terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Para recordar Camilo Castelo Branco

Coloquei, na coluna lateral do meu blogue,  o rosto da capa de uma antologia com textos da obra do conhecido [julgo eu] escritor Camilo Castelo Branco, autor que tanto me fascinou na minha juventude. Importa, porém, sublinhar que esta antologia — Histórias do meu tempo — foi organizada e prefaciada por José Viale Moutinho para a editora Temas e Debates, merecendo o meu aplauso, em jeito de quem recomenda a sua leitura aos que leram, há muito,  o consagrado homem de letras, um tanto ou quanto caído no rol do esquecimento. 
Numa época, como a nossa, tão cheia de propostas de leitura, entre outras tão envolventes como TV, cinema, teatro, revistas, jornais em papel e online, mais telemóveis, mais novos escritores, etc., não há, realmente, tempo para reler os nossos clássicos. Algumas editoras, contudo, têm sabido dar a volta à nossa distração, oferecendo-nos antologias que nos permitem matar saudades. 
A edição, diga-se de passagem, é excelente.

F. M. 

O Dia Mundial da Religião quer promover a paz entre os povos


Hoje, 21 de janeiro, celebra-se  o Dia Mundial das Religiões (DMR). A palavra religião provém do latim e significa a restauração da relação entre o Homem/Mulher e o Universo Sagrado de diversas sensibilidades, culturas e povos. 
O DMR celebra-se desde 1949 com a preocupação de promover a união das religiões, na convicção de que, deste modo, o mundo poderá vir a ser mais fraterno. 
Infelizmente, por muito que se fale e escreva com aquela preocupação, a verdade é que, neste universo de tantos povos e tantas religiões, ainda há quem mate e explore em nome de Deus.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Azulejos na Gafanha da Nazaré


Distingui hoje, na "Fotografia da semana", azulejos da nossa terra, como sinal de interesse para a cultura das Gafanhas. Tenciono fotografar outros quando os topar a jeito nas minhas curtas caminhadas. E pergunto: Haverá algum estudo sobre os azulejos ainda existentes em moradias da Gafanha da Nazaré? Gostaria de o conhecer. 

Saudades

Praia da Vagueira
Com o frio que sentimos, tenho saudades destas paisagens quentes que a maresia torna apetecíveis. Falta muito para as podermos usufruir? Quem espera sempre alcança.
Boa semana.

Moliceiro - Fim sem honra nem glória



Decerto depois de uma vida longa ao serviço dos homens e das paisagens lagunares, o velho moliceiro foi abandonado sem honra nem glória. Assim os objetos e as pessoas... Terminada a beleza, acaba a vida, na opinião de muitos...

domingo, 19 de janeiro de 2020

Despoluir a natureza e a Igreja

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO

Sem o sentido do sagrado, do mistério, sem sabedoria e ética, 
consentimos, dia a dia, em degradar a natureza que nos degrada a todos.

1. O poema bíblico da criação, ao celebrar a vitória sobre o caos e ao exaltar a harmonia humana e divina do universo, é fundamental para não desesperarmos dos trabalhos que exige a sua urgente recriação [1].
O desequilíbrio ecológico tem muitas causas. Mas as crenças que exaltam o individualismo, o progresso ilimitado, a concorrência irracional, o consumismo, o mercado sem regras movido apenas pela ganância, tendem a ignorar que não vale tudo. Esquecem que não dispomos de outro universo suplente como alguma imaginação delirante supõe.
Sem o sentido do sagrado, do mistério, sem sabedoria e ética, consentimos, dia a dia, em degradar a natureza que nos degrada a todos. Dispomos, no entanto, de recursos científicos e técnicos para poder dizer que, hoje, pode ser mais harmonioso do que ontem.
As televisões encheram-se de imagens do fogo que, em Portugal no longo verão de 2017, dizimou a floresta em grande escala associada à tragédia da morte de dezenas de pessoas. A destruição em curso da Amazónia, pulmão da humanidade, foi ridicularizada pelo próprio Presidente do Brasil. A Austrália em chamas tornou-se irreconhecível. Como se tornou hábito repetir, sem grande convicção, a crise climática tornou-se a questão incontornável. O próprio Papa a propôs na Encíclica Laudato Si’, que explicita contributos fundamentais sobre a educação ambiental e a conversão ecológica [2]. Lamentavelmente, ainda não penetrou na pastoral constante das paróquias e dos movimentos da Igreja Católica.

Ir visitar os outros é que é o Colégio Diaconal

Gafanha da Encarnação
Encontro anual 
de Diáconos Permanentes de Aveiro 


São Vicente
“Ir visitar os outros, tentar perceber como se encontram e convidar para o evento a viúva e filhas do diácono permanente Arnaldo Almeida, isto é que é o Colégio Diaconal”, referiu o Pe. Manuel Joaquim Rocha, Vigário Geral da Diocese, no encerramento do almoço-convívio dos Diáconos Permanentes, que se realizou na Gafanha da Encarnação, no domingo, 19 de janeiro. O encontro, ano após ano repetido,  evoca o padroeiro dos diáconos, São Vicente, que é, também, padroeiro de Lisboa.
O Vigário Geral valorizou o facto de o segundo grupo dos diáconos da Diocese de Aveiro ter visitado os colegas doentes e idosos, frisando a importância de os outros grupos procederem do mesmo modo. Disse que há alguns homens em escola de formação, programada para três anos, de onde poderão eventualmente surgir vocações para o ministério diaconal. Ainda informou que o nosso Bispo, D. Manuel Moiteiro, não pôde marcar presença nesta celebração por razões pastorais, já programadas.
A Eucaristia, presidida pelo Vigário Geral, foi concelebrada pelo pároco da Gafanha da Encarnação, Pe. Gustavo Fernandes, e pelo assistente dos diáconos, Pe. José Manuel Pereira, e nela participaram 16 diáconos permanentes e esposas, bem como membros da comunidade local. Foram evocados os diáconos já falecidos, os doentes e impossibilitados por outras razões.
No momento próprio, os diáconos permanentes renovaram as promessas diaconais, assumindo “viver mais intimamente unidos a Cristo”, configurando-se “com Ele que veio para servir e não para ser servido”. Comprometeram-se, entretanto, a permanecer fiéis ao serviço da Igreja, “na proclamação do Evangelho, no serviço do altar, no exercício da caridade verdadeira e na solicitude por todas as formas de pobreza”.
O almoço, num restaurante local, culminou com algumas notas históricas referentes à Gafanha da Encarnação, incluindo a Costa Nova do Prado, parte integrante daquela freguesia, sob o ponto de vista civil. 
O diácono António Delgado, que organizou o encontro-convívio, com colegas e esposas  do segundo grupo,  mostrou-se agradado pela forma como tudo decorreu, louvando a colaboração do seu pároco, Pe. Gustavo, que até conseguiu uma imagem de São Vicente para estar connosco nesta celebração.

Fernando Martins