quinta-feira, 10 de março de 2016

A Lita faz hoje 76 anos

Um beijo como flor 
especial para a Lita…

A Lita faz hoje 76 anos. Quando lho referi, disse-me incrédula que chegara aos 75. Depois rimo-nos. Às vezes sabe bem esquecer um ano que seja. Diga-se de passagem, contudo, que a vida não é só a que o calendário inexoravelmente regista e os documentos atestam. A vida não tem idade no dia a dia da nossa existência terrena. Cada minuto com sonho lindo apaga anos de sombras indefinidas. 
Vamos dar uma volta por aí, saboreando o ar fresco tocado pela brisa marinha. Acalentados pelo céu azul que nos dá horizontes de paz, saberemos reconhecer o que de bom nos ofereceu um matrimónio com mais de meio século.
Almoçar onde calhar, falar do passado sem amarguras por horas menos agradáveis, mas certos de que o presente continua a garantir-nos, a nós que somos otimistas, um futuro repleto das bênçãos de Deus. 
Com um incómodo de saúde aqui ou ali, agora ela depois eu, ambos em simultâneo as mais das vezes, o rolar da vida vai passando por invernos frios, logo seguidos de primaveras e verões reconfortantes… E o outono da existência não nos rouba a alegria dos filhos, netos e demais familiares, nem a simpatia de amigos sem conta.

Fernando Martins

quarta-feira, 9 de março de 2016

Pelo Portugal de sempre

Presidente da República

Pelo Portugal de sempre
Nós, portugueses, continuamos a minimizar o que valemos.
E, no entanto, valemos muito mais do que pensamos ou dizemos.
O essencial, é que o nosso génio  —  o que nos distingue dos demais 
— é a indomável inquietação criadora que preside à nossa vocação ecuménica. 
Abraçando o mundo todo.
Ela nos fez como somos.
Grandes no passado.
Grandes no futuro.
Por isso, aqui estamos.
Por isso, aqui estou.
Pelo Portugal de sempre!
Marcelo Rebelo de Sousa
Marcelo Rebelo de Sousa


Ainda ontem: Canal Central



















Ontem caminhei junto ao canal central da cidade de Aveiro. Olhei para a estátua de João Afonso, o de Aveiro, que registei em sua homenagem como símbolo dos intimoratos navegadores de D. João II, os tais que deram novos mundos ao mundo. E passei adiante que tinha recomendações para caminhar… caminhar, não vá dar-se o caso de se me prenderem as pernas!
Fixei-me então nos moliceiros e aparentados que no canal estão à espera de turistas para poderem apreciar a cidade de outros ângulos, nem que seja a correr, como observei. Com pena não vi, de quem dirige as operações, quaisquer sinais de esclarecimentos dirigidos aos passageiros, no sentido de saírem mais ricos da viagem. Assunto a rever pela organização destes passeios, se é que estou enganado.
De máquina em punho fui gravando painéis de proa e ré dos barcos que ali estão ao serviço do turismo local.
Aqui ficam para deleite de quem aprecia sinais de arte do nosso povo.

terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher


 A mulher ainda precisa do seu dia especial com data marcada no calendário. O homem não precisa desse dia especial para si próprio, porque se considera o rei da criação. O homem tem todos os dias por sua conta. É ele que manda em quase tudo. A mulher ainda luta por estar em pé de igualdade com o homem em muitas áreas. Em muitas tarefas profissionais ganha menos quando faz o mesmo que o homem. Na liderança, em vários setores, é preterida em favor do homem. O homem é o sexo forte, mesmo sendo frágil; a mulher é o sexo fraco mesmo sendo forte.
Na política barram-lhe a subida apesar do mérito, da sensibilidade, da persistência e da intuição. Mas quando tem campo aberto lidera.
Nas universidades e no ensino é maioritária; na investigação dá cartas; nos cuidados médicos e nas artes bate-se em pé de igualdade; no desporto agiganta-se; e na família cuida, amamenta, espalha ternura, acarinha, estimula, abre horizontes, ama incondicionalmente. E apesar da aparente fragilidade ainda consegue acumular duas profissões: Uma remunerada, a do emprego;  e outra não remunerada, a de casa,  por amor.

Somos Livros


Em Aveiro, cidade de que gosto,  passei pela livraria Bertrand como é costume. Para ver livros e para comprar se houver apetite para isso. Por vezes fico com ideias que só concretizo noutra maré. Olhei para um texto já meu conhecido, que não sei se já o divulguei por aqui. De qualquer modo, cá está ele...
Boas leituras.

domingo, 6 de março de 2016

Um contador de histórias subversivas

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO

«A Eucaristia é um convite para a festa, 
para a festa de Deus revelada nos gestos 
e nas palavras de Jesus.»

1. Segundo os evangelhos sinópticos [1], Jesus não deu nenhum contributo para o avanço das ciências, nem revelou um grande pendor metafísico, embora não faltem investigadores que, hoje, o reconheçam como um filósofo.
O facto é que não deixou nada escrito. A sua breve intervenção pública acabou num fracasso tão vergonhoso, que ninguém poderia descobrir alí qualquer caminho de futuro. Aconteceu que os seus seguidores, depois de várias crises, não recalcaram a sua memória. Alguns judeus continuaram a ver, naquele carpinteiro de Nazaré, o messias esperado; outros recusaram-no, o que nada tem de surpreendente. Passados dois mil anos, Daniel Boyarin, conhecido especialista do Talmude, observa que se há alguma coisa que os cristãos sabem bem a propósito da sua religião é que ela não é o Judaísmo.

sábado, 5 de março de 2016

Aliança Underground Museum — Uma visita obrigatória

Buda em meditação



Mandíbula de dinossauro
Visitar o Aliança Underground Museum estava no rol dos meus propósitos há muito tempo. Como não sou pessoa de pensar e logo realizar, fui adiando a visita ao Museu Subterrâneo Berardo instalado nas Caves Aliança. Mas hoje aconteceu. Com o meu filho primogénito Fernando, como ele próprio se identifica, lá fomos, incluindo na viagem uma visita a um amigo que está doente há vários meses. Este, aliás, foi o primeiro objetivo do passeio que programámos para hoje. Depois do almoço, com o célebre Leitão da Bairrada a pontificar, a visita ao amigo foi comovente. 

Mineral
Quando os amigos adoecem, ficamos sempre com a sensação da nossa finitude. Sobretudo quando não temos nem conhecemos forma científica de lhes valer. É o caso. Como crente, entrego nas mãos de Deus o meu amigo sofredor, mas muito lúcido,na esperança de que recupere o mais depressa possível.
A ida ao museu veio mais tarde. Visita guiada, que doutra forma seria impossível, tal a riqueza e a quantidade dos objetos expostos, num casamento perfeito entre arte, produção, armazenamento e comercialização vinhos, onde predominam os espumantes, destinados grandemente à exportação, com a marca das Caves Aliança a selar este setor, de que o Comendador José Berardo é seu principal proprietário.

Arte africana
Deixando os vinhos de lado, muito embora sejam a razão de ser da coleção do Comendador Berardo em terras bairradinas,  voltemo-nos para o que os nossos olhos viram de expressivamente belo e digno de outras visitas sem pressas, a que o guia, conhecer do que está exposto e do todo que são as empresas e coleções daquele colecionador, empresta vivacidade e conhecimento a quem o acompanha.
Impossível se torna para mim, que regressei a casa há pouco tempo, descrever com pormenor o que os meus olhos contemplaram  e os meus ouvidos captaram. De qualquer forma, retenho na memória as coleções de arqueologia e etnografia de várias regiões africanas, escultura, coleções de minerais e fósseis com milhões de anos, cerâmica das Caldas, azulejos de diversos séculos, estanhos que só podem ser vistos através de grades de segurança, pinturas antigas e contemporâneas, móveis e um sem-número de objetos criteriosamente selecionados para encanto de quem gosta de arte desde o homem primitivo até ao homem dos nossos dias, de todos os quadrantes do mundo.

Cabeça de dinossauro

A coleção do Comendador Berardo não se limita a umas tantas salas ou salões, mas espalha-se por corredores e subterrâneos, lado a lado com vinhos tintos e brancos, aguardentes e espumantes, em pipas de carvalho francês e russo, talvez ainda de outras origens que não fixámos, depois em garrafas, antes de seguirem viagem para as nossas mesas e festas. 
Depois destas rápidas considerações aqui fica o meu apelo: Se puderem ou quando puderem não percam a oportunidade de visitar as Caves Aliança, em Sangalhos, mas não deixem de marcar reserva por telefone (234 732 045).

Horário das visitas: 10h|11h30 – 14h30|16h.

Todos os dias do ano, exceto 1 de Janeiro, Domingo Páscoa, e 25 de Dezembro.

Fernando Martins

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