sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Tranquilidade


1. Depois de uma semana algo agitada e com emoções fortes, resolvi descontrair. Numa volta pelas nuvens, correndo imagens como em filme mudo, contemplei esta foto de tranquilidade absoluta. Águas serenas da nossa laguna, ausência de vento e nada que mexesse. O homem que ao leme está dá-se por satisfeito naquele dia de verão, ali para as bandas da Torreira. Era fim de semana e a vida dá-nos  tempo para tudo. 

2. Hoje participei no funeral de um amigo de longa data, o Josué Ribau. Chuva miudinha e atrevida com amigos que nestas horas nunca faltam. Recordações em catadupa, esforços contínuos para trazer à memória os nomes de todos, Nem sempre com êxito. As conversas, contudo, não paravam. E chegou o momento da despedida do amigo que nos deixou, Silêncio completo durante as derradeiras orações. Mas o amigo que fisicamente partiu vai ficar connosco, num lugar reservado das gavetas das nossas boas recordações. 

“Praia da Costa Nova” deixa júri “impressionado”


«O alemão Karl Murr, presidente do júri dos prémios “Luigi Micheletti”, esteve ontem em Aveiro, onde visitou a lancha “Praia da Costa Nova”, que se candidatou àquele galardão internacional, de forma a ver reconhecido o seu valor histórico e patrimonial. A ideia de Gustavo Moreira Barros -empreendedor que em 2011 adquiriu a lancha, recuperou-a fez dela mais um ponto de interesse turístico da Ria - passa por promover o projecto de ter “um museu a navegar”. “Estes prémios pretendem reconhecer algo que foi património industrial e que foi reaproveitado para criar algo novo”, explica o aveirense à margem da visita que, ontem, uma comitiva encabeçada por Karl Murr realizou à “Praia da Costa Nova”. Além da apresentação da lancha e daquilo que já foi feito para a tornar operacional, Gustavo Moreira Barros recordou algumas das tradições aveirenses e a ligação secular entre a toda a região e a Ria.»

Texto e foto do  Diário de Aveiro

Como é que chegámos aqui?

«Como é que, algures pelo caminho dos últimos anos, perdemos a independência?
Como é que permitimos, todos, povo e governantes, o que se está a passar?
E não me venham com a dívida. A dívida ajuda e muito, mas não é a questão central. A questão central é que ao abdicarmos de soberania, abdicamos também de democracia.
E estamos agora governados por uma burocracia anónima, sem legitimidade eleitoral, que responde aos seus donos e nós não somos donos de nada. Nem sequer de nós próprios.»

José Pacheco Pereira, 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Teoria de Albert Einstein provocou euforia científica

100 anos depois da Albert Einstein 
ter formulado a Teoria da Relatividade Geral, 
foi possível detetar as ondas gravitacionais



«100 anos depois de Albert Einstein ter formulado a sua Teoria da Relatividade Geral, foi finalmente possível detectar as ondas gravitacionais cuja existência estava prevista nas suas fórmulas. E isso foi possível porque ouvimos o som de buracos negros a colidirem.»
(...)
«Mas se por aqui ficamos a saber o que se passou hoje, é importante começarmos por compreender o que são ondas gravitacionais e qual a sua importância, e, também, olharmos para trás, mais exactamente para 25 de Novembro de 1915, o dia em que, falando na Academia Prussiana de Ciências, em Berlim, Einstein apresentou pela primeira vez a sua Teoria da Relatividade Geral, introduzindo o misterioso conceito da curvatura espaço-tempo.»

Ler no Observador 

Márcio Walter à procura das suas raízes entre nós

Os Carolas podem dar uma ajuda 

´Márcio comigo na Costa Nova
Não é todos os dias que se conhece um jovem que vem de S. Salvador, Brasil, para descobrir as suas raízes portuguesas, aqui no Concelho de Ílhavo e lá para as bandas de Coimbra. Um dos seus apelidos, Carola, que presentemente não usa, que as leis e os usos vão variando conforme os tempos, está em muita gente da região de Ílhavo.
Márcio Walter não me contactou por acaso. Nas suas buscas pela Net, encalhou nos meus blogues, Pela Positiva e Galafanha, onde apreciou uma referência a um dos seus antepassados, Maestro da então Filarmónica Ilhavense (Música Velha), agora denominada de Filarmónica Gafanhense. 
Tanto bastou para estabelecermos conversa via e-mail, ampliadas posteriormente no Facebook. Com as simples e poucas dicas que eu possuía, o Márcio bateu a muitas portas dos arquivos existentes e lá foi construindo pouco a pouco a sua árvore genealógica, iniciada na sua terra natal e já bastante completa. Mas as pesquisas vão prosseguir, porque o Márcio não é pessoa para pôr de lado objetivos, por mais difíceis e complexos que eles sejam.
Andou numa roda-viva, cujos rolamentos emperravam de vez em quando. Porém, o seu entusiasmo nunca abrandou, porque o Márcio quer chegar o mais longe possível, no sentido inverso da vida. Gosto, realmente, de pessoas assim. 
Com o peso da minha idade não pude acompanhá-lo como desejaria. O seu ritmo é intenso e eu preciso de alguma serenidade e para viver e trabalhar. Mas não deixei de o levar a saborear as enguias fritas a um restaurante da Costa Nova, povoação que ele apreciou sobremaneira pela tipicidade das suas casas e pela amplitude das águas tranquilas da nossa laguna. Mas ainda pudemos visitar o célebre palheiro de José Estêvão, onde seu filho Luís de Magalhães teve a gentileza e o prazer de receber o grande escritor Eça de Queirós, tão apreciado entre os nossos irmãos brasileiros. 
Formulo votos dos maiores êxitos ao brasileiro amigo Márcio Walter, quer pessoais, profissionais e sociais, quer literários (é contista) e de investigação.
Até sempre.

Fernando Martins 

NOTAS: 

1. Se alguma pessoa de apelido Carola desejar contactar com ele, pode remeter-me o contacto. 
2. Curiosamente, diversos brasileiros me contactaram, graças a apelidos e nomes registados nos meus espaços do ciberespaço.

Não fechemos a porta à misericórdia

Da Mensagem do Bispo de Aveiro 
para a Quaresma de 2016


«Se quisermos descobrir algumas das características de como é o Deus de que Jesus nos fala, é fundamental meditarmos nas parábolas sobre a misericórdia (cf. Lc 15). Nos três casos, é Deus – o pastor, a mulher, o pai – quem toma a iniciativa de ir ao encontro. Uma diferença importante se manifesta: perante a falta de responsabilidade da ovelha e da moeda, no filho aparece o exercício da liberdade. O pai respeita as decisões do filho – o que supõe estar com o coração a sangrar à espera que ele regresse. O pai, que o espera, acolhe-o e abraça-o, mas a sua magnanimidade contrasta com o coração do filho mais velho, que, vivendo sempre dentro da mais estrita legalidade, não é capaz de se alegrar com o regresso do irmão, nem aceita o amor do pai que o acolheu. O pai, identificado com Jesus, supera as leis, move-se na compaixão, no amor – atitude que deveria ser a de todos nós.»

Ler mensagem aqui 

Faleceu o Josué Ribau Teixeira

A sua memória ficará sempre connosco 

Josué fala da sua coleção
Acabo de receber a triste notícia do falecimento no IPO de Coimbra do Josué Ribau, depois de tenaz e corajosa luta contra doença que não se deixa vencer. A notícia veio do filho Bruno e trazia a informação de que seu pai «sempre esteve lúcido até ao final e disponível para os seus instrumentos e familiares». 
Conheço o Josué desde sempre. Era ele o pequeno, filho mais novo de Madalena Ribau e Manuel Teixeira, que brincava na eira um pouco indiferente às músicas que os irmãos mais velhos (Manuel, Ângelo, Plínio e Diamantino) com os amigos executavam na casa do avô, Manuel Ribau Novo (principal responsável pela nossa primitiva igreja matriz), na altura já falecido. 
O Josué cresceu, estudou, valorizou-se, foi professor de Educação Física, casou com a Zinha, foi pai de um rapaz, o Bruno, e de uma menina, a Madalena, pautando a sua vida pelo trabalho, pela dedicação à família, enquanto criou amizades. Cultivou sempre o respeito por todos, mantendo continuamente um espírito sereno. Nunca lhe conheci conflitos e gostava de conversar com ele. 
Um dia soube que se tinha apaixonado pela música e pela coleção de instrumentos de cordas. É certo que estranhei estes novos gostos. Um pouco incrédulo, resolvi visitá-lo para ver com os meus próprios olhos como é que ele, o menino e rapaz, que nunca mostrara interesse pelo fascinante mundo da música, mudou tão rapidamente e com tanta vontade.
Na altura, confessou-me que foi fumador durante 40 anos, mas que resolvera cortar radicalmente com o tabaco, canalizando todo o dinheiro então poupado para a aquisição dos instrumentos que constituem a sua coleção. E garantiu-me que vai continuar a investir neste seu prazer, jamais admitindo a ideia de vender o que coleciona, restaura e constrói de raiz.
Durante a conversa, sem nunca mostrar cansaço, foi-me revelando conhecimentos musicais que eu estava longe de imaginar. Procurava literatura que o elucidasse, quer na arte de restauro e construção, quer na área da teoria musical. E sobre a sua coleção de instrumentos contava-me o historial de cada um: país de origem, materiais usados, técnicas utilizadas, diferenças relativas a épocas e a regiões, entre outros pormenores. 
A vida é assim. Nascimento, trabalhos, lutas, alegrias e algumas tristezas, paixões, vitórias, sonhos e a morte no final da caminhada terrena. Que Deus o receba no seu coração maternal. A sua memória, porém, ficará eternamente na sua família e nos seus amigos, até ao fim dos tempos.

Fernando Martins

Ler entrevista aqui 

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