terça-feira, 18 de junho de 2019

"MARIA" e Porto de Aveiro juntos na defesa do território lagunar




Li hoje, no Newsletter do Porto de Aveiro, que vai haver colaboração de duas entidades ("MARIA" e Porto de Aveiro) para a proteção e defesa do território lagunar. Garante-se que os responsáveis pela área portuária têm «uma grande sensibilidade para alguns dos problemas que emergem em zonas interiores da Ria», estando, por isso, disponíveis para «trabalhar na qualificação de espaços que não têm actividade económica e que são, por isso, zonas de fruição pública». Estas informações foram prestadas pela presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro, Fátima Alves, durante uma reunião solicitada pelo "MARIA" para apresentação de cumprimentos e para esclarecimento dos principais fundadores daquele Movimento.

Georgino Rocha - Festa do Corpo de Deus



DAI-LHES VÓS DE COMER

Jesus dá esta resposta aos discípulos que, condoídos pelo cansaço e pela fome da multidão, querem ver-se livres dela enviando-a para as aldeias mais próximas. É uma resposta de envolvimento directo na busca de soluções e uma denúncia clara de quem quer afastar problemas de consciência. É uma resposta de provocação pois era deserto o local onde estavam e muito exíguas as provisões. É uma resposta promissora de novas realidades que Jesus queria aproveitar para desvendar e confiar aos que iriam continuar a sua missão. Lc 9, 11b-17.
A multidão encantada e ávida dos ensinamentos de Jesus, segue-O incondicionalmente. Os discípulos ansiosos, recém-chegados da primeira experiência apostólica, solidarizam-se com esta gente e confiam nas capacidades já demonstradas pelo Mestre. O próprio Herodes, segundo a narrativa de Lucas, manifesta o desejo de ver e ouvir Jesus. O ambiente social torna-se propício ao Nazareno, e a sua fama honrada vai crescendo e despertando energias adormecidas e expectativas adiadas. É neste contexto que a narrativa de Lucas apresenta o Evangelho da Festa do Corpo de Deus.
A propósito desta festa, o Missal Popular afirma: “A Igreja de coração inundado ainda pelas alegrias pascais e no fervor do Espírito Santo, dá largas ao seu entusiasmo para celebrar numa atmosfera de louvor e de exultação espiritual o Mistério da presença amorosa e operante de Cristo no meio dos homens”. Celebração que reveste muitas formas: da Eucaristia em assembleia dominical à reserva no Sacrário, da adoração do Santíssimo Sacramento à procissão solene nas ruas, da festa da primeira comunhão ao Viático (a quem está na fase terminal da vida terrena).
Lucas, o narrador do relato, adianta um pormenor significativo. O entusiasmo vivido pelos acompanhantes de Jesus contrasta com a realidade ameaçadora pois “o dia começa a declinar”. E depois? Com o declínio do dia, vem a noite propícia a medos e infortúnios. Os discípulos, inquietos, querem prever uma saída e evitar a confusão. Vão ter com o Mestre que os responsabiliza pela busca de solução.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Pela Positiva - propósito

Texto escrito 
em  17 de junho de 2005 


Pela Positiva é um projecto pessoal que nasceu com optimismo e cheio de boas intenções. É um projecto que aposta num mundo muito melhor, onde cada um tem a obrigação de contribuir, de acordo com as suas capacidades e disponibilidades, mas também em sintonia com valores nobres, para que todos os que nos cercam se sintam mais felizes. 
Certo de que nas nossas mãos e na nossa criatividade estão os alicerces de uma sociedade mais justa e mais fraterna, ficar indiferente aos desafios das novas tecnologias, que nos ajudam a viver na aldeia global em que se tornou o universo, será um sacrilégio de lesa-razão e de lesa-consciência, que eu não quero experimentar. 
Aqui estou, pois, neste espaço que a inteligência inquieta de homens e mulheres nos legou, para me sintonizar com o tempo e para conversar, sempre pela positiva, com todos quantos comungarem dos mesmos ideais e com os que têm projectos de vida diferentes, porque a verdade e o futuro enriquecem-se com o diálogo e com a diversidade. 
Assim, desejo abrir a todos as portas do meu blogue, na esperança de que, de mãos dadas, chegaremos muito mais longe e muito mais alto.

Fernando Martins

Ares da Primavera fugidios


Não gostei da primavera deste ano. É certo que senti as suas marcas nas flores dos canteiros e das árvores do  quintal. E delas, até já brotaram os frutos que no verão saberemos apreciar. Não gostei da primavera pelo frio que senti e pelo vento que tantas vezes  me incomodou. Hoje, até choveu por estas bandas. Ouvi na cobertura do sótão o cantar de uns pingos mais pesados que me lembraram, porventura, as mudanças climáticas que se têm operado no nosso mundo. Ou talvez não... Afinal, sempre houve chuva nas primaveras. 
Não faltará quem garanta o fim das estações do ano. Ou serei eu que estou em maré de viragem? Todos estamos, eu sei. 
O verão já vem a caminho e Deus queira que não nos desiluda... Sol quanto baste, calor que nos permita andar mais leves, odores dos frutos da terra que nos animam, alegria à nossa volta, bondade a rodos e paz entre todos. E o mar e a ria aí estão para nos acalentar... em momentos de canícula. 

F.M.

Luís Gomes de Carvalho faleceu nesta data

Efeméride 
1826 
17 de junho 

Boca da Barra

«Faleceu em Leiria o Engenheiro Luís Gomes de Carvalho que, tendo nascido em 15 de Abril de 1771 na Atalaia—Vila Nova da Barquinha—foi engenheiro da barra e do Porto de Aveiro, que lhe ficaram a dever relevantíssimos serviços. (Arquivo, XIII, pág. 28)» 


“Calendário Histórico de Aveiro” 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Nota: Ler a carta que Luís Gomes de Carvalho enviou ao futuro rei D. João VI, a propósito da abertura da Barra de Aveiro

Bento Domingues: Santo António de todos e para tudo

Que teria este português 
para se tornar o santo universal 
mais querido e mais popular? 


Frei Bento Domingues

Segundo o mito - esse nada que é tudo -, os portugueses tão depressa se julgam os melhores do mundo, como os mais atrasados da Europa. Vivem entre a exaltação e a depressão. Procuraram fazer acreditar que a própria formação de Portugal obedeceu a um desígnio dos céus. Deram mundos ao mundo, uniram o Oriente e o Ocidente, acabando sem mundo nenhum, salvo o da sua língua, que não é pouco. Nunca se esquecem de observar que, na viagem de Colombo, as caravelas e a tripulação eram espanholas, mas quem as comandava era um português, Fernão de Magalhães! 
Como escreveu Fernando Pessoa, em 1923, nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo. Manuel Alegre, em O Canto e as Armas, pede mais realismo: "Porque tiveste o mar nada tiveste./ Não te percas buscando o que perdeste:/ Procura Portugal em Portugal". 
O Presidente da República sabe que, em 2019, estamos numa Europa e num mundo com outros mitos, outras ingenuidades e perigosas ameaças. 
Procurou, no Dia de Portugal deste ano, algum equilíbrio no nosso imaginário: "Não podemos nem devemos esquecer ou minimizar insatisfações, cansaços, indignações, impaciências, corrupções, falências da Justiça, exigências constantes de maior seriedade ou ética na vida pública." No entanto, "é bom que se saiba que não é só um secretário das Nações Unidas ou um presidente do Eurogrupo, ou um director-geral na Organização Internacional das Migrações ou uma equipa vencedora num certame desportivo com maior notoriedade internacional" que merecem destaque. Não nos esgotamos com António Guterres, Mário Centeno, António Vitorino. "São todos os dias, cá dentro e lá fora, líderes sociais, científicos, académicos, culturais ou empresariais, muitos dos quais nós nem sabemos quem são, até que chega a notícia de que um português ganhou um prémio de melhor investigador ou, ainda, que uma portuguesa foi considerada a melhor enfermeira num país estrangeiro ou um artista foi celebrado noutro continente". Contra o conhecido pessimismo, o Presidente tem um aforismo sempre disponível: "Quando somos muito bons, somos dos melhores dos melhores." 

domingo, 16 de junho de 2019

Anselmo Borges - Deus sem mundo, mundo sem Deus


Anselmo Borges

1. Segundo um estudo da Universidade de St. Mary de Londres (2014-2016), em 12 países europeus, a maioria dos jovens entre os 16 e os 29 anos admitem que não são crentes e que nunca ou quase nunca vão à igreja ou rezam. A República Checa é o país menos religioso da Europa: 91% dos jovens confessam não ter qualquer filiação religiosa. Seguem-se a Estónia, a Suécia, os Países Baixos, onde essa percentagem dos sem religião fica entre os 70% e os 80%. Também noutros países se nota a queda rápida da religião: na França, são 64% a admitir não serem crentes, na Espanha, 55% declaram que não confessam qualquer religião. Frente a estes dados, o responsável pelo estudo, Stephen Bullivant, afirmou que “a religião está moribunda” na Europa. 
Na Alemanha e em Portugal, a percentagem de não crentes desce para 45% e 42%, respectivamente. Entre os países mais religiosos, estão a Polónia, onde só 17% se confessam não crentes, seguindo-se a Lituânia com 25%.
Também a prática religiosa está em crise. Só na Polónia, Portugal e Irlanda mais de 10% dos inquiridos admitiram que iam à Missa pelo menos uma vez por semana. Mas no Reino Unido, França, Bélgica e Espanha, entre 56% e 60% disseram que nunca iam à igreja e entre 63% e 66% que nunca rezam. Logicamente, na República Checa, 70% afirmam nunca ter ido a uma celebração religiosa e 80% nunca rezam.

2. Onde se encontram as razões para esta situação que caminha para uma Europa pós-cristã? As explicações são múltiplas. Mas chamo a atenção para a observação que o grande teólogo Yves Congar, primeiro condenado e, mais tarde, feito cardeal, teve já em 1935: “A uma religião sem mundo sucedeu um mundo sem religião.”

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