Apesar de tanto se falar e combater a poluição em todos os ambientes, a verdade é que há sempre quem teime em ofender a natureza. A GNR anunciou ter identificado uma empresa da Gafanha da Nazaré a lançar resíduos de construção civil na Ria de Aveiro, concretamente numa marinha. Esta notícia não pode deixar de ferir a sensibilidade de tantos que lutam contra a poluição neste recanto paradisíaco que é a laguna aveirense. É óbvio que estes crimes não podem cair no esquecimento.
terça-feira, 9 de abril de 2019
segunda-feira, 8 de abril de 2019
Moinho de Maré na antiga Capitania do Porto de Aveiro
Um pouco de história
Capitania antiga
"Em 1830, José Ferreira Pinto Basto, fundador da Fábrica de Porcelanas da vista Alegre, comprou o ilhote do canal do Cojo, reconstruindo o edifício e reactivando o moinho de marés para servir de apoio à fábrica de porcelanas. Para isso foi necessário desaterrar uma parte do ilhote a fim de formar uma caldeira. As obras do edifício foram entregues a Joaquim José de Oliveira, que manterá as pequenas abobadas formando vãos em arco, onde as rodas activavam as mós colocadas no amplo salão interior do edifício."
Nota: Com a devida vénia, transcrevi da Associação dos Portos de Portugal
domingo, 7 de abril de 2019
Anselmo Borges: O ícone de uma chaimite na Assembleia da República
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| Anselmo Borges |
"Se fôssemos todos éticos, moralmente bons,
não era necessária a política. Mas não somos."
O texto que aí fica reproduz as palavras que proferi, na Assembleia da República, na passada Sexta-Feira, dia 4, na abertura da Exposição “Cinquenta Anos a Fazer P.Arte”, de António Colaço.
Estudante em Roma, fui à Basílica de São Pedro muitas, muitas vezes, só para ver a Pietà. De um bloco de mármore, Miguel Ângelo arrancou a Pietà, que nos comove, e, imóveis, olhamos e olhamos... e contemplamos... o que lá está: a dor, a compaixão de uma mãe com o filho morto nos braços, toda a ternura compassiva do mundo, e mais e mais... E nunca nos cansamos de olhar... Aquele mármore é sempre mais do que mármore... Foi transfigurado, transfigurou-se.
Em Amesterdão, contemplei as célebres Botas de van Gogh. Ninguém as pode calçar. Para que servem? Mas são as botas mais caras do mundo. O que está lá? Todos os caminhos dos homens e das mulheres... as suas dores e sofrimentos, os seus sonhos e esperanças... in-finitamente.
O artista, grávido de mundos, vê o que outros não vêem e ensina a ver o que se vê, sempre mais do aquilo que se vê. A arte é símbolo: uma presença que aponta para lá, sempre mais para lá, para uma ausência presente, para a transcendência... na coincidência.
Religião na sociedade portuguesa
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| Bento Domingues |
"Ainda não dispomos de uma História,
que se possa considerar científica,
da Igreja em Portugal. É estranho."
1. A chamada modernidade triunfante – libertação da tutela religiosa – reforça-se, dia a dia, em alguns domínios, mas amplia, noutros, o regime da nossa mais profunda incerteza vital. Quando se desencanta dos seus próprios encantamentos, de modo diferente segundo os espaços culturais, torna-se menos arrogante e mais atenta à significação, às interrogações e apelos sobre o sentido da vida impregnada de mistério.
É verdade que, na Europa, as instituições religiosas perderam o antigo poder de enquadramento social e cultural. Mas a religiosidade difusa está mais presente do que se julga. Cada pessoa passou a ter mais possibilidades de escolha e descoberta do que as impostas pela hierarquia eclesiástica em regime de cristandade [1].
As aldeias já não são o suporte tradicional da religião. Em alguns lados, o clero, escasso e mal preparado para a mudança, reforça o clericalismo, combatido pelo Papa Francisco, mediante o abuso pecuniário com os sacramentos e vai perdendo a sua diminuta população mais jovem. Em algumas localidades torna-se o agente mais eficaz de desertificação religiosa institucional.
Nos grandes meios de comunicação social, os temas preferidos dos noticiários dedicados à religião são a pedofilia dos eclesiásticos de colarinho e de mitra, no âmbito católico, e o terrorismo, no mundo muçulmano. Noticiam a excepção que não pode ser mais perversa.
2. Segundo as estatísticas, 80% da população portuguesa apresenta-se como católica. Apesar disso, ainda não dispomos de uma História, que se possa considerar científica, da Igreja em Portugal. É estranho.
Obrigado, amigo sol!
Ontem, sábado, não faltaram notícias com garantias de chuva e vento forte. Aproximei-me da janela para ver o tempo carrancudo, mas num instante, o sol, a caminho do oceano, onde passa a noite, deu um ar da sua graça e furou a tempestade para me dar alguma tranquilidade. Obrigado, amigo sol, pela tua simpatia!
sábado, 6 de abril de 2019
Os ÚLTIMOS TERRANOVAS PORTUGUESES
O mais recente livro de Senos da Fonseca
Nota: Não li o livro de Senos da Fonseca que vai ser apresentado no próximo dia 22 de abril, pelas 17 horas, no Museu Marítimo de Ílhavo, mas vindo de quem vem, um profundo conhecedor destes temas, posso garantir que será uma obra para ler e para consulta obrigatória.
Primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna
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| Atenas - 1896 |
Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna realizaram-se entre 6 e 15 de abril de 1896, em Atenas, ou não fosse esta iniciativa uma justa homenagem aos Gregos. Coube ao barão Pierre de Coubertin, um nobre francês, a ideia e a honra de lançar o grito de alarme, em 1890. «O desejo de ganhar é alimentando com muita frequência por algo diferente da ambição de uma distinção honrosa. Se não queremos que o Desporto degenere e morra uma vez mais, é preciso purificá-lo.», frisou há cerca de 129 anos.
Defendeu na altura, e com razão, que os desportistas deveriam tão-só aspirar «a uma distinção honrosa», mas essa proposta ou sonho ficou pelo caminho, entre a maioria dos nossos desportistas e dirigentes. Hoje, o desporto, a vários níveis, enveredou por outros caminhos e o dinheiro passa a ser mola-real de tudo, como sinal dos tempos. De qualquer forma, os meus aplausos para todos os atletas olímpicos, em especial, e para os outros, em geral. E a Gafanha da Nazaré não tem uma atleta Olímpica, a Teresa Machado, e um treinador Olímpico, o Júlio Cirino? O meu aplauso para eles.
FM
FM
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