quarta-feira, 27 de julho de 2016

calado como na missa?!

Uma reflexão de Pedro José Lopes Correia

calado como na missa ?!


“Chamo liberdade à minha ignorância do destino; e destino ao meu ignorar da liberdade”. Agostinho da Silva (1906-1994, filósofo e ensaísta português) in Público, 26-07-16.

[No contexto de receber o troco ao balcão… no almoço de 3 trabalhadores]

[1ªvoz – gerente] – Fica por 20,20 euros… fica por 20,00 euros certos.

[2ªvoz – cliente] – 0,20 cêntimos já dá para pôr de oferta na missa…

[3ªvoz – cliente] – 0,20 cêntimos não chega para nada, a pintura da Igreja é mais de 100.000 mil!

[2ªvoz – cliente] – o resto que ponha o Padre, que também ganha!?

Eu ouvia – calado como na missa?! – e aguardava a vez para pagar o meu almoço-refeição – na escolha da ementa económica: 6,00 euros – num restaurante implantado na Gafanha da Nazaré. Não longe da nossa Igreja Matriz. Suspeito que não falavam assim… Sabendo que eu era padre, residente e trabalhador, na paróquia, e estava ao seu lado no balcão do pagamento. Sabendo ou não. Não fiz “alarme” de nada… Falar o quê? Deus é Silêncio. Tornei a mastigar, por dentro, a comida que me foi excelentemente servida. Agora sem serviço às mesas repartidas.

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terça-feira, 26 de julho de 2016

À descoberta da Gafanha da Nazaré




Das dunas batidas por vento agreste, um povo
habituado a vida dura noutras paragens,
soube tirar o seu sustento.
A laguna deu-lhe o moliço com que fertilizou os campos.
Gente humilde e trabalhadora juntou ao das terras
o amanho das águas de onde tirou sal.
Aventurou-se e fez-se ao mar, em demanda do fiel amigo,
e o mar deu-lhe riqueza, mas reclamou inúmeras vidas.
De todo o lado vieram e fizeram grande
esta terra de oportunidades e tolerância
que ainda busca identidade.
Para os visitantes reserva sempre a melhor parte
e um convite para que venham…

Helena Maia Silva, João Alberto Roque
Roteiro Turístico
Junho de 2016



Ficha Técnica

Iniciativa: Departamento de Línguas do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré
Coordenação: Helena Maia Silva
Pesquisa e redação: Alda Fernandes, Helena Maia Silva e João Alberto Roque
Edição: João Alberto Roque
Tradução: Elementos do Departamento de Línguas
Fotografia: Helena Maia Silva e João Alberto Roque (ver nota)
Tratamento de imagem: João Alberto Roque
Impressão: Tip. Minerva Central, Lda – Aveiro
Tiragem: 1500 exemplares
                Junho de 2016

Apoios: Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré
Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré
Câmara Municipal de Ílhavo

Nota: Algumas fotos relativas a associações e eventos foram retiradas dos respetivos sítios da internet, blogues ou facebook e não foi possível identificar os autores.
O mapa foi elaborado a partir dos mapas Sapo.

domingo, 24 de julho de 2016

Os dominicanos em Angola

Crónica de Frei Bento Domingues

1. No Domingo passado, não tive condições para mandar, de Angola, a minha crónica para o PÚBLICO. A pedido do meu Provincial, vim a Luanda participar num conjunto de iniciativas de estudo organizadas pelos dominicanos angolanos. A perspectiva que me orienta, na realização do programa desenhado, é esta: outro mundo, outra Igreja e outra vida dominicana são possíveis. É uma questão de fidelidade à mensagem cristã. Jesus Cristo cresceu e foi educado nas tradições da religião de Israel. Quando hoje se fala de inculturação do Evangelho, algumas práticas pastorais julgam que se trata de adaptar o Evangelho a uma cultura. Se assim fosse, Jesus Cristo não tinha nada que fazer, pois já estava moldado pela sua herança judaica, cultural e religiosa. O que pode ser observado, tanto nos escritos de Paulo como nas narrativas dos Evangelhos, é que Jesus de Nazaré não se apresentou para perpetuar os costumes do seu tempo. Teve de discernir o que havia de mais vital na herança recebida e o que havia de opressor na religião mais recomendada, sob a invocação de Moisés: disseram-vos, mas Eu digo-vos!
Continuamos com certas orações que podem sugerir a consagração do conservadorismo: assim como era no princípio agora e sempre pelos séculos dos séculos, Ámen. Ora, no principio era a criatividade. A fé cristã está ligada a um Deus que não passou à reforma, mas que é criação contínua, suscitando criadores, não repetidores. Rezamos para que "pelos séculos dos séculos" não se extinga a criatividade dos que desejam ser fiéis ao Evangelho.

Papa Francisco e os jovens em 10 frases


Espero que façam barulho
Não olhem a vida da varanda
Não beber a fé espremida
Não aos jovens de museu, sim aos jovens santos
Viver, em vez de ir vivendo
Sonhai grandes coisas
Aprendamos a chorar
Sede castos, sede castos
É preciso andar contracorrente
Quem não arrisca não caminha

Propomos uma recolha de dez frases, na expectativa de outras surpresas "fora do programa" que o papa Francisco poderá reservar nos dias da próxima Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, Polónia, durante os dois encontros no Parque Jordan de Blonia (a cerimónia de acolhimento dos jovens, na próxima quinta-feira, 28 de julho, e a via-sacra da sexta-feira seguinte) e no "Campus Misericordiae" (vigília de sábado) e a missa conclusiva, no domingo, dia 31. A puxar por Francisco, segundo as previsões oficiais, estarão entre um milhão e meio e dois milhões de jovens, de 187 países.

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sábado, 23 de julho de 2016

As obras de misericórdia (1)

Crónica de Anselmo Borges 


Há hoje um acordo praticamente unânime. Jesus de Nazaré foi um homem, talvez o único, que viveu e comunicou uma experiência sã de Deus, sem desfigurá-la com os medos, ambições e fantasmas que, habitualmente, as diversas religiões projectam sobre a divindade." Quem isto escreve é o grande exegeta José Antonio Pagola. A citação provém do livro Entrañable Dios. Las obras de misericordia: hacia una cultura de la compasión, que escreveu com outro grande teólogo, Xabier Pikaza, e aparece no contexto da definição de Deus. O nome de Deus é misericórdia. "A compaixão é o modo de ser de Deus."
Neste sentido, Jesus contou histórias que abalam uma Igreja clericalizada, centrada no culto. Lá está, por exemplo, o bom samaritano. Um homem foi espancado e roubado, ficando meio morto à beira da estrada. E passou por ali um sacerdote, que se desviou para nem sequer o ver. O mesmo fez um levita que servia no Templo. Mas um samaritano, estrangeiro e considerado herético pelos judeus, que não frequentava o Templo, comoveu-se, aproximou-se, cuidou dele e pagou adiantadamente na estalagem, para o tratarem, prometendo que, na volta, pagaria o que faltasse. O doutor da Lei tinha perguntado: "Quem é o meu próximo." Agora, é Jesus que lhe pergunta: "Quem foi o próximo daquele desgraçado?" "O samaritano." E Jesus: "Vai e faz o mesmo." Não o mandou para o Templo. De que vale o culto desligado da justiça, da proximidade de quem se encontra na valeta da vida?

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A Quinta da Ilha

Crónica de Maria Donzília Almeida

Altar 
Amélia
Bananeira
Cai o pano
Comensais
Kiwis 

Fontanário 
Lago
Marinho Marques - Faxina

Másculos
Com a chegada do verão, foram-se aproximando do fim as atividades escolares, nas instituições de ensino público e privado. 
Desde os tempos remotos em que era estudante, à estação quente, vinha associada a palavra que nos soava a lazer e cheirava a maresia — férias. 
Agora, noutra dimensão académica, nas US (Universidades Seniores) de todo o país, também se fazem planos e preparativos para uma merecida pausa. 
Para dar uma certa relevância ao encerramento do ano letivo, multiplicam-se as festas de despedida entre formandos e professores, que, invariavelmente, decorrem à volta de uma mesa num opíparo repasto. O descanso do guerreiro! Desfrutar é viver! 
Hoje, mais uma vez nos reunimos para um convívio de confraternização do grupo AF (Amigos da Fotografia) orientado pelo eminente fotógrafo Carlos Duarte, numa nova modalidade, um piquenique. 
Evoquei os meus tempos de juventude, em que adorava fazer piqueniques com as crianças, nos mais diversos lugares: numa mata, (do Buçaco) num parque de campismo, ou simplesmente debaixo duma árvore frondosa. É muito agradável comer ao ar livre, cozinhar em céu aberto, sentir o cheirinho da comida evolar-se na atmosfera… dir-se-ia que era um oásis, na turbulência da vida quotidiana. 
Toda esta ambiência foi recriada nos arredores de Ílhavo, na Quinta da Ilha, propriedade do Sr. Dias, nosso colega/amigo da US. 
Foi a minha primeira visita, pois como caloira na US apenas ouvira falar do espaço, sem poder imaginar as suas reais dimensões. 
Se a expressão “Não há palavras…” se banalizou e quase perdeu o sentido, ainda assim, apetece-me usá-la, neste contexto, prenhe de significado. 
Foi um deslumbramento, quando cheguei ao local e deparei com a grandeza que os meus olhos enxergavam. 
A Quinta da Ilha, ali para os lados da Carvalheira, é um espaço enorme a perder de vista, um verdadeiro paraíso para retempero de forças. Seguimos por uma vereda estreita, ladeada por densa vegetação, ora rasteira, ora trepadeira, até alcançarmos uma clareira, onde houve espaço para o estacionamento automóvel de dezenas de veículos.

Festival do Bacalhau — Concertos

17 de agosto

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18 de agosto

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19 de agosto

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20 de agosto 
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