sexta-feira, 4 de maio de 2018

Vieira da Silva na Biblioteca de Ílhavo

Vieira da Silva 
O livro "Marginal", de António Vieira da Silva, médico, poeta e cantor, vai servir de base à próxima sessão da "Comunidade de Leitores", na Biblioteca Municipal de Ílhavo, no próximo dia 24 de maio. Será uma boa oportunidade para conhecer um artista do nosso município, que merece ser mais divulgado.Para espevitar a curiosidade, aqui fica um poema, divulgado por Bibliotecas da Gafanha da Nazaré.

Escola

professor
não tenhas pressa

saí agora de casa
tenho a amarga sensação
de perda não sei de quê
de um regaço
de um abraço
que me ficou na memória

professor
não tenhas pressa
não sou um quadro vazio
já trago dentro de mim
os traços de outras viagens
imaginárias
reais
dos dias da minha história.


Vieira da Silva

O seu livro pode ser lido aqui

Fonte; Bibliotecas da Gafanha da Nazaré

Deus não é misógino

Anselmo Borges

"O problema essencial é mesmo este: o clericalismo e o poder, embora Jesus tenha proclamado a igualdade de todos e mandado que todos estejam ao serviço, sem servidão. Felizmente, Francisco vai repetindo que as mulheres devem ocupar lugares cimeiros para as decisões da Igreja, e o cardeal P. Parolin, secretário de Estado do Vaticano, disse recentemente que o seu sucessor poderia ser uma sucessora, uma mulher."


1. "Preocupa-me que continue a persistir uma certa mentalidade machista, inclusive nas sociedades mais avançadas, nas quais há actos de violência contra a mulher, convertendo-a em objecto de maus-tratos, de tráfico e de lucro, bem como de exploração na publicidade e na indústria do consumo e da diversão. Preocupa-me igualmente que, na própria Igreja, o papel de serviço a que todo o cristão está chamado deslize algumas vezes, no caso da mulher, para papéis que são mais de servidão do que de verdadeiro serviço." Quem o diz é Francisco, Papa.
A confirmar que esta preocupação tem fundamento está um texto recente, que não apareceu em nenhum jornal revolucionário, mas num suplemento do órgão oficioso do Vaticano, L"Osservatore Romano: "O trabalho (quase) gratuito das freiras", no qual várias irmãs, sob anonimato, se queixam: "Algumas servem nas casas de bispos e cardeais, outras trabalham na cozinha de instituições da Igreja ou desempenham tarefas de catequese e de ensino. Algumas, ao serviço de homens da Igreja, levantam-se pela manhã, para preparar o pequeno-almoço e vão-se deitar, depois de servir o jantar, limpar a casa, lavar a roupa e passar a ferro... Neste tipo de serviços, as irmãs não têm um horário preciso nem regulamentado como os leigos." E "raramente são convidadas a sentar-se às mesas que servem", perguntando uma das irmãs: "É normal para um consagrado ser servido deste modo por uma consagrada também?" Isto significa "muitas vezes que as irmãs não têm um contrato com os bispos ou as paróquias". Por isso, "o pagamento é baixo ou nenhum". Assim, como podem viver as comunidades a que pertencem estas irmãs? E o problema não é só de dinheiro: "Por detrás, há ainda a ideia de que a mulher - e nesta situação há inclusivamente irmãs doutoradas em Teologia - vale menos do que o homem, sobretudo que o padre é tudo enquanto a irmã religiosa é nada na Igreja. O clericalismo mata a Igreja." E, de repente, podem ser despedidas e reenviadas para a Congregação. Doentes, nenhum padre vai visitá-las. Mas, quando o padre vai rezar a missa às religiosas, "pede 15 euros. Por vezes as pessoas criticam as freiras, a sua cara fechada, o seu carácter... Mas, por detrás de tudo isso, há muitas feridas". O artigo conclui, dizendo que as experiências destas religiosas "poderiam transformar-se numa riqueza para toda a Igreja, se a hierarquia masculina as considerasse uma ocasião para uma verdadeira reflexão sobre o poder".

Amar sem condições prévias

Georgino Rocha

A ALEGRIA DO SENHOR É A NOSSA AMIZADE FRATERNA

A despedida última de pessoas amigas está sempre recheada de confidências, desabafos e recomendações. É humano, uma exigência do coração e da experiência de vida em relação. É humano, uma garantia de memória feliz no tempo de ausência e de privação. É humano, um elo de ligação entre quem parte e quem fica. É humano, é comunhão.
Jesus vive integralmente a sua humanidade. O ser quem é, Deus humanado, em nada o priva de desvendar horizontes novos ao homem/mulher, à relação interpessoal, à sexualidade humana, ao respeito e cuidado da criação e das criaturas. E como o rio que se mostra no caudal que corre para o mar e lança braços pela terra, originando enseadas e irrigando campos, Jesus faz-nos remontar à fonte primeira do amor, seiva nutriente da comunhão e de toda a relação humanizada. João, o discípulo amado, guia hoje a nossa reflexão na peregrinação a este manancial divino e a alguns dos seus rostos humanos, salientando atitudes fundamentais. (Jo 15, 9-17).

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Festa da Padroeira da Cidade e Diocese de Aveiro


ÍLHAVO - Concurso de fotografia



Nota: Vivemos na época do digital, onde pontifica a arte fotográfica. Nas redes sociais, há artista por todo o lado, o que torna mais luminosa a vida de muita gente. Muitos terão agora mais uma oportunidade de mostrar aquilo que valem. Este concurso pode contribuir, e muito, para revelar grandes sensibilidades.

Corrupção - uma vergonha

Carlos César



NOTA: O Partido Socialista, pela voz do seu líder parlamentar, Carlos César, assumiu a vergonha que sentem pelas suspeitas de corrupção que recaem sobre alguns dirigentes. Todos sabemos que a corrupção não será exclusivamente obra de políticos daquele partido, mas percebe-se que há corruptos, mentirosos, traidores de ideais em todo o lado. Mas também se sabe que tal prática não é só de agora.
Quando há tempos li "Memórias de Raul Brandão" fiquei estupefacto ao verificar que há 100 anos já era assim, com políticos sem vergonha a roubarem o povo indefeso. Em 100 anos, em plena democracia, não se aprendeu nada. E não há leis que escorracem esta gente da esfera dos que nos governam... ou desgovernam.

Nota: Refiro-me aos políticos, embora se saiba que a corrupção não mora só nessa classe sociais, que tem, garantidamente, gente muito séria. 

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Festival de Sopas



Gosto de festivais. Naturalmente, porque geram convívios e estabelecem amizades. Também, porque há sempre muito a aprender. Neste caso, não faltarão, julgo eu, sopas para todos os gostos. Bom apetite para todos.