quarta-feira, 2 de abril de 2014

ÁGUAS MIL EM ABRIL

"EM ABRIL, ÁGUAS MIL"

Nota: Os provérbios têm muito ou tudo da experiência ou sabedoria popular. E este ano, para já, temos a chuva, tal como este provérbio diz. Vamos esperar que tudo mude para melhor, mas por enquanto temos a chuvinha, com regularidade, para manter as albufeiras cheias, com água para uns anos. Depois se verá o que virá...

A VAIDADE

"O homem prefere ser exaltado por aquilo que não é, a ser tido em menor conta por aquilo que é. É a vaidade em ação."

Fernando Pessoa (1888-1935)





- Posted using BlogPress from my iPad

terça-feira, 1 de abril de 2014

A vida é curta

«Os homens dizem que a vida é curta, 
e eu vejo que eles se esforçam para a tornar assim»

Jean Jacques Rousseau (1712-1778),
 filósofo e escritor francês

O SONHO

Crónica  de Maria Donzília Almeida



I have a dream” frase lapidar, atribuída a Martin Luther King, foi proferida no dia 28 de Agosto de 1963, na áurea década de 60 em que eu estava no dealbar da minha juventude. Iniciava o discurso que haveria de marcar a história americana, quando não a história universal, no qual falava da necessidade de união e coexistência pacífica entre negros e brancos nos EUA.
Tendo como palco os degraus do Lincoln Memorial em Washington D.C. integrando a Marcha de Washington pelo emprego e pela liberdade, foi um momento decisivo na história do Movimento Americano pelos Direitos Civis.
O orador teve um desfecho trágico, mas o poder do seu sonho galvanizou uma plateia de mais de duzentas mil pessoas que apoiava a causa.
Sendo um dos motores da atividade humana, tal como Gedeão disse, “O sonho comanda a vida!”


Toda a gente acalenta sonhos e vai lutando para a realização dos mesmos. É bom sonhar, pois dizem alguns entendidos que o homem só envelhece quando os sonhos dão lugar aos lamentos.
Faz parte intrínseca da condição humana, sonhar... e é muito salutar.
Neste contexto do sonho, também eu alimentei, ao longo dos tempos, um pequeno... grande sonho, dependendo da perspetiva.
Segundo Fernando Pessoa “O Homem é do tamanho do seu sonho!” logo perante a lógica pessoana, está aí justificada a minha pequena estatura.
Possuir um esquilo como animal de estimação foi crescendo como intenção, acabando por se tornar um sonho, avolumando-se, com o passar do tempo. Parece que os meus gostos/sonhos se materializam em criaturas de reduzidas dimensões, tal como na súbita aparição do patinho real, há duas semanas.
Nos Estados Unidos, um país pioneiro em muita coisa, o squirrel (cuja sonoridade é muito semelhante à nossa palavra esquilo) já é considerado animal de estimação. Com temperamento social e pacífico, limpo e sem produzir mau cheiro, seria uma ótima ideia para embelezar o meu bosque.
Dado o meu gosto por esta espécie de roedor, fiquei a saber que os seus dentes incisivos precisam ser desgastados, pois crescem continuamente. Galhos ou cascas de árvores ajudam no controle, distraem o animal e são abundantes no bosque.
Muito vivaz, o esquilo não pára quieto. Gosta de fazer ninhos com qualquer material que encontra pela frente, diverte-se com brinquedos e sobe e desce rampas, quando ao seu alcance, no seu habitat. De dia ou à noite, tem como hábito alternar períodos de vigília com descanso. A expectativa de vida do bichinho é de apenas três anos, com possibilidade de atingir, no máximo, quatro anos, o que muito me entristece.
Por esse mundo fora, deliciei-me a observar espécies de esquilos, nos parques londrinos, a fazerem as delícias dos transeuntes. Apreciadores de sementes, era vê-los de pé, nas patinhas posteriores, a descascar com perícia os amendoins que lhes atiravam e que eles devoravam num ápice.
Na Índia, proliferam nos parques naturais e correm à nossa frente, esgueirando-se por entre arbustos e plantas como se fizessem fintas aos turistas. Com uma cauda farfalhuda para um corpinho minúsculo são uma prenda com que a natureza nos afaga.
Conhecendo a divina Providência estes meus gostos e agora que os dias estão a crescer e a hora mudou, contemplou-me com a dádiva de um casalinho de esquilos castanhos de cauda listrada... que irão fazer as delícias do meu olhar... e de tantas criancinhas!
 Já noutros tempos, estacionavam os seus velocípedes para a contemplação das cabrinhas anãs, especialmente na altura em que as crias de palmo e meio começavam a cabriolar, graciosamente, pelo bosque.


01.04.2014

segunda-feira, 31 de março de 2014

Grandes Aveirenses


Aveiro, Canal Central (Foto FM)


Inspirado pelo programa televisivo dos “Grandes Portugueses”, o Correio do Vouga pediu a 10 figuras de relevo da atualidade que escolhessem cinco grandes aveirenses. Como critérios, o nosso jornal sugeriu que considerassem aveirenses, além dos naturais de Aveiro (mesmo que não tivessem desenvolvido a sua ação na cidade), os que nasceram noutro local, mas que viveram na cidade da Ria a parte mais significativa das suas vidas, ou seja, os que Aveiro fez seus. Aqui ficam os eleitos. Na próxima semana, o Correio do Vouga apresentará dados biográficos de algumas personalidades que neste número são apenas nomeadas.

Fernando Martins

Anterior diretor do Correio do Vouga, escolheu: D. João Evangelista de Lima Vidal; José Estêvão; Homem Cristo; Jaime de Magalhães Lima e Antónia Rodrigues

D. João Evangelista de Lima Vidal. Primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro, depois de muitos anos ao serviço da Igreja e do País. Foi, para mim e para muitos, de uma importância crucial na restauração da Igreja Aveirense. Como Bispo da Diocese de Aveiro, soube abrir caminhos para uma sociedade mais cristã e, por isso mesmo, mais fraterna. Mostrando grande amor à Igreja e aos aveirenses, soube intervir na sociedade, com oportunidade e poesia, falando e escrevendo com rara sensibilidade sobre as nossas gentes e coisas.

José Estêvão. Grande orador parlamentar, foi, sem dúvida, pela sua intervenção cívica e política, um arauto dos interesses de Aveiro e sua região. Pelo dinamismo que sempre pôs em tudo o que fez, pela visão com que levou o Estado a abrir caminhos de progresso entre nós, pelo exemplo de envolvimento na coisa pública, ainda hoje a sua coragem e a sua acção são recordadas em Aveiro.

Homem Cristo. Jornalista e pedagogo, político e cidadão, representou, pela sua tenacidade e espírito aguerrido, coragem e exemplo, todo o Povo de Aveiro. Lutando incansavelmente pela liberdade, pela justiça, pela educação e pela verdade, deixou-nos um ótimo testemunho de vida. Defensor de causas, batia-se com coragem em sua defesa, quando sentia que eram importantes para as pessoas e instituições, mesmo que diretamente não lhe dissessem respeito.

Jaime de Magalhães Lima. Escritor e pensador, político e conferencista, agricultor e ecologista, contemplativo e homem bom, foi e é, tanto quanto posso perceber, uma das figuras mais veneráveis de Aveiro. Amante da natureza, crente fervoroso e cultor do espírito franciscano, foi amigo e confidente de figuras gradas do seu tempo. Homem de cultura universal, multifacetado na vida e na arte de escrever, defendeu as suas ideias em inúmeros livros, revistas, jornais e conferências.

Antónia Rodrigues. Heroína de Mazagão, foi uma mulher aventureira, encarnando, de maneira original, o espírito determinado da alma aveirense. Disfarçando-se de grumete, combateu com tal tenacidade, em Mazagão, ao ponto de ser considerada(o) o “terror dos mouros”. A sua coragem foi reconhecida por Filipe II e o seu exemplo foi cantado por escritores e artistas.

Ver outras propostas:  CV - Fevereiro 1, 2007 

Ações dos homens

«Sempre considerei as ações dos homens 
como as melhores intérpretes dos seus pensamentos»

 John Lock (1632-1704), 
filósofo inglês

domingo, 30 de março de 2014

Cuidar da Mãe Terra e amar todos os seres

Um texto de Leonardo Boff


«O amor é a força maior existente no universo, nos seres vivos e nos humanos. Porque o amor é uma força de atração, de união e de transformação. Já o antigo mito grego o formulava com elegância: “Eros, o deus do amor, ergueu-se para criar a Terra. Antes, tudo era silêncio, desprovido e imóvel. Agora tudo é vida, alegria, movimento”. O amor é a expressão mais alta da vida que sempre irradia e pede cuidado, porque sem cuidado ela definha, adoece e morre.»

Ler mais aqui 

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue

Arquivo do blogue