quinta-feira, 14 de maio de 2015

Os Ílhavos na Grande Guerra

Presente sem passado 
não garante futuro com alma



A exposição “Os Ílhavos na Grande Guerra” de 1914-1918, patente no Centro Cultural de Ílhavo, é uma significativa homenagem aos combatentes que morreram e sofreram nesta “Guerra das Guerras”, na qual participaram 100 mil portugueses, 240 dos quais eram ilhavenses, mais concretamente, 207 de S. Salvador e 33 da Gafanha da Nazaré. Na altura, S. Salvador englobava as Gafanhas da Encarnação e Carmo, que não eram freguesias. Registaram-se 18 vítimas mortais do nosso concelho, sendo dez militares e oito civis da Marinha Mercante.
Escusado será referir a importância desta mostra que sublinha as causas e consequências da Primeira Grande Guerra do século XX, que deixou feridas abertas em muitos conterrâneos nossos, que carregaram, porventura, traumas em combatentes e familiares. Contudo, apraz-nos frisar que esta homenagem faz todo o sentido, no centenário da “Guerra das Guerras”, por trazer à tona memórias interiorizadas que fazem parte indelével do nosso ADN. Presente sem passado não garante futuro com alma. Daí que seja nossa obrigação recomendar uma visita à exposição, onde não faltam motivos para nos inteirarmos do que se passou realmente na guerra e para além dela. 

Um aspeto da exposição (Foto da CMI)

Quadros com resumos bem ordenados, nomes dos combatentes e dos que morreram no conflito, fotos de alguns deles e do próprio contingente português, fardas, capacetes e demais peças dos espólios militares e de uso pessoal, que algumas famílias preservam como recordações vivas, dão aos visitantes uma ideia, decerto pálida, mas digna, dos sofrimentos que as guerras alimentam no mundo. Há também vídeos com testemunhos de familiares, gravações multimédia e fotografias que ajudam a compreender o clima trágico da segunda década do século XX, cujas marcas se projetaram nas décadas seguintes.
Olhando as listas dos combatentes, é possível descobrir nomes e apelidos de antepassados de muitos de nós, o que constitui, indubitavelmente, surpresa para alguns visitantes, a quem recomendamos a oportunidade de ler com atenção as causas da guerra e as suas consequências, expostas em quadros que sintetizam bem o que se quis transmitir. 

Combatentes na Trincheira (Foto da CMI)
A euforia dos finais do século XIX — a “Belle Epóque” — com progresso tecnológico e económico escondia tensões e rivalidades entre as grandes potências que exploravam os países pobres, como se pode ler nos cartazes da mostra. Depois, quais bolas de neve, as tensões explodiram e o conflito armado generalizou-se. Instabilidade política, económica e financeira, censura nos jornais, sopa dos pobres, escassez de alimentos, emigração, inspeções militares regulares, a sensação de insegurança e a revolta entre o povo sofredor foram algumas das muitas consequências do conflito. 
A exposição, integrada na iniciativa promovida pela autarquia ilhavense de evocar o centenário da Primeira Grande Guerra, foi preparada pelo Centro de Documentação de Ílhavo (CDI). Exigiu estudo cuidado e buscas metódicas em diversos fontes, nomeadamente, Arquivos Geral do Exército, Histórico Militar, Histórico Ultramarino, Histórico da Marinha, Museu da Marinha, Museu do Ar, Museus Militares de Lisboa e Bragança, Liga dos Combatentes-Lisboa e Liga dos Combatentes-Núcleo de Aveiro, Hemeroteca Municipal de Lisboa, Vista Alegre Atlantis. Uma preciosa ajuda veio de colecionadores particulares e de familiares dos combatentes.

Fernando Martins

Dia Internacional dos Museus

Destaque:
Museu Marítimo de Ílhavo 
e Navio-museu Santo André



O Museu Marítimo de Ílhavo comemora o Dia Internacional dos Museus neste fim-de-semana, dias 16 e 17 de maio, com muitas atividades para todos os públicos.
Workshops de técnicas de gravura e de cozinha, visitas especiais aos bastidores do Aquário e às Resevas do Museu, a inauguração de uma exposição de fotografia de Pepe Brix e uma visita guiada por Manuel João Vieira (líder dos Ena pá 2000) são alguns dos destaques do Dia Internacional dos Museus no Museu Marítimo de Ílhavo.

Ver programa aqui

NOTA: Uma excelente oportunidade para apreciar o que nunca se viu por falta de tempo ou de motivação.  

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Jovens universitários partilham vocação missionária


Jovens missionários
No domingo, 3 de maio, na eucaristia das 11.15 horas, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, um grupo de jovens universitários da GASTagus, uma ONG vocacionada para intervenções solidárias, com sede em Oeiras, veio dar testemunho da sua ação missionária e vender produtos de artesanato, cuja receita se destina às muitas despesas da organização em que se integraram. Beatriz, Sofia, Mariana, Constança e João, identificados por camisola da GASTagus, no final da missa, venderam alguns produtos condicionados pelos membros do grupo missionário e de intervenção social, tanto no nosso país como nos PALOP — Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
Aquela organização juvenil, sem fins lucrativos, tem por missão alertar e incentivar a juventude para a descoberta e promoção da dignidade humana, através da realização de atividades de voluntariado em Portugal e África, cientes como estão de que não podemos viver indiferentes a pessoas e comunidades multicarenciadas. 
Os voluntários GASTagus desenvolvem no terreno projetos na área da educação e cooperação para o desenvolvimento, interagindo em parceria com outras instituições, já que não é só com esmolas que se promovem a diversos níveis pessoas e sociedades.~

terça-feira, 12 de maio de 2015

“Encontros e Encantos”

Mais um livro de João Gonçalves Gaspar



Bispos na Vida 
e na Memória 
da Princesa Santa Joana


João Gaspar

“Encontros e Encantos” é o mais recente livro de João Gonçalves Gaspar, Vigário-geral da Diocese de Aveiro e conhecido historiador e Académico correspondente da Academia Portuguesa de História, desde 1996. A obra agora publicada reflete “Bispos na Vida e na Memória da Princesa Santa Joana”, que faleceu no dia 12 de maio de 1490, precisamente há 525 anos, com fama de santidade, não só pelo amor a Jesus Cristo e à Igreja, mas ainda pela sua disponibilidade para atender e ajudar os mais desfavorecidos. 
João Gaspar, garantidamente o mais prolífero estudioso e divulgador da nossa padroeira, da Diocese e cidade de Aveiro, não se cansa de redescobrir motivos para alimentar a nossa admiração e devoção pela Princesa Joana, já beata mas com processo reaberto para ser reconhecida pelo direito eclesiástico como digna de culto universal. 

Santa Joana faleceu neste dia

12-5-1490 



«Cerca das duas horas da madrugada, faleceu no Mosteiro de Jesus a «excelente Infanta e singular Princesa» Santa Joana, cuja morte causou a maior consternação. A notícia propagou-se tão rapidamente que, momentos depois, a igreja de Jesus estava apinhada de fiéis (Memorial, pg. 168) – A.»

"Calendário Histórico de Aveiro" 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Hoje, 12 de maio, dia do falecimento da Princesa Joana, em 1490, é feriado municipal. Este ano, como nos demais, esta efeméride é dignamente celebrada, quer sob o ponto de vista cívico quer religioso. Todos os aveirenses, de Aveiro e Diocese, veneram a beata Joana que escolheu esta «pequena Lisboa» para viver a sua fé, olhando para os mais desfavorecidos. 
Ontem, foi apresentado mais um livro de Mons. João Gaspar, a que me hei de referir ainda hoje, sobre a Princesa Joana, que será, ainda, um excelente contributo para o processo de canonização da nossa padroeira, retomado recentemente, por iniciativa de D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro.

domingo, 10 de maio de 2015

Arada passa a Aradas

10 de maio de 1973



«Foi publicado na folha oficial o decreto n.º 215/73, de 10 de Maio de 1973, promulgado em 26 de Abril passado, que fixou o nome de Aradas – e não de Arada, como também antes aparecia – para o lugar e freguesia no concelho de Aveiro (Diário do Governo, I Série, n.º 110, 10-5-1973) – J.»

"Calendário Histórico de Aveiro" 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Delmar Conde na Rádio Voz da Ria



Delmar Conde, conhecido velejador e construtor de barcos de recreio, com provas dadas há muito tempo, esteve na Rádio Voz da Ria, num programa dedicado à CPA —  Comunidade Portuária de Aveiro, 
Delmar Conde tem um estaleiro na Gafanha da Encarnação, onde se dedica à reparação de barcos que, em tempos, construiu. Nesta entrevista à Voz da Ria, Delmar Conde fala da sua paixão pela vela,  paixão que já transmitiu aos filhos.

Ler mais e ouvir aqui 

Fonte: CPA

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