sábado, 27 de fevereiro de 2016

É urgente dar frutos de boas obras

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha
«É urgente acolher 
a paciência de Deus que brilha»


Jesus recebe notícias trágicas e reage com lucidez espantosa, aproveitando para apresentar a novidade do agir de Deus na história. São notícias do massacre de pessoas indefesas enquanto estavam no templo a praticar o culto; massacre levado a efeito pelo poder político com rosto pessoal – o de Pilatos. Ontem como hoje. E o cortejo de vítimas é incontável. Infelizmente.

Outra notícia triste refere-se à queda da torre de Siloé que causa danos graves e mata gente inocente. Sem dizer nada sobre o motivo de tal ocorrência, Jesus avança com a pergunta de interpelação pedagógica: “Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém?” E acrescenta: “De modo algum, vo-lo digo Eu”. O contraste evidencia o começo da novidade do proceder de Deus em relação às pessoas e a toda a humanidade.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Simplesmente Maria

Crónica de Maria Donzília Almeida


Quando cheguei à US tudo era novo para mim: os espaços, as pessoas, a natureza envolvente. A primeira pessoa com quem me cruzei, ocupava-se nas suas tarefas de horticultura ali, na Quintinha da Remelha. Com solicitude, deu-me as informações pretendidas e franqueou-me as portas do US…
Este nome evocava-me uma antiga instituição, vocacionada para o tratamento de toxicodependentes da Associação Le Patriarche, fundada em 1974, por Lucien Engelmajer.
As histórias de vida que ali se cruzaram, os dramas de jovens colhidos na teia das vicissitudes humanas, na sua luta contra a tirania das dependências, parecem ter deixado, aqui, um rasto de erosão. Um véu de decrepitude paira neste espaço, a começar nas palmeiras de braços caídos, que sucumbiram aos parasitas invasores.

Rota das Padeiras


As padas de Vale de Ílhavo 
valem quanto pesam

«Organizada pela Câmara Municipal de Ílhavo, em parceria com a Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas”, a Rota das Padeiras visa promover as Padeiras de Vale de Ílhavo e as suas iguarias gastronómicas, tendo lugar na Sede da Associação (Rua Cabeço do Nuno, 8, Vale de Ílhavo, junto à Estátua da Padeira), onde decorrerão diversas iniciativas como Showcookings, Degustações, Workshops, entre outras, que permitirão aos visitantes apreciar de forma mais próxima todos os aspetos inerentes a este que é um dos expoentes máximos da gastronomia ilhavense.»

Fonte: CMI

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Rádio Terra Nova no PÚBLICO

Comunidade aveirense 
une-se para voltar 
a dar “voz” a rádio local

Reportagem de Maria José Santana


«Cidadãos anónimos, figuras do panorama nacional da rádio e investigadores da área da comunicação estão empenhados em ajudar a reerguer a antena da Rádio Terra Nova, que não resistiu ao temporal do dia 14.»

«“A nossa primeira reacção foi: e agora?”, confessa Vasco Lagarto, director da Terra Nova. Nessa fase, e mesmo ainda sem saber quanto custaria adquirir uma nova antena, toda a equipa da emissora teve noção de que a despesa seria demasiado elevada e que o projecto podia estar em causa. Mas o desânimo não tardou muito a dar lugar a sentimentos de esperança, por força de uma onda de solidariedade que nasceu da própria comunidade. “Mal se divulgaram as primeiras fotos, surgiram pessoas a mobilizarem-se para desencadearem movimentos e iniciativas”, testemunha Carlos Teixeira, jornalista na Rádio Terra Nova há 28 anos.»

Texto e imagem do PÚBLICO

domingo, 21 de fevereiro de 2016

O mar na minha tebaida


Pois é verdade. Tenho o mar na minha tebaida. Conchas, búzios e outros achados apanhados nas nossas praias, graças à sensibilidade da minha Lita, mas também ao seu bom gosto.
Vejo o arranjo todos os dias e todos os dias me debruço sobre o conjunto para apreciar objeto a objeto, nunca me cansando de descobrir pormenores de cada concha ou búzio, que a mãe natureza nos oferece. E não é que os búzios refletem nos meus ouvidos o som do mar?
Curiosamente, a oferta é lançada como coisa inútil pelas ondas nos areais, ali ficando à espera de alguém que se condoa do seu abandono e a recolha e lhe dê o destaque a que tem direito. 

Esta Quaresma começou bem (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 

«A falta de humor teológico e litúrgico 
acaba sempre por sacralizar o ridículo.»

1. As Igrejas Católica Romana e Católica Ortodoxa, em 1054, consumaram, de forma solene, o seu progressivo divórcio: excomungaram-se reciprocamente. Dizia-me um amigo, pouco entendido em questões de religião: isso de excomunhões deve ser com como lançar um feitiço para o quintal do vizinho. Só funciona se os dois acreditarem nisso.
De facto, quase durante um milénio, foi mantida essa sacralizada ficção. As duas partes faziam de conta que Deus dependia das suas quezílias teológicas e culinárias. Teológicas, porque se imaginavam a viajar pelo interior da Santíssima Trindade e a observar o percurso seguido pela fonte do Espírito Santo. Culinárias, porque não se entendiam acerca do uso do pão,fermentado ou não fermentado, na celebração da Eucaristia, nem reconheciam a cada uma das igrejas a liberdade de seguir a receita da sua preferência. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

ADIG em defesa de um ambiente sadio

Carta Aberta ao Prof. Carlos Borrego

Porto Comercial 
Não é novidade para ninguém que a ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha) está em luta por um ambiente sadio na nossa terra. Também não é novidade para ninguém que as indústrias, por mais simples que sejam, podem trazer-nos poluição, se não forem considerados os parâmetros definidos pela legislação em vigor. Mas se é certo que ninguém negará a importância de uma estrutura portuária no litoral português, pelo desenvolvimento que promove no país, em geral, e nas regiões em que se insere, em particular, também é verdade que não pode ser descurado o cumprimento das regras ambientais. O não cumprimento dessas regras acarreta, necessariamente, prejuízos para as populações, a vários níveis. Indústria e estruturas portuárias, sim!, mas nunca com ofensas ao povo e seus bens.
Vem isto a propósito de uma Carta Aberta dirigida ao Prof. Carlos Borrego que a ADIG tornou pública, na qual denuncia o não cumprimento de promessas em devido tempo acordadas, no sentido de serem minimizados os efeitos perniciosos de elementos poluentes, nomeadamente, o Petcoke ou coque de petróleo. 
Diz a ADIG que os estudos a elaborar pelo Prof. Carlos Borrego ainda não foram apresentados à APA (Administração do Porto de Aveiro), como garante esta organização. E salienta a ADIG: «De acordo com a informação dos Dirigentes da APA e da Cimpor, o início da construção da Barreira e, acessoriamente, da Estação de Tratamento, só está dependente da apresentação do resultado dos testes efetuados pelo Prof Borrego.»
Face a isto, impõe-se de facto que o processo não caia no esquecimento, antes se acelere, porque com a vida das pessoas e dos seus bens não se pode brincar.
Permitam-me que refira que tenho pelo Prof. Carlos Borrego a consideração devida a um cidadão honesto e muito competente na área do ambiente. Daí que reforce a proposta lançada pela ADIG, no sentido de o Prof. Carlos Borrego vir à Gafanha da Nazaré explicar o que se passa com tão candente problema que afeta tanta gente. 

Fernando Martins