciosa:
uma temperatura parcial cai do céu,
um extremo império de confusas unidades
reúne-se a cercar-me.

PABLO NERUDA (1904-1973)

In "ROSA DO MUNDO - 2001 poemas para o futuro"

Nota: À falta de tema, por cansaço ou outros  motivos, a POESIA  tem sempre lugar.

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Dia da Não-Violência e da Paz

O Dia da Não-Violência e da Paz comemora-se anualmente a 2 de Outubro, como instituiu a ONU - Organização das Nações Unidas, em homenagem a Mahatma Gandhi, nascido nesse mesmo dia, em 1869. Gandy foi um grande defensor do princípio da não-agressão.
Quando se fala e escreve não-agressão, princípio que nos devia orientar para uma paz responsável  em todos os atos das nossas vidas, significa, na realidade, a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. 
Não há tantos que agridem pela palavra, por gestos e pela indiferença, quando falam e escrevem? 
Não será verdade que a felicidade individual e coletiva depende, fundamentalmente, dos nossos contributos, no dia a dia, em prol da não-violência e da paz?

domingo, 1 de outubro de 2023

Vamos ao trabalho - 1 de Outubro


Vamos ao trabalho. O primeiro dia  de Outubro é o ponto de partida para mais um ano de trabalho. Assim era nos meus tempos de menino e moço. As aulas começavam e tudo voltava à normalidade. Hoje será bem diferente, mas no meu espírito  persiste essa ideia. Ainda há dias quentes, mas já não é a mesma coisa.
Sendo assim, recebam os meus votos de boa disposição para quem trabalha e para quem estuda. 

sábado, 30 de setembro de 2023

A ÁGUA - Fator de beleza e turismo

"No mundo que até hoje nos foi dado conhecer, nenhuma terra existe como a de Aveiro, onde a água tão sensivelmente tenha valorizado a paisagem e exercido uma decisiva influência nos usos e nos costumes de um povo. Pode recordar-se a Holanda, as rias do Adriático, os lagos do Norte da Itália, a ria de Valência, o curso do Reno, mas nada disto nos fala de uma união mais harmoniosa entre a água e o homem, mais íntima e mais sentimental do que na região aveirense.
Ao observarmos isto não temos o pensamento senão na vida de um povo simples que ama a água, a terra e o espaço com o mesmo fervor e adoração com que reza a Deus. Podem as civilizações operar maravilhas (a seu modo) e pode o homem, com toda a sua ambição, alterar a morfologia da paisagem através da sua obra de conquista e de progresso, sacrificando, assim a própria Natureza em favor de uma evolução que, para seu mal, não lhe tem dado paz nem felicidade. Pode tudo isto acontecer, e tem acontecido, mas será difícil, na terra de Aveiro, que a civilização destrua as suas razões etognósticas, modifique a sua etnografia e conspurque a sua beleza paisagística."

Daniel Constant 

Nota -  Excerto de um texto publicado na revista Aveiro e o seu Distrito,  n.º  1