Afastado voluntariamente do ciberespaço para prestar mais
atenção ao meu neto Dinis, o mais novo dos três netos que tenho, volto hoje ao
convívio dos muitos amigos destas andanças pela aldeia global. O meu neto
merece realmente muita atenção, sobretudo quando nos interpela por isto e por
aquilo. As respostas, adequadas à sua idade, nem sempre são fáceis, exigindo de
cada um de nós, tantas vezes, um raciocínio pronto e claro. Outras tantas vezes
as nossas explicações provocam uma catadupa de perguntas do Dinis.
Não é fácil educar, em especial no presente, tal é a quantidade
de desafios lançados à gente mais nova, veiculados pelos diversos órgãos de
comunicação social, numa mescla de publicidade e informação: Livros, CD,
Vídeos, Revistas, Jogos, Cadernos para ilustrar, Puzzles, Filmes, Legos,
Computadores, PlayStation, Dominós e mais uma panóplia de formas de entretenimento
que o Dinis conhece pelo seu nome próprio e que eu, seu avô, até ficava
baralhado. O mesmo se diga da avó.
Para nosso descanso, a sesta era o único momento para
descontrairmos. Hoje, que partiu para férias, o silêncio da nossa casa até se
tornou frustrante, de tão habituados estarmos à sua inquietude, exigência e
genica. Que Deus o conserve assim, com muita saúde.