Reflexão de Georgino Rocha para o Domingo VI da Páscoa
“Devido ao estado de pandemia provocado pela Covid-19, o município de Vagos não irá proceder à realização das festividades de Nossa Senhora de Vagos e do Divino Espírito Santo. O investimento que estaria destinado às festas “está a ser aplicado na aquisição de testes Covid-19 e de equipamentos de proteção, a serem distribuídos posteriormente pelas autoridades, nas áreas da segurança, da saúde pública e do social”, anuncia a autarquia.
Ao longo do tempo pascal, Jesus, como bom pedagogo, prepara os discípulos para a nova etapa que vão viver. O Evangelho deste domingo narra “a conversa”, cheia de confidências, tida antes de partir para o Jardim das Oliveiras e iniciar a Paixão que o levará à morte de crucifixão por ódio dos inimigos e determinação das autoridades. Após a ceia de despedida, fala-se da despedida e da situação em que ficam os discípulos. A hora é grave. O ambiente é carregado e desolador. A sensação de abandono é completa e a tristeza incontida. A saída para o Jardim das Oliveiras está para breve. Escutam-se as últimas palavras que ficam como parte do testamento espiritual do Mestre.
“Eu pedirei ao Pai que vos mande outro Defensor para estar sempre convosco. Ele é o Espírito da verdade…que vós conheceis porque habita convosco e está em vós”. Pedido, promessa, certeza. Jesus refere-se ao Espírito Santo e garante a sua presença activa e companhia amiga que preenchem a sensação do vazio e vencem o temor da orfandade. Ele é o Consolador, o Paráclito, o Advogado. O olhar dos discípulos é reencaminhado para o futuro e o coração alertado para o novo prometido. A partida de Jesus – sua paixão, morte e ressurreição – abre caminho ao Espírito da verdade e, por ele, aos horizontes infinitos do amor de Deus, às realidades definitivas da comunhão da vida plena e feliz. - Jo 14, 15-21