Aveiro está no meu coração. Lá estudei, trabalhei, participei em inúmeras reuniões e cerimónias, convivi com amigos, assisti a espetáculos, apreciei exposições, frequentei livrarias. E, mais importante que tudo, conheci a Lita, minha companheira de toda a vida. Ultimamente, tenho passado por Aveiro a correr, sem vagar para olhar, com olhos de ver, as transformações que tem sofrido, em nome do progresso a vários níveis.
Hoje, fiz questão de ir à cidade dos canais, animada por um projeto que tem por missão atrair pessoas, aceitar a onda do turismo, estabelecer convívios e criar dinamismos valorizadores da economia. Refiro-me, a Artes no Canal.
O dia esteve lindo, próprio de festa, e os turistas, nacionais e estrangeiros, de linguajares bem patentes, encheram o centro citadino, com os moliceiros e mercantéis numa roda-viva, com apitos e cicerones a indicarem o que de mais importante se pode apreciar do meio dos canais.
Cansado, mas satisfeito pelo que experimentei e apreciei, passei por ruas e ruelas há muito afastadas dos meus horizontes, vi esplanadas em cada canto, vi rostos que não via há muito, encontrei estabelecimentos modernos e outros puídos pelos anos, tirei fotografias e confirmei o peso que a moda da arte fotográfica tem nos tempos atuais. Máquinas fotográficas de alta resolução ao lado de smartphones que hão de levar gratas lembranças de Aveiro e seus canais, para mais tarde recordar.
(continua amanhã)