quarta-feira, 21 de março de 2018

Dia Mundial da Árvore

Um soneto de António Correia de Oliveira

Pela Pátria

Ouve, meu Filho: cheio de carinho,
Ama as Árvores, ama. E, se puderes,
(E poderás: tu podes quanto queres!)
Vai-as plantando à beira do caminho.

Hoje uma, outra amanhã, devagarinho.
Serão em fruto e em flor, quando cresceres.
Façam os outros como tu fizeres:
Aves de Abril que vão compondo o ninho.

Torne fecunda e bela cada qual,
a terra em que nascer: e Portugal
Será fecundo e belo, e o mundo inteiro.

Fortes e unidos, trabalhai assim…
– A Pátria não é mais do que um jardim
Onde nós todos temos um canteiro.

António Correia de Oliveira 
(S. Pedro do Sul, 1878 – Antas, 1960)

NOTA: Um soneto dedicado à criança de um poeta muito esquecido. A foto é da rede global. 

terça-feira, 20 de março de 2018

BEM-VINDA, PRIMAVERA!




Flores do meu quintal

A esperada, desejada e ansiada primavera chegou neste preciso momento, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa. São, pois, 16h15, e a partir de agora voltam a alegria, o colorido multifacetado das paisagens e os sonhos, porque primavera é sinal de renascimento, rejuvenescimento, ressurreição, leveza, novos ares, ambientes floridos e  de recomeços sempre apetecidos. Afinal, nova vida carregada de quimeras,  de viagens adiadas, de projetos renovadores, de gargalhadas sadias e abertas à felicidade pessoal e coletiva. 
Boa primavera para todos.

segunda-feira, 19 de março de 2018

“BRIGADA BARBATANAS” DÁ 1.º PRÉMIO A ESCOLA DA GAFANHA DA NAZARÉ

Um trabalho muito expressivo

Os alunos  da turma premiada

Entrega do diploma a um aluno pelo vereador da CMI, Tiago Lourenço 
A turma do 1.º ano do CE St. Maria Manuela da professora Maria de Lurdes Pereira  e das professoras estagiárias da Universidade de Aveiro participou no desafio lançado  pela Escola Mágica. O desafio “BRIGADA BARBATANAS” teve o apoio do SEA LIFE  Porto. 
A participação no desafio da Escola Mágica foi muito importante para os alunos  e professoras, pois foi ao encontro do que está a ser trabalhado na sala de aula. A turma tem um projeto sobre "CONHECER O OCEANO/RIA DE AVEIRO"; e uma página na net. para dar conhecimento aos encarregados de educação das atividades realizadas na turma,  no âmbito do  projecto e da flexibilidade curricular.
Os meninos do 1.º ano mostraram um novo olhar  sobre a conhecida obra de Edevard Munch - o Grito. - "o grito do oceano"; - que  consta numa chamada de atenção para o que se passa atualmente nos oceanos  devido à enorme poluição existente. 
Com esta participação,  ganhámos o primeiro  prémio, um tablet e uma visita ao SEA LIFE Porto. Na passada sexta-feira,  dia 16 de  março, toda a turma usufruiu de uma visita guiada ao SEA LIFE Porto.
A CMI ofereceu o transporte para fazermos a visita.

Maria de Lurdes Pereira

NOTA: Felicito professoras e alunos pelo êxito alcançado no âmbito do desafio lançado pela "Escola Mágica" e pelo projeto "Conhecer o Oceano/Ria de Aveiro". Formulo votos de que esta vitória continue, tendo nos horizontes a ambição urgente de todos  lutarmos, no dia a dia,  por uma natureza mais limpa, mais bonita  e mais saudável. Os meus parabéns a todos.

BONS PROGRAMAS TALVEZ POUCO CONHECIDOS




Há bons programas nas TV que, penso eu, talvez sejam pouco vistos e pouco conhecidos, como são os da Sociedade Civil, na RTP2. Hoje assisti a um desses programas, precisamente dedicado ao Dia do Pai, no qual foram entrevistados três pais. Cada um partilhou algo das suas experiências relacionadas com a educação dos seus filhos, crianças ainda, que me apraz sublinhar, indicando dois links, pois à hora a que foi apresentado, hora de trabalho para a maioria das pessoas, não pôde ser visto por muita gente. 
A educação dos filhos e netos não é tarefa fácil e necessita, por isso, de muita preparação, quer ao nível da formação para os valores, quer para uma vida saudável, numa sociedade em que as solicitações, desafios e propostas, imensas vezes os mais esquisitos, podem deixar marcas para a vida, abrindo portas para o bem e o belo, mas também para o mal.
Como ajuda, mesmo sem sugestão de ninguém, deixo duas propostas que julgo de interesse. É o meu contributo para este Dia do Pai.

Ver:




domingo, 18 de março de 2018

Montanhas Mágicas - Aldeia serrana

Reportagem de Maria José Santana
para o PÚBLICO

Não é só a paisagem que faz com que 
estas montanhas sejam mágicas

Aldeia

No território que abrange as serras da Freita, Arada, Arestal e Montemuro há muito para descobrir e sentir. O desafio passa por fazê-lo ao longo de uma rota centrada em atractivos ligados à água e à pedra.
É no município de Sever do Vouga — terra do mirtilo (e não só) — que damos início à descoberta da Rota da Água e da Pedra. E sem motivos para queixumes: aquela sexta-feira de Fevereiro, que tinha começado com temperaturas bem baixas, acabou por se transformar num belo dia de (quase) Primavera. A aventura começa junto à antiga estação de Paradela, na antiga linha do Vouga, com uma pequena caminhada. Era aqui, junto às margens do rio Vouga, que passava o troço ferroviário que ligava a linha do Norte à do Dão (entre Espinho e Viseu), numa extensão de 140 quilómetros. 

NOTAS:
 
1. Sigo há anos os trabalhos de Maria José Santana publicados nos jornais.  Escreve com sabor e alma sobre  o que observa nas reportagens que faz, dando-nos retratos fiéis e expressivos que sempre me sensibilizam. Daí que, ao lê-la, me apeteça seguir os seus caminhos e propostas para lavar o espírito e desentorpecer as pernas já cansadas pelos anos. Ontem brindou-nos com texto e imagens, algumas das quais me são familiares há muito. Aconselho, portanto, uma leitura pelos trilhos que calcorreou pela Rota da Água e da Pedra.

 2. Os textos  em itálico e a foto são do PÚBLICO e foram editadas no caderno Fugas de sábado.

QUANDO PERDER É GANHAR

Frei Bento Domingues 

Bento Domingues
"É perdendo o poder de dominar
que se ganha o gosto da vida como dom,
a alegria verdadeira."


1. Não fui eu que inventei o título desta crónica. Vem direitinho do Evangelho segundo S. João, com paralelo em S. Lucas, escolhido para ser proclamado na Missa deste Domingo. Quem, dentro ou fora dessa celebração, gastar algum tempo a meditar e a confrontar a sua vida com este texto, absolutamente espantoso, só tem a ganhar. A sua lógica é estranha, mais acertada, porém, do que qualquer outra lógica mundana, religiosa ou eclesiástica.
Começa numa conversa e vai acabar noutra. O contexto já é o da Páscoa judaica: seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde estava Lázaro que Jesus tinha arrancado da morte. Por esse motivo, a família de Lázaro ofereceu um jantar em sua casa. Pelos vistos, os discípulos também foram convidados.
Marta, como de costume, estava a preparar tudo e a servir à mesa. Maria, a irmã, era mais para o louco e foi buscar o melhor perfume para lavar os pés de Jesus. Enxugou-os com os seus cabelos. O seu reconhecimento por ver o irmão vivo era sem medida. Toda a casa ficou perfumada por aquela alegria.
Judas Iscariotes não gostou dessa extravagância. Aproveitou a cena para se mostrar o defensor dos pobres e marcar pontos aos olhos do Mestre: porque não se vendeu este perfume por trezentos denários — eram 300 dias de trabalho normal — para os dar aos mendigos? O narrador observa com malícia: ele disse isto, não porque se preocupasse com os mendigos, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa comum, metia a mão na massa; o “pobre” a beneficiar com a poupança seria ele próprio. Jesus cortou essa conversa e disse algo que teve consequências dramáticas: mendigos tendes sempre entre vós. Esta fala foi usada pelos exploradores para não se tocar nas injustas estruturas da sociedade. Jesus teria consagrado a desordem social. Se lermos bem, descobrimos que essa não era e não é o sentido da fatídica sentença. Verificaremos que Judas estava numa onda e Jesus noutra totalmente diferente. Pobres, desgraçadamente, nunca faltam. O que continua a faltar é a vontade de acabar com as causas da pobreza imposta.

sábado, 17 de março de 2018

EGAS SALGUEIRO HOMENAGEADO EM AVEIRO



«Fez ontem 124 anos que nasceu Egas da Silva Salgueiro, que durante a sua vida deixou marcas em Aveiro e Ílhavo na sua actividade empresarial e cívica, e ontem foram inaugurados dois sinais que prolongam a memória da sua passagem, dando nome a uma rua, nas imediações da Av. Artur Ravara, e um busto, junto a esta placa, no relvado da Baixa de Santo António. Será possível conhecer mais sobre a sua vida numa biografia que Manuel Ferreira Rodrigues está a preparar. Para já, desde ontem estão na cidade aquelas duas marcas. O busto é da autoria de Helder Bandarra, posicionado para o lado do Museu e da Sé. Para o lado contrário, a alguns metros, fica o actual hospital junto ao antigo da Misericórdia, na qual Egas Salgueiro foi provedor. Para além da vida empresarial - fundou a Empresa de Pesca de Aveiro (EPA), na Gafanha da Nazaré presidiu à Companhia Aveirense de Moagens (onde atualmente se encontra instalada a Fábrica - Centro Ciência Viva), foi diretor do Banco Regional de Aveiro - a sua actividade cívica foi intensa.»

Li no Diário de Aveiro 

Texto e foto do Diário de Aveiro

NOTA: Congratulo-me com a homenagem prestada, em Aveiro,  ao industrial Egas Salgueiro, a quem a região muito deve pelo seu dinamismo e visão em várias frentes. 
Permitam-me que sublinhe o seu contributo para o desenvolvimento da Gafanha da Nazaré, em especial, onde instalou a célebre EPA (Empresa de Pesca de Aveiro), que empregou centenas de gafanhões, tanto nos barcos de pesca como na seca do bacalhau e nas oficinas, destinadas, fundamentalmente, à  reparação dos seus navios e instalações.  Também por isso, entendo que lhe é devida uma homenagem, para além da rua que já ostenta, há muito, o seu nome.

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