sexta-feira, 26 de julho de 2019

Barra de Aveiro - Petroleiros de partida...



A  Barra de Aveiro proporciona-nos momentos agradáveis a cada instante. A cenas de embarcações num vaivém constante de entradas e saídas convidam-nos a olhar e a confirmar quanto é fundamental um porto multifacetado (pesca costeira e longínqua, recreio, industrial e comercial) para a economia local, regional e nacional. Esta imagem, por exemplo, diz-nos muito sobre a mais-valia que representa o Porto de Aveiro nas nossas vidas.

Georgino Rocha - Jesus ensina-nos a rezar



A resposta de Jesus abre novas dimensões ao pedido que o seu discípulo lhe faz para ensinar o grupo a rezar. São dimensões familiares que manifestam o ser de Deus, na sua relação connosco, que o fazem presente nas entranhas filiais de cada humano, que o definem e tornam reconhecido como a fonte de vida comum que gera “um nós” inconfundível e original. Constituem, por isso, a verdade que nos identifica e consolida na existência e a realidade performativa que nos impele a viver, cada vez mais, de acordo com a matriz do nosso ser humano.
O pedido do discípulo surge após a oração de Jesus. Lc 11, 1-13. Que haveria de especial, neste gesto de Jesus, para ele se sentir tão desejoso e impressionado? É certo que os mestres ensinavam os discípulos a rezar, transmitindo-lhes o resumo da mensagem que pretendiam difundir. Jesus praticava a oração, com normalidade, no decorrer do dia e das festas, sozinho e em família, com o grupo de acompanhantes, em lugares silenciosos, nos espaços públicos, na sinagoga, no templo. O grupo sabia-o e podia testemunhá-lo.
A novidade está, sem dúvida, na relação filial que manifesta ao dirigir-se a Deus como Abba, Papá querido, e consequentemente em “reconfigurar” o rosto de Deus no coração humano, em condensar o seu projecto de salvação em preces e atitudes vividas por ele e transmitidas aos discípulos, seus fiéis seguidores.
O desejo expresso pelo discípulo desvenda o melhor do ser humano: ser chamado a conhecer as suas capacidades e limitações, a ultrapassar-se a si mesmo – a sua vocação é Deus, a plenitude que Jesus nos revela -, a crescer na relação solidária, fruto da irmandade comum, a cuidar e apreciar tudo o que é humano como dom recebido a transmitir.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Figueira da Foz à noitinha - Edifícios e Forte



O Casino Oceano foi inaugurado em 3 de Agosto de 1898, para servir de café-concerto. Trata-se de um belo edifício representativo da "belle époque". No auge da sua vida, apresentava-se ricamente mobilado e decorado. O exterior é digno de ser apreciado.
Castelo Engenheiro Silva, antigo edifício do Turismo e Casa das Conchas.  Referência do último quartel do século XIX. Voltado para o mar, foi restaurado, apresentando-se, presentemente, com a dignidade necessária, merecendo a admiração de quem passa.






O Forte de Santa Catarina começou a ser edificado nos finais do século XVI para defesa da entrada do Mondego. Durante a primeira invasão napoleónica, foi ocupado pelas tropas de Junot, mas em 27 de Julho de 1808, um exército popular, armado de foices e lanças, comandado pelo académico Bernardo Zagalo, dominou o militares franceses ali aquartelados.

Mandela - A felicidade humana


"Estou mais do que nunca influenciado pela convicção 
de que a igualdade social é a única base da felicidade humana"

Nelson Mandela (1918-2013), Nobel da Paz


NOTA: Li no PÚBLICO

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Praia da Figueira à noitinha







Hoje, à noitinha, com a neblina a dar sinais de si, ainda foi possível registar alguns apontamentos que são marcas indeléveis de vida na Figueira da Foz. O Relógio que deu nome à praia está a perder terreno como pode ser visto. Outro valores mais altos sobressaem na paisagem. Sinais dos tempos. O mar está ali com torres de sinais ou coisa parecida. O paredão desafiou o oceano por decisão dos homens, mantendo-se tranquilo. E o porto exibiu a sua beleza com mastros e mastaréus, mais cabos que se cruzam e entrecruzam. 

terça-feira, 23 de julho de 2019

Férias - Da janela da minha sala

Da janela da minha sala

Só noite fechada é que olhei a cidade onde me instalei para uns dias de férias, não de trabalhos obrigatórios mas de rotinas. A máquina registou por mim um sinal do ambiente que anseio há tempos: Silêncio, ausência do trivial, perspetiva de abertura a novas formas de estar no meu tempo, que é bem diferente do comum dos mortais que gostam da agitação. 
Na hora da partida, peguei num livro da Agustina para uma releitura: “Os meninos de ouro”. Foi o que veio à mão. Podia ser outro, mas foi este o que mais me desafiou. Foi desafio que colhi da Biografia de Agustina Bessa-Luís, escrita por Isabel Rio Novo. Descobrir, nas personagens dos seus livros, figuras, factos, temperamentos, paisagens e vidas que deram vida aos seus romances foi trabalho extraordinário da biógrafa.
Entretanto, outra biografa da renomada e multifacetada escritora estará na forja, da autoria do historiador Rui Ramos. Será interessante, para mim, apreciar o que cada autor gostou de nos transmitir. A primeira biografia não foi autorizada pela família; a segunda foi encomendada pela família, muito antes de surgir nas livrarias o trabalho de Isabel Rio Novo. 
Por aqui, pela Figueira da Foz, nesta época balnear, já não se respira o ambiente cosmopolita doutras eras. Por exemplo, na minha ótica, há 20 anos, eu sentia um certo ar que a diferenciava das praias do centro, as que mais conhecia, com marcas palpáveis nos palacetes que têm resistido ao sol escaldante do verão e ao frio húmido e ventoso das outras estações. Mas ainda ao abandono. Mas disso direi algumas coisas simples do que vier a encontrar quando deambular pela cidade e arredores.
Boas férias para todos.

Fernando Martins 

domingo, 21 de julho de 2019

Bento Domingues - A fé cristã num colégio católico

Colégio (rede global)

"A procura da excelência no ensino 
tem de ser o cuidado de todos, 
seja qual for a sua orientação"


1. Neste texto, não pretendo abordar as questões gerais do ensino, em Portugal. Não é da minha competência. Pediram-me para tratar do que exige a fé cristã de um Colégio Católico.
É suposto estes colégios terem alguma referência ao Secretariado Nacional da Educação Cristã. Isto não impede que as orientações de cada instituição, com as suas tradições e práticas educativas, possam ser bastante diferentes.
As escolas, segundo os habituais rankings, são classificadas, bem ou mal, pelos resultados académicos. Nunca dei conta que a Religião contasse para esse efeito. Falo de religião em sentido genérico sem, para já, apreciar as tendências dentro deste fenómeno social que, no Ocidente e nomeadamente em Portugal, é cada vez mais investigada pela Sociologia[1].
A Igreja Católica, sobretudo em alguns países do Ocidente, vê-se confrontada com a declaração: “espiritual sim, religioso não”. Uma sondagem do ano passado, na Alemanha, referente ao ensino religioso e ético, dava os seguintes resultados: 52% acredita em Deus, mas só 22% se declara religioso. “Crentes” são o dobro. O facto de haver pessoas que se definem “espirituais” e não “religiosas” ainda não é um fenómeno de massas. É uma minoria, entre os 6 e 13%, mas é uma tendência que se vai afirmando sobretudo entre os jovens.
É preciso ter em conta que, quando, no Ocidente, se fala de religião, a maior parte das pessoas pensa no Cristianismo, nas grandes Igrejas com os seus dogmas e os seus ritos. A distinção entre espiritual e religioso exprime a tentativa de preferir formas de religiosidade que não têm uma conotação eclesial. As normas respeitantes à fé, sentidas como obrigatórias, contam apenas para um número cada vez menor de pessoas. Neste contexto, a expressão mais usada é a de mercado ou mosaico das religiões, seja qual for a sua origem[2].
A Religião é considerada tão privada – cada um tem a sua ou não tem nenhuma – que, mesmo nos colégios católicos, não conta para os seus rankings. Nestes existe, no entanto, uma disciplina, com carga horária, chamada Educação Moral e Religiosa Católica.