Com sol a brilhar, que o dia assim pede, evoquei o santo que, segundo a lenda, terá repartido a sua capa com um pedinte a tiritar de frio. Em homenagem a essa atitude, de atenção a quem precisa e de partilha solidária, o Criador terá abençoou esse gesto para a posteridade, dando-nos um sol que acalenta, precisamente neste período. Tenha havido esse milagre de Deus ou não, a verdade é que, face ao dia luminoso que hoje desfrutamos, me apetece sublinhar o facto.
Escrevi sobre o dia de São Martinho aqui
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quarta-feira, 11 de novembro de 2015
De novo na Figueira da Foz
Estou de novo na Figueira da Foz. Busco por estas bandas renovar o astral para enfrentar com mais determinação o inverno que se aproxima, com as suas inevitáveis exigências. O mesmo espaço que não cansa, os mesmos ares que não destoam, os mesmos caminhos para andar. Mar por perto, foz do Mondego que desafia a destreza dos mestres dos barcos de pesca, areais a perder de vista e a serra da Boa Viagem debruçada sobre o casario que a envolve.
Olhos atentos, digital à espera de atuar, bloco de apontamentos para eventuais registos do que de novo ou inédito surge. Haverá sempre algo de interessante a reter e a partilhar, reflexões que me conduzam a tomar posições e a optar por novos caminhos ou por caminhos renovados, que a indiferença perante a vida é morte antecipada.
Depois, tudo o mais virá naturalmente.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Jamie Oliver declara guerra ao açúcar
«As pessoas pensam que para comer bem
tem de se ser rico.
Isso aborrece-me porque nas minhas viagens
a comida mais extraordinária que experimentei
foi sempre em comunidades pobres»
Uma entrevista de ALEXANDRA PRADO COELHO (texto) e MIGUEL MANSO (fotos, em Londres)
Ler no PÚBLICO
tem de se ser rico.
Isso aborrece-me porque nas minhas viagens
a comida mais extraordinária que experimentei
foi sempre em comunidades pobres»
Passou um ano a viajar por países onde há pessoas a viver até aos 100 anos. Contratou professores para estudar nutrição. Fez 40 anos, foi isso. Voltou com um novo livro e programa de televisão e com menos alguns quilos. E elegeu o seu novo grande inimigo: refrigerantes cheios de açúcar.
Uma entrevista de ALEXANDRA PRADO COELHO (texto) e MIGUEL MANSO (fotos, em Londres)
Ler no PÚBLICO
DIVORCIADOS RECASADOS
Patriarca de Lisboa:

"Estou cheio de curiosidade"
sobre o que o Papa vai dizer
da comunhão dos divorciados
«Patriarca de Lisboa pensa que possibilidade de divorciados recasados poderem voltar a comungar não está prevista
Nesta entrevista de balanço de um debate de dois anos sobre a família, D. Manuel Clemente diz que a doutrina da conceção foi mantida porque assim pensam muitos grupos de católicos e que a proposta cristã "não passa por validar" as relações homossexuais. Já sobre o processo, o patriarca considera muito positivo o aparecimento de ideias diferentes, diz que é precisa outra política de habitação e de apoio às famílias e alerta para os riscos do crescimento da xenofobia na Europa.»
Ler entrevista no Diário de Notícias
domingo, 8 de novembro de 2015
Acordo sem simpatia
«Acordo sem simpatia dá uma relação antipática»
Hugo Hofmannsthal (1874-1929), escritor austríaco
Li hoje no PÚBLICO
NOTA: Será que isto tem alguma coisa a ver com a situação política atual? Ou será pura coincidência?
Escritores e a Ria de Aveiro - 4
Bestida |
«No velho pontão da Bestida, que as invernias todos os anos despedaçam, dir-se-ia que Portugal acaba. Portugal e a terra na sua solidez física, nos seus costumes mais vulgares, e até nalguns dos elementos mais primordiais da sua vida. É outro mundo, líquido, brumoso, feito de distância azul, isolado do continente por uma ria maravilhosa, paleta de mil cores, tão larga que cabe nela o Tejo, nos seus dois quilómetros de água tranquila e adormecida. Fecham-se atrás de nós, como sob o pano de uma ribalta, as terras ribeirinhas da Murtosa, e de Bunheiro, entre pâmpanos virentes, muito tufados, milheirais extensos que ondeiam as suas bandeiras doiradas, pomares cerrados, onde os ramos já nos estendem os frutos maduros, corados de sol, que fendem a casca, pejados de sumo.»
Artur Portela
800 anos é muito tempo!
Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO
1. Continuam a perguntar-me o que significa o acrescento, O.P., à minha assinatura, nomeadamente nestas crónicas.
Explico. Em 1953, no Convento de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, abrindo o tempo de Noviciado, o Prior conventual, numa celebração comovente, perguntou-me: que pedis? A misericórdia de Deus e a vossa, respondi.
Disse-me que esperava que já tivesse recebido a misericórdia de Deus, mas a da Ordem dos Pregadores (O.P), não era incondicional. Depois de um tempo de experiência, haveria uma avaliação recíproca e nela se veria se queríamos continuar juntos ou não. Entretanto, Frei Bento passava a sobrepor-se ao nome que usara até esse dia.
Não estranhei muito, pois o padroeiro da minha aldeia é S. Bento e muito perto havia a romaria de S. Bento da Porta Aberta, a mais importante do norte de Portugal. Por outro lado, o meu irmão chamava-se Domingos e ao entrar na Ordem fundada por S. Domingos, passou a chamar-se Frei Bernardo!
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