Pela Pátria
Ouve, meu Filho: cheio de carinho,
Ama as Árvores, ama. E, se puderes,
(E poderás: tu podes quanto queres!)
Vai-as plantando à beira do caminho.
Hoje uma, outra amanhã, devagarinho.
Serão em fruto e em flor, quando cresceres.
Façam os outros como tu fizeres:
Aves de Abril que vão compondo o ninho.
Torne fecunda e bela cada qual,
a terra em que nascer: e Portugal
Será fecundo e belo, e o mundo inteiro.
Fortes e unidos, trabalhai assim…
– A Pátria não é mais do que um jardim
Onde nós todos temos um canteiro.
António Correia de Oliveira
(S. Pedro do Sul, 1878 – Antas,
1960)
NOTA: Um soneto dedicado à criança de um poeta muito esquecido. A foto é da rede global.