quinta-feira, 19 de abril de 2018

Flor silvestre para a nossa Gafanha



Ao chegar à bonita idade de 108 anos, que completará daqui a uns meses, vividos numa constante luta pelo progresso e contra adversidades sem conta, a Gafanha da Nazaré, velha senhora rejuvenescida com o título de cidade, que lhe foi justamente atribuído há 17 anos, está em festa. E com razão! Tal idade não merece tudo e muito mais?
Sentimos, os que lhe preparámos a boda, por esta ou por outra qualquer razão, que faltam algumas iguarias na mesa principal, como reflexo, talvez, da crise que se vive. Novos trajos, adornos mais consentâneos com a época que temos o privilégio de viver, comodidades caseiras semelhantes às que possuem outras senhoras, mas também acreditamos que tudo lhe será ofertado em próximos aniversários.
Os seus filhos, porém, dão-lhe hoje o que é possível e com a mesma alegria da criança que, ao passar pelo jardim florido da primavera, colhe uma flor silvestre, pura e simples, não alterada, ainda, pela genética e corre a entregá-la, feliz, à mãe aniversariante, com o beijo de parabéns. Tal como nós, neste aniversário da nossa querida cidade da Gafanha da Nazaré. 

19 de abril, dia da elevação a cidade.

Quando passei pela Bestida


«No velho pontão da Bestida, que as invernias todos os anos despedaçam, dir-se-ia que Portugal acaba. Portugal e a terra na sua solidez física, nos seus costumes mais vulgares, e até nalguns dos elementos mais primordiais da sua vida. É outro mundo, líquido, brumoso, feito de distância azul, isolado do continente por uma ria maravilhosa, paleta de mil cores, tão larga que cabe nela o Tejo, nos seus dois quilómetros de água tranquila e adormecida. 
Fecham-se atrás de nós, como sob o pano de uma ribalta, as terras ribeirinhas da Murtosa, e de Bunheiro, entre pâmpanos virentes, muito tufados, milheirais extensos que ondeiam as suas bandeiras doiradas, pomares cerrados, onde os ramos já nos estendem os frutos maduros, corados de sol, que fendem a casca, pejados de sumo.» 

Artur Portela

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quarta-feira, 18 de abril de 2018

MASTERCLASSES NA CASA DA MÚSICA



E público que a Filarmónica Gafanhense vai proporcionar masterclasses de Clarinete, Saxofone, Trompete e Trombone, dirigidas a alunos e músicos de bandas filarmónicas e orquestras ligeiras.
As masterclasses de Clarinete e Saxofone decorrem no dia 28 de abril de 2018, das 10h às 18h, na Casa da Música da Gafanha da Nazaré, com os professores Tiago Abrantes e João Figueiredo. 
As masterclasses de Trompete e Trombone terão lugar no dia 5 de maio de 2018, das 10h às 18h, no mesmo espaço, com os professores Luís Filipe Granjo e Daniel Dias. 
Os interessados devem inscrever-se quanto antes, porque as vagas são limitadas.

DIA INTERNACIONAL DE MONUMENTOS E SÍTIOS

Castelo de Montemor - o -Velho


Capela de Nossa Senhora de Penha de França  - Vista Alegre

Forte Novo ou Castelo da Gafanha

Ponte romana de Chaves

Farol da Barra de Aveiro

Figueira da Foz

Ribeira Grande - S. Miguel - Açores

Santuário de Schoenstatt

Celebra-se hoje, quarta-feira, 18 de abril, o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. É mais um Dia Internacional, dirão alguns, mas a efeméride tem a sua razão de ser, quanto mais não seja, para nos acordar para a pertinência do tema. Pretende-se, afinal, promover a divulgação de monumentos e sítios com relevância história, bem como sensibilizar entidades e pessoas para a sua preservação e proteção. Eu até acrescentaria com relevância sentimental. Haverá, decerto, um pouco por toda a parte, celebrações condignas alusivas à data. 
Quando se fala de monumentos e sítios, julgo que todos se inclinam para edifícios e lugares alusivos à história, mas eu penso que também será pertinente sublinhar aquilo que pessoalmente nos diz respeito, por ocuparem um lugar especial nas nossas memórias. 
Vou indicar alguns monumentos e sítios que, de alguma forma, me marcaram. E sugiro que os meus amigos façam o mesmo ou sigam outro caminho. A indiferença é que não cabe neste capítulo.

NOTA: É claro que não tem conta o número de monumentos e sítios que visitei e me ficaram na memória. Editei apenas estes por razões que todos compreenderão. De muitos monumentos e sítios que me encantaram tenho escrito nos meus blogues. 

Escuteiros celebram São Jorge em Ílhavo




No dia 29 de abril, domingo, cerca de 2300 escuteiros vão celebrar, na cidade de Ílhavo, o seu patrono mundial — S. Jorge —, naquela que é a grande festa do Escutismo da Região de Aveiro do Corpo Nacional de Escutas. 
Diz a nota de divulgação do evento que, recordar S. Jorge, é viver os valores da fé, da coragem e da dedicação ao próximo. 
O S. Jorge 2018 tem início às 9h30, no Jardim Henriqueta Maia, com cerimónia de abertura, à qual se segue uma manhã toda ela dedicada a um conjunto de sete Jogos espalhados por vários pontos do centro da cidade de Ílhavo. 
O almoço está previsto para as 13h, seguido de desfile, às 14h30, partindo do Mercado Municipal de Ílhavo e para o Jardim Henriqueta Maia, onde terá lugar a Eucaristia (15h30), celebrada pelo Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro. 
Por volta das 17h haverá um momento para entrega de prémios e lembranças aos participantes. 
A cerimónia de encerramento contará, entre outras, com as intervenções do Chefe Nacional do CNE, Ch. Ivo Oliveira e do Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Eng. Fernando Caçoilo. 
O S. Jorge 2018 é resultado de uma proposta de organização conjunta dos seis Agrupamentos de Escuteiros do Município de Ílhavo com a participação do Núcleo de Ílhavo da FNA (associação dos antigos escuteiros) que, ao longo dos últimos anos, têm desenvolvido relações mais próximas por trabalharem em conjunto, e em parceria com a Câmara Municipal de Ílhavo, na organização de uma atividade anual – o Acampamento Municipal de Escuteiros de Ílhavo (ACAMUN). 
Sublinhe-se que, durante este ano, se comemoram vários aniversários: 10.ª edição do ACAMUN,  90 anos do Agrupamento 189 - Ílhavo, 40 anos do Agr. 531 – Gafanha do Carmo, 39 anos do Agr. 588 – Gafanha da Nazaré, 30 anos do Agr. 878 - Costa Nova e 25 anos do Agr. 1021 - Praia da Barra e do Agr. 1024 – Gafanha da Encarnação. 

FESTA DO LIVRO EM AVEIRO


terça-feira, 17 de abril de 2018

EÇA DE QUEIRÓS ANDOU POR AQUI

Para não cair no esquecimento



… Filho de Aveiro, educado na Costa Nova, quase peixe da ria, eu não preciso que mandem ao meu encontro caleches e barcaças. Eu sei ir por meu próprio pé ao velho e conhecido «palheiro de José Estêvão».

Eça de Queirós, “Carta a Oliveira Martins”, 1884

… a Costa Nova — e eu considero esse um dos mais deliciosos pontos do globo. É verdade que estávamos lá em grande alegria e no excelente chalé Magalhães

Eça de Queirós, “Entre os Seus, Cartas Íntimas”, 15 de julho de 1893

Apesar de ter retardado ontem o meu jantar até às nove da noite, não pude desbastar a minha montanha de prosa. Levar as provas para os areais da Costa Nova, não é prático — ó homem prático! Há lá decerto a brisa, a vaga, a duna, o infinito e a sardinha — coisas essenciais para a inspiração — mas falta-me essa outra condição suprema: um quarto isolado com uma mesa de pinho.

Carta a Oliveira Martins, 1884

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