Celebração do Dia do Diácono
na Gafanha da Nazaré
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Presidência da Eucaristia |
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Navio-museu Santo André |
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Jorge Rocha e filhos junto à campa do diácono Carlos Merendeiro |
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Diácono Simões e esposa na campa de Emanuel Caçoilo |
Os diáconos permanentes da Diocese de Aveiro celebraram no
domingo, 20 de janeiro, o Dia do Diácono, na Gafanha da Nazaré, num ambiente de
convívio e reflexão, com um toque cultural, sob os auspícios de São Vicente, que
adotaram como seu padroeiro e cuja festa ocorre a 22 do mesmo mês. Participaram
os que puderam, com suas esposas. Ainda participou Jorge Rocha, filho do
falecido diácono permanente Carlos Merendeiro, com sua esposa e filhos.
O prior da Gafanha da Nazaré, padre César Fernandes, que
presidiu à Eucaristia, concelebrada também pelos padres José Manuel Pereira e
João Sarrico, sublinhou o contributo dos diáconos permanente em favor das comunidades
cristãs, reforçando a ideia de que “não podem regatear esforços, cada um com os
seus dons e carismas”, para bem da Igreja de Jesus Cristo.
No cemitério da Gafanha da Nazaré, foram recordados os
diáconos permanentes já falecidos, Carlos Merendeiro e Emanuel Caçoilo, com uma
curta mas significativa cerimónia, proporcionada pelo padre José Manuel
Pereira, responsável pelo diaconado permanente na Diocese de Aveiro, em
representação do nosso Bispo, seguindo-se a deposição de ramos de flores nas campas
dos restos mortais dos saudosos diáconos, que de forma tão expressiva se deram
às comunidades que serviram
Partindo do episódio das Bodas de Caná, com “Maria, a Mãe de
Jesus, atenta a tudo o que ocorre”, o padre Georgino Rocha, que acompanhou a
formação dos diáconos permanentes da Diocese de Aveiro durante cerca de 30
anos, destacou, em mensagem que enviou para esta celebração, a atitude dos “servos da mesa”, cujo serviço coincide com a
missão dos diáconos nos tempos que vivemos. Assim: Aceitam a intervenção de uma
mulher [Maria], “que não era usual entre os judeus”; acreditam no que ela diz,
“pois Jesus era ainda um desconhecido”; ouvem e acolhem a nova orientação que
lhes é dada; obedecem fielmente, ”apesar de terem de fazer trabalho
suplementar”; são testemunhas da ação de Jesus, “perante o chefe responsável
geral do protocolo”; e colaboram de forma discreta na resolução do problema, ”pois
sem água não havia vinho novo, o da alegria da festa nupcial”.
Da parte cultural, destacamos a apresentação de alguns dados
históricos referentes à Gafanha da Nazaré, nomeadamente, as origens do
povoamento, a criação da freguesia e paróquia, em 1910, e, posteriormente, a
elevação a vila e cidade. Mas também a inauguração da igreja matriz, em 14 de
janeiro de 1912, e as obras de remodelação por que passou, bem como a fé dos
gafanhões, profundamente mariana. Ainda foram indicados locais a visitar, como
o Farol, o Forte da Barra e o Jardim Oudinot, entre outros monumentos. E o
encontro dos diáconos encerrou com uma visita guiada ao Navio-museu Santo
André, símbolo muito expressivo da pesca do fiel amigo, construído em 1948, na
Holanda, por encomenda da EPA (Empresa de Pesca de Aveiro), tendo sido um campeão
da pesca do bacalhau, sob o comando do capitão São Marcos, recentemente
falecido.
O almoço foi servido na Casa José Engling, que nesta mesma
data celebrou o 34.º ano da sua inauguração. O ambiente acolhedor mostrou que
aquele recanto da nossa diocese é, realmente, um lugar onde é bom estar.
Fernando Martins