terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Dia Mundial da Religião: 21 de Janeiro



Este dia aponta, no calendário, a data da partida do meu progenitor, deste mundo, para o Além.
A lembrança do dia 20 de Janeiro de 2013, bem vincada, na minha memória, ainda mais se agudiza, no concernente ao tema de hoje.
A religião que professamos tem muito a ver com os nossos antepassados, o legado que nos deixaram e com o local geográfico onde nascemos.
Se porventura tivesse nascido num país árabe, certamente seria muçulmana e, a esta hora, usaria a burka. Se o local de nascimento tivesse sido a Índia, professaria a religião hindu e andaria vestida com um sári. Se tivesse nascido no Tibete, provavelmente seria budista!
 Mas quis a Fortuna que tivesse vindo à luz do dia, nesta terra bendita de cultura cristã.
Desde tenra idade, fui imbuída dos valores e princípios cristãos, tendo recebido todos os sacramentos que me tornaram um membro legítimo da comunidade que é a Igreja Católica.


Foi também, de muito pequenina que pude observar com curiosidade infantil, um livro pousado na mesa de cabeceira do pai, cuja imagem de capa muito me impressionou: – A tua Religião na tua Vida. Através de um bosque de árvores altas, penetrava um feixe de luz que irradiava em todos os sentidos. Habituados que estamos a ouvir que “uma imagem vale por mil palavras”, esta imagem ficou gravada no fundo no meu ser. Despertava-me para algo de metafísico que, numa tão tenra idade, ainda não sabia interpretar.
Quando me competia, a mim, a colaboração nas tarefas domésticas da arrumação e limpeza da casa e passava pelo quarto, lá, abria furtivamente o livro, ia lendo excertos do mesmo e interiorizando as mensagens subliminares.
A minha personalidade foi-se construindo, em alicerces duma formação religiosa e espiritual, que ainda hoje enformam a minha postura na vida.
Aos meus progenitores devo aquilo que sou hoje e até ao momento, não me tenho dado mal com a herança genética que me transmitiram.
A religiosidade aliada à espiritualidade dá ao homem a dimensão transcendente da vida. Esta não se confina à pura materialidade da existência mundana.

Mª Donzília Almeida
18.01.2014


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Reconhecimento mútuo do Batismo

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO de ontem


Depois da tempestade...



À memória de meu Pai

Depois da tempestade tu partiste,
Qu’ o ciclon’ acalmasse esperaste.
A d’rmir serenamente tu ficaste...
O frémito telúrico não sentiste!

P’ra o Éden acredito que subiste
Ali, a tua Rosa encontraste.
À Luz dos teus olhos te juntaste
Nesta trindade a tua paz consiste!

Que a tua peregrinação sofrida
As marcas que na terra tu deixaste
Nos alcancem a Terra Prometida!

Veredas e caminhos que trilhaste
Foram a nossa bússola na vida,
Que tão sabiamente orientaste!

Mª Donzília Almeida

20.01.2014

domingo, 19 de janeiro de 2014

Ainda o falecimento do Padre Miguel Lencastre

Missa do 7.º dia, 
amanhã, segunda-feira, 
na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, 
pelas 19 horas


Padre Miguel (foto do meu arquivo)

O Padre Miguel partiu para o seio do Pai

Embora esperada há tempos, a notícia do falecimento do Padre Miguel Lencastre, no dia 13, no Recife, Brasil, encheu de tristeza os seus amigos, tanto na Gafanha da Nazaré como em diversas regiões de Portugal e daquele país irmão, mas não só.
O Padre Miguel Lencastre era, por natureza, uma pessoa disponível para todos, independentemente das cores políticas, sociais e religiosas de cada um. Bom conversador e bom amigo, tinha no seu espírito o sentido da aliança com Jesus Cristo, Nossa Senhora e seu Santuário, mas também com as famílias e entre as pessoas. 
Veio para a Gafanha da Nazaré como coadjutor do Padre Domingos Rebelo em 1970, e em abril de 1973 assumiu a paroquialidade da nossa terra até outubro de 1982, ao mesmo tempo que se empenhou no desenvolvimento do Movimento de Schoenstatt no nosso país e em particular entre nós. 
Sacerdote de diálogo e de consensos, imprimiu com o seu entusiasmo a renovação das estruturas paroquiais, procurando com afinco contribuir para a aproximação dos paroquianos, com uma minifeira popular e a criação de comissões de lugares destinadas a promover o envolvimento dos paroquianos nos serviços comunitários.
O Padre Miguel implementou a construção das igrejas da Cale da Vila, Chave e Praia da Barra, enquanto reorganizou o CNE — Corpo Nacional de Escutas, levando à criação do Agrupamento 588, que escolhe para patrono D. José de Lencastre, seu pai e primeiro Chefe Nacional do Escutismo Católico.
Em 1975 pôs em funcionamento o Stella Maris, clube do Apostolado do Mar, para apoio espiritual, religioso e social aos homens do mar e suas famílias, organizando ainda a primeira procissão pela ria em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, inédita na região.
Foi um prior próximo e dialogante, sempre ansioso por levar à prática iniciativas de desenvolvimento comunitário e humano, abertas a todas as idades, dando prioridade aos mais fragilizados. Teve uma relação cativante com a juventude e com os idosos, que visitava frequentemente. 
Outra faceta em que se distinguiu foi na convivência com pessoas pouco ou nada ligadas à Igreja, conseguindo delas colaborações que à comunidade diziam respeito, mostrando à evidência quanto foi importante para si o ser humano enquanto tal.

Fernando Martins 

Nota: Texto publicado no Timoneiro de janeiro.



O Obituário do EXPRESSO noticia 
o falecimento do Padre Miguel


A urgência do diálogo ecuménico

Crónica dominical 
de Bento Domingues 
só amanhã no meu blogue

Consciência ecuménica, consciência baptismal
Frei Bento Domingues

Algumas frases: 

«A urgência do diálogo ecuménico nasceu, nos finais do séc. XIX, nas chamadas terras de missão, para vencer o contratestemunho das igrejas cristãs divididas que se hostilizavam no anúncio do Evangelho da paz. As vicissitudes do movimento ecuménico já foram historiadas.»

«O Movimento Ecuménico português já apresentou serviço: representantes das Igrejas Católica, Lusitana, Presbiteriana, Metodista e Ortodoxa, em Portugal, irão assinar, no próximo dia 25, em Lisboa, uma declaração de reconhecimento mútuo do baptismo. Ainda bem.»

«Em certas zonas do mundo, o cenário é devastador: matam-se os cristãos sem perguntar pela identidade eclesial. O cristianismo está a ser completamente eliminado. É urgente um ecumenismo global de socorro.»

«O Papa mandou uma carta aos futuros cardeais: “O cardinalato não significa uma promoção nem uma honra nem uma condecoração, é simplesmente um serviço que exige ampliar o olhar e alargar o coração”.»

sábado, 18 de janeiro de 2014

A "Ílhava já está no Museu de Ílhavo

A "Ílhava"


Quando se juntam forças a remar para o mesmo lado, quiçá contra ventos e marés, é certo e sabido que se concretizam sonhos. Quem um dia sonhou com a "Ílhava" no MMI e viu realizado esse sonho pode dar-se por muito feliz. Foi o que aconteceu aos Amigos do Museu ilhavense. E ela lá está para gozo de quantos apostam na preservação do nosso património histórico e cultural. Parabéns a todos.

Sobre a "Ílhava", pode visitar estes links para ficar mais elucidado:


Terra da Lâmpada I

Terra da Lâmpada II

Terra da Lâmpada III 

E mais:

Tudo sobre a "Ílhava" aqui


Os Caleiros


O APELIDO CALEIRO, NA GAFANHA
Orquídea Ribau

O apelido “Caleiro” existe espalhado por vários pontos do País,e até, por força da emigração, por diversos pontos do globo. Ao pensarmos na sua génese, somos levados a deduzir que surgiu como alcunha para distinguir alguém que produzia ou vendia cal, e se lhe colou definitivamente, sendo transmitido aos seus descendentes já como apelido legal.
No fechado mundo gafanhão da transição do séc.XVIII para o séc.XIX, José Fernandes Filipe, um dos filhos de Filipe Fernandes, foi contemplado com essa alcunha, que deixou de herança aos seus filhos e netos de forma oficial.
Por ter tido oportunidade de analisar com alguma atenção o meio geográfico e ambiental em que estavam inseridos, e as actividades económicas a que se dedicavam os gafanhões dessa época, atrevo-me a colocar a hipótese de não ter sido o facto de vender ou produzir cal que deu tal nome a este indivíduo.
Os canais principais da ria eram — e ainda são — designados por “cale” a que se segue um nome diferenciador, como: “dos Frades”, “do Espinheiro”, “da Vila”. Esta última, por sinal, deu o nome à zona gafanhoa que servia, e que ficou “lugar da Cale da Vila”.
Esses irmãos Fernandes Filipe foram tradicionalmente homens da ria. Um deles foi piloto da barra, creio que desde a sua abertura, e transmitiu essa profissão aos filhos e netos. O nosso José Fernandes Filipe (Caleiro) pode ter-se profissionalizado no transporte fluvial através das cales, e ganho a alcunha de caleiro, que o distinguiria do irmão piloto, e dos outros que exerceriam outras actividades parecidas.
A considerar…

NOTA: Mais uma boa curiosidade da Orquídea Ribau para nos estimular a trabalhar nesta área tão interessante. Seria uma mais-valia se outros a seguissem. Eu prometo divulgar.
Em mãos e à espera de tempo para as reescrever, agora no computador, tenho curiosidades sobre alcunhas e apelidos das nossas gentes. Verão a luz do dia logo que possível.

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