terça-feira, 6 de março de 2018

"EM ÍLHAVO ACONTECE À SEXTA"



O Município de Ílhavo tem novo desafio patrimonial às sextas-feiras, de muito interesse para todos os ilhavenses, neles incluindo os gafanhões. Trata-se de um  projeto cultural e patrimonial com capacidade para promover a identidade do nosso concelho, apoiando-se em pequenas ou grandes histórias, nem sempre conhecidas das nossas gentes. 
“Em Ílhavo acontece à sexta”, que inicia o seu ciclo de conferências na próxima sexta-feira, 9 de março, pretende lançar um novo desafio à comunidade para que venha desbravar o seu Município, as suas vivências históricas, os seus recantos patrimoniais, com a pretensão clara de incluir as comunidades neste processo de descoberta, partilhando as suas experiências e os seus conhecimentos.

segunda-feira, 5 de março de 2018

ERRADICAR A FOME É MUITO BARATO

José Graziano da Silva,
Director-Geral da FAO,
afirma que "Erradicar a fome é muito barato"
 
 
A entrevista saiu no PÚBLICO de ontem e merece uma leitura, porque aborda um tema transversal a toda a humanidade, onde grassa a fome, quantas vezes à nossa porta. E deixou um recado pertinente: «quem alimenta o mundo são as grandes agro-indústrias e "temos que mudar isto". A resposta está na agricultura familiar.»

O PÚBLICO COMPLETOU 28 ANOS DE VIDA



O diário PÚBLICO completou hoje 28 anos de vida, sinal de que já atingiu a maioridade há muito tempo. Prova disso está no facto de resistir às investidas das novas tecnologias, adaptando-se e superando as dificuldades. Leio este jornal desde o primeiro número e não consigo adaptar-me a outro. Conheço os cantos à casa e vou logo direto aos assuntos. 
O PÚBLICO veio ao mundo sob a batuta de Vicente Jorge Silva, um jornalista com ideias claras e arejadas, que hoje, por convite da direção, voltou, por um dia, a dirigir o jornal. E no artigo que escreveu — Marcas no tempo — lembra: «O PÚBLICO nasceu num momento crucial de transição entre dois mundos: o mundo pré-Internet e o mundo pós-Internet, no centro nevrálgico de uma revolução tecnológica, cultural e social que alterou decisivamente o rumo das nossas vidas e hábitos quotidianos.» 
Os meus parabéns a quantos o dirigem e nele trabalham, diariamente, para nos manterem mais lúcidos e esclarecidos no mundo de hoje. 

domingo, 4 de março de 2018

FIGUEIRA DA FOZ COM SERRA DA BOA VIAGEM

Quiaios ao fundo, com mar à vista

Conjunto escustórico  no CAE


Pintura de Sónia Travassos

Fotografias de João Ferreira

Apesar de o inverno continuar agreste, desafiando a capacidade de resistência de cada um, foi bom ter visitado ontem, sábado, a Figueira da Foz. A Serra da Boa Viagem, que se apresentava fria, sombria e molhada até ao âmago, estava quase deserta. Vimos um ou outro casal, um ou outro carro com gente como nós à procura de vistas largas que a serra normalmente oferece a quem a visita, ou ousa visitar num dia como este. Mas também registámos o casario, aqui e ali semeado, de quem se instalou num ou noutro recanto serrano de vistas para os povoados, ao longe, com oceano pelas costas. 
Se é certo que nada de especial divisámos, ainda conseguimos ver, de fugida, o velho Farol do Mondego, mais antigo que o nosso, a Casa Abrigo sem movimento de nota, e nem o panorama que em dia límpido nos permite sonhar com viagens, levados pelas ondas, ou em noites escuras capazes de nos mostrar o foco luminoso e intermitente do Farol de Aveiro. 
Antes, eu e o meu filho Fernando almoçámos na zona porventura mais visitada da Figueira, junto ao Casino de imensos desafios para muita gente. Não será nunca o nosso caso, que de jogos desses fugimos como o diabo da cruz. 
Descemos para o CAE (Centro de Artes e Espetáculos) Pedro Santana Lopes. Um café quente retemperou o nosso ânimo e as exposições (Fotografia e Pintura) justificaram a passagem por aquele espaço que me é bastante familiar. João Ferreira, de Leiria, cuja fotografia, apresentada com o título “arquipélago” [Cabo Verde] o acompanha «num percurso paralelo a todas as suas atividades, desde a década de 90» do século passado, impressionou-me sobremaneira, mas já a não posso sugerir aos meus amigos porque encerrou precisamente hoje. Fica o registo, na certeza de que o artista voltará um dia a expor, naquele ou noutro espaço. 
No piso 1, pudemos apreciar pintura de A. Ribeirinho, patente até 3 de junho, sob o título “De Cotovelos no Parapeito”, que muito me agradou: cores, expressões e impressões roubadas aos nossos quotidianos merecem uma visita. Um curto mas expressivo texto de V. A. é desafio à nossa curiosidade.

A EUROPA ESTÁ DOENTE

Vicente Jorge Silva diz hoje, 
no PÚBLICO, que a Europa está doente, 
"eventualmente moribunda". E como salvá-la?

Vicente Jorge Silva

Depois da esperança do voluntarismo macronista que apontava para uma refundação do projecto europeu, é quase inevitável sermos hoje confrontados com um diagnóstico sem apelo: a Europa está doente, minada pelo desencanto e, quem sabe?, eventualmente moribunda.

"As legislativas italianas deste domingo não oferecem nenhum cenário que permita encarar o futuro de forma optimista e construtiva. A confusão política generalizada, a ascensão das forças xenófobas e eurocépticas, sem precedentes nas últimas décadas, a desorientação e o cansaço instalados entre as correntes progressistas e pró-europeias, tudo isso aponta para um cenário caótico e, porventura, ingovernável. Aquele que foi um dos países fundadores do projecto europeu e, apesar da sua quase genética instabilidade governativa, um dos mais optimistas e voluntariosos porta-vozes da esperança europeia, não resistiu à pulverização política que se seguiu ao desabar dos antigos equilíbrios partidários entre o centro-esquerda e o centro-direita."


HORA DE VOLTAR



Está provado à saciedade que o descanso é necessário. Há uma quebra abrupta no ritmo de trabalho e reocupações, e o stresse deixa-nos em paz. A leitura foi mais intensa e serena, a harmonia com a vida restabeleceu-se, as ideias quanto ao futuro, que só Deus conhece, terão rejuvenescido, e a hora de voltar aconteceu. 
Durante as curtas férias, acertei o passo com o dia a dia normal. Fixei os horizontes na esperança de os alcançar e reconheci, como imensas vezes o fiz, que a vida vale mesmo a pena ser vivida. 
Aqui fica uma saudação especial para todos os meus amigos. 

Fernando Martins

A HIPOCRISIA E AS CONFUSÕES DA QUARESMA

Frei Bento Domingues 

Frei Bento Domingues


1. A Quaresma é uma questão muito séria de toda a Igreja e de cada cristão: é o reconhecimento de que não estamos irremediavelmente perdidos. Não existe nenhuma situação que não possa ser alterada. O aforismo ecclesia semper reformanda não é apenas realista, é também um caminho de esperança. Os rituais da penitência não deveriam servir para mostrar que uns têm remédio e outros estão em situações irregulares irremediáveis, reduzidos ao estado de limbo eclesialPUB
Este tempo único começou com a imposição das cinzas: lembra-te que és pó da terra e à terra hás-de voltar. Hoje, com a cremação, és pó e nem à terra voltarás. Era uma declaração muito empírica, mas um bocado niilista. Parece-me que a nova fórmula é mais estimulante: arrependei-vos e acreditai no Evangelho [1], como quem diz, é urgente mudar porque é urgente a alegria. O pecado estraga, a graça do perdão liberta e abre o futuro.
O texto do Evangelho escolhido para essa celebração não alinha com um costume, que eu ainda conheci, de pôr as igrejas de luto e os santos de roxo. Atreve-se a desencorajar a religião do espectáculo, a dificultar a estatística do bem-fazer e o reconhecimento público dos benfeitores da igreja e das obras de caridade. Ao turismo religioso, dentro e fora dos templos, chama exibicionismo hipócrita.

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