quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Senhora dos Navegantes — É já no fim de semana


Nossa Senhora na navio Jesus nas Oliveiras


Padre Miguel Lencastre na sua última participação na festa
É já no próximo fim de semana que se realizará a festa em honra de Nossas Senhora dos Navegantes, no Forte da Barra, com a procissão pela Ria de Aveiro, na qual se incorporam embarcações de todo o tamanho e feito. A organização é da responsabilidade do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, em sintonia com a paróquia, registando-se ainda a colaboração da APA (Administração do Porto de Aveiro), da Câmara de Ílhavo e do IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude). 
No sábado, 16, haverá, à tarde, música gravada e arraial, e à noite atuará o grupo musical PK7. Mas o grande dia dos festejos será no domingo, 17, pelas 14h, com a procissão que se inicia na igreja da Cale da Vila, seguindo para o cais n.º 3 do Porto Bacalhoeiro, de onde partirá o desfile pela laguna aveirense, com a irmandade e andores, entidades oficiais e convidados, Filarmónica Gafanhense, bem como os grupos que vão participar no Festival de Folclore, pelas 18h30, nomeadamente, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, os “Moleiros” de Rio de Moinhos — Abrantes e o Grupo Etnográfico de Alfarelos. A chegada ao Forte da Barra está prevista para as 16h30, seguindo-se a Eucaristia. No final, atuará a Filarmónica Gafanhense.

Ler apontamento histórico aqui

Pedro José — Bispo António Francisco, a Profecia da Bondade

Fundadoras da Obra da Providência com D. António Francisco
O P. Pedro José escreveu no seu blogue um texto muito oportuno e expressivo sobre D. António Francisco, que foi Bispo do Porto, de quem os aveirenses guardam gratas e reconfortantes memórias, desde que na nossa diocese foi Bispo para nós e connosco. Partilho os mesmos sentimentos, mas não resisto a recomendar a leitura do texto publicado pelo P. Pedro. Leiam por favor.



«Trouxe-nos de volta à «Casa Diocesana». A Diocese…, a Igreja…, a Reunião…, o Passeio…, a Refeição…, a Correção fraterna…, as Lágrimas…, as Viagens cansativas e desgastantes, os Horários impossíveis de conciliar, as Presenças sempre que necessário, as Distinções que não ferem a Dignidade mas a restauram; tudo era um permanente voltar à «Casa do Pai»: «sentir-se em Casa»; abrir as portas da «Casa», para que a Rua fosse um lugar de Civilização e Cidadania. Uma Casa Comum para Todos. No seu coração habitou a Bondade de Deus, agora o nosso coração ferido de Bondade é um coração mais humano e por isso, purificado e vivificado pelo Espírito Santo. Sejamos dignos e agradecidos, como insistentemente nos repetia, pela da Graça e pela Profecia, que foi o seu Ministério como Bispo, à Igreja em Portugal.»

Ler todo o texto aqui 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Uma manhã na Praia do Areão








Hoje acordei cedo com vontade de escrever umas coisitas. Levanta-se a Lita, logo a seguir, e diz-me de pronto que temos de ir ver o mar. «Apetece-me», diz ela. E à sua vontade tudo se altera. «Vamos então à Praia do Areão», sugeri eu. E lá fomos. A Lita esqueceu-se de tomar o pequeno almoço, coisa habitual nela. E na Praia do Areão ainda tudo estava fechado. Duas caravanas com estrangeiros a respirar o ar puro e um pouco fresquinho. Mas tivemos de sair para ela comer qualquer coisa. E comemos na Barra de Mira. Eu, só para lhe fazer companhia. 
Na despedida, metemos conversa com uma senhora que gostava ou precisava de falar. E ao saber que éramos gafanhões, começa a contar histórias das misturas de gentes daquelas bandas, Mira e Vagos, com as da Gafanha da Nazaré. Familiares e amigos abundam nesta terra de Nossa Senhora da Nazaré. E desta nossa cidade, debitou admiração e espanto pelo que tem visto no «passeio dos tristes» com o marido, que é bom falador. «Se ele cá estivesse, o senhor devia gostar de o ouvir contar as suas histórias», disse ela. Prometi que um dia voltaria. 
«Um dia destes, domingo, fomos àquele jardim… coisa linda. Não conheço igual. Canais, pontes, Forte e Farol, barcos e gente a passear. Não me cansei de olhar; e o meu marido até me repreendeu, por eu ficar tão entusiasmada», garantiu. 
A Praia do Areão estava à nossa espera. Um casal de idosos, com ar de ingleses, talvez das nossas idades, estava a chegar do mar, que se mostrava com ondulação que lhe emprestava uma certa beleza. Um casal jovem desafiou longa caminhada pelos passadiços. Um barco de mar esperava a maré. Um velho barracão mantinha-se quieto sem sinais de vida há anos. E a pureza do ambiente, própria de praia virgem, sem caixotes de habitação, desafiou a Lita a passar a barreira para ilustrar a fotografia. A paz do silêncio não tem preço. 

Fernando Martins

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

D. António Francisco dos Santos — Um bispo próximo e acolhedor


Hoje de manhã, fui dolorosamente surpreendido pela notícia da partida de D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto, para o regaço maternal de Deus. Apesar da fé que nos anima e nos leva a crer que tudo será melhor no coração do Senhor da Vida, que acolhe todos os homens de boa vontade, porque «perdoa sempre; perdoa tudo!», no dizer do Papa Francisco, reconhecemos, humanamente, que a dor momentânea da separação nos deixa tristes. 
Evoquei então o dia 8 de dezembro de 2006, Festa da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal e Mãe da Igreja, que me marcou para o resto dos meus dias. No cortejo de entrada na Sé de Aveiro, para a cerimónia solene da tomada de posse de D. António Francisco dos Santos, como bispo residencial da Igreja Aveirense, sofri um enfarte. Conduzido ao hospital, ali fiquei nos cuidados intensivos. No dia seguinte, pela manhã, antes dos meus familiares chegarem, abri os olhos ainda cansados para fixar dois visitantes: D. António Francisco e D. António Marcelino. Terão sido informados da minha situação pelo meu querido amigo e capelão do Hospital, Padre João Gonçalves. No domingo seguinte, D. António Francisco celebrou a Eucaristia no Hospital para os doentes e voltou a passar pelos cuidados intensivos para saber do meu estado. Dirigiu-me palavras de estímulo, palavras que vieram de um coração bondoso, que jamais esquecerei. 
Tempos depois, visitei-o na Casa Episcopal, para lhe agradecer a gentileza do gesto e das palavras que me dirigiu no Hospital de Aveiro. Sem pressas, sem nunca olhar para o relógio, falámos, trocámos impressões sobre Aveiro e sua região. Fiquei com a certeza de que a nossa Diocese, que teve tão grandes Bispos, cada um com o seu estilo, tinha agora um Bispo muito próximo e acolhedor. 
Dias depois, soube da saudação que dirigiu à Diocese, na qual garantiu que todos teriam lugar no seu coração de Bispo. «Que ninguém se sinta sozinho, esquecido, excluído ou à margem do meu desvelo de servir, independentemente da sua condição social, convicção de fé, cor ou cultura.», disse.  E na tomada de posse adiantou: «Somos uma diocese nova, recém-restaurada. Mas o caminho percorrido é grande e belo, com etapas marcantes de dois Sínodos diocesanos a cujos dinamismos me vinculo. É meu dever assumi-los. É meu desejo continuá-los. Há vidas doadas a Deus, à Igreja e ao Seu Povo, que hoje e sempre devemos recordar, agradecer e merecer.»
Num olhar atento, percebe-se que D. António Francisco foi, essencialmente, um Bispo com uma capacidade rara para ouvir, sem pressas. Atento ao mundo e à diocese, no seu espaço de intervenção pessoal, direta e próxima, D. António Francisco privilegiou a pessoa, com todos os seus problemas e anseios, mas ainda com as suas limitações e dificuldades.
Pessoalmente, não posso deixar de registar a sua serenidade, a sua humildade no contacto com todos, a sua fé esclarecida e atuante, o seu desejo de inovar e a procura das melhores soluções para implantar e dinamizar o Reino de Deus entre nós.

Fernando Martins

D. António Francisco, Bispo do Porto, faleceu hoje

Anuncia a Agência Ecclesia que D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, faleceu hoje aos 69 anos.
O prelado foi nomeado para esta missão em fevereiro de 2014, sucedendo a D. Manuel Clemente.
D. António Francisco dos Santos foi ainda bispo de Aveiro e auxiliar de Braga, tendo sido ordenado bispo em março de 2005, na Sé de Lamego.
O falecido bispo era natural de Tendais, no Concelho de Cinfães (Diocese de Lamego).

Notícia em atualização na Ecclesia

NOTA: Texto e foto da Agência Ecclesia.

Marina da Gafanha da Nazaré aposta na modernização das instalações


A Direcção da Associação Náutica e Recreativa da Gafanha da Nazaré (ANRGN) continua a apostar na modernização das suas instalações. Agora apostou no tratamento do pontão e dos fingers com óleo de teca, que vai prolongar a sua vida útil. A obra foi realizada por uma equipa de elementos da direcção, coordenada pelo Lucílio Marçalo. Outro dos melhoramentos foi a limpeza dos terrenos entre a Marina e a linha do comboio, com a total colaboração da Administração do Porto de Aveiro, correspondendo ao nosso pedido. Esta zona será o futuro aparcamento de atrelados, quando os barcos estão na água. Humberto Rocha

Presidente da ANRGN

domingo, 10 de setembro de 2017

A nossa Ponte


A ponte que nos liga às nossas praias é sempre um desafio para mim. Desde sempre. Habituado que estava à velha ponde de madeira, que dava passagem para as praias e outras paragens, a chegada da nova ponte, esperada há muito, tornou tudo mais fácil, beneficiando, e de que maneira, quem circula por estas bandas. Hoje, porém, refiro-me à paisagem que inclui o canal de Mira e tudo quanto a envolve. Quando a contemplo, de perto ou de mais longe, não resisto e cá fica mais um registo para mais tarde recordar, onde quer que estejamos.
Em época de veraneio, a nossa ponte fica ainda mais bela pelo colorido e agitação que ostenta, refletindo-se nas águas lagunares a vida animada que ela promove e desafia. E o senão do trânsito engarrafado pode ter os dias contados, se por diante for o projeto da passagem desnivelada programada.

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