domingo, 17 de novembro de 2013

Costa Nova - Preservar o antigo

Capela de Nossa Senhora da Saúde

Quando passo pela Costa Nova do Prado, gosto de olhar as dunas e tudo o que as envolve. E então aprecio contrastes interessantes. Esta é a velha capelinha dedicada a Nossa Senhora da Saúde. Ao lado dela, há anos, foi construído um novo templo, mais amplo e mais adequado ao aumento demográfico da paróquia, cujo estilo nasceu ao sabor dos paroquianos e seu pároco. Mas os meus olhares dirigem-se sobretudo para a velhinha capela que foi cuidadosamente mantida no seu legítimo lugar, como homenagem decerto aos seus antigos frequentadores, naturais ou veraneantes. Foi uma ideia muito bonita, que contrasta com os projetos dos que apostam, erradamente, na minha ótica, na demolição para no mesmo lugar se erguer outro tempo.

Estaremos no começo de uma revolução na Igreja?

Sondagem ou dinamização da Igreja?

Frei Bento Domingues

1. Segundo o Pew Research Center (PRC), o centro de sondagens mais respeitado, em assuntos religiosos, em cada dez pessoas, oito são religiosas. Mais de 80% da população mundial faz parte de uma religião organizada.
A religião mais numerosa continua a ser o cristianismo. Conta com 32% da população mundial. Segue-se o islão com 23% e o hinduísmo com 15%. Enquanto o cristianismo e o islão estão em vários pontos do mundo, o hinduísmo concentra-se quase exclusivamente na Índia. Metade de todos os cristãos é católica romana, 37% são protestantes e 12% ortodoxos.
Estas realidades estão sempre em recomposição, mas indicam que as religiões não estão para acabar tão cedo. Têm-se revelado até mais resistentes do que as repetidas desqualificações críticas a que têm sido submetidas. Muitas vezes com razão. De reveladoras do sentido da vida, de fontes de renovação da esperança, de resistentes ao niilismo, abrindo horizontes ilimitados tornaram-se, por manipulações várias, instrumentos do medo. Deixaram-se envolver em absurdas guerras e torturas, dando campo livre ao fanatismo em nome de Deus.
De religião para religião, as formas de expressão simbólica e ritual, as normas que as regem, as exigências éticas a que obedecem são muito diversas. As interrogações, as perplexidades e as dúvidas suscitadas pelo mistério de existir nem sempre desaguam nas respostas que as diferentes religiões codificaram. O Espírito de Deus sopra onde, quando e como quer. De qualquer modo, as formas religiosas e as suas instituições são para o ser humano e não o contrário. O teste de autenticidade das celebrações litúrgicas, das vivências espirituais e das experiências místicas, dentro e fora das instituições, prova-se na relação com os excluídos.

Dona Luz Rocha celebra aniversário


Maria da Luz Rocha, mais conhecida por Dona Luz, completa hoje, 17 de novembro, 91 anos de idade. Para todos os que tiveram a grata felicidade de a conhecer e de com ela trabalhar e colaborar, a Dona Luz foi e é um extraordinário exemplo de mulher cristã, sempre em campo para testemunhar a fé que a animava, de amor aos feridos da vida, independentemente das convicções religiosas, politicas e sociais de cada um. Aberta ao diálogo e à procura de soluções para os problemas que lhe punham, tudo fazia para ajudar quem a ela recorria.
Tive o privilégio de conhecer de perto a Dona Luz e de com ela trabalhar e colaborar em tarefas eclesiais e sociais, tendo sido para mim uma lição de vida alicerçada na Boa Nova anunciada há dois mil anos, como proposta para construirmos um mundo melhor que gerasse fraternidade e paz. Mas a colaboração mais estreita foi na Obra da Providência, instituição que nasceu, de braço dado com Dona Rosa Bela Vieira, para dignificar as mal-amadas, que ao tempo (hás 60 anos) eram marginalizadas pelos namorados e famílias, ficando com filhos nos braços e sem apoio de ninguém.
Ao evocar hoje, neste meu espaço, a Dona Luz, na passagem de mais um aniversário, quero testemunhar publicamente quanto lhe fiquei a dever e quanto aprecio o seu exemplo de dedicação aos mais pobres dos pobres. Muito mais do que as palavras que se ouvem e dizem, em tantas circunstâncias e em tantos meios, os gestos e ações em prol dos ignorados ou conscientemente esquecidos são de longe as grandes lições  que nos marcam para sempre.
Aqui lhe deixo  os meus parabéns.

Fernando Martins

sábado, 16 de novembro de 2013

Cordão dunar reforçado com areia


Praia da Costa Nova

Centenas de camiões vão percorrer a estrada entre o porto de Aveiro e Mira, transportando cerca de 1200 toneladas de areia para reforçar o cordão dunar a sul da Costa Nova, anunciou a Câmara de Ílhavo.
A obra, que se inicia na próxima semana, no âmbito do Programa Polis Ria de Aveiro, é considerada pela CMI "de elevada importância para a segurança de pessoas e bens".

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O ENIGMA DA PERGUNTA E A RELIGIÃO


Anselmo Borges



O ser humano é constitutivamente o ser da pergunta, não podendo deixar de perguntar. Mas o próprio perguntar é enigmático. Se perguntamos, é porque não sabemos, mas sobre aquilo de que nada sabemos não perguntamos. Então, o que é que sabemos quando perguntamos? Sabemos sempre de modo imediato e atemático sobre o ser. É sempre no ser que estamos, numa experiência originária.

Mas essa experiência é a do ser na sua ambiguidade, causando-nos, por isso, espanto positivo e negativo e levando-nos à pergunta: o que é? Outra experiência fundamental, explicitando esta, tem que ver com o aparente e o real. Há sempre aquele encontro com o que nos parecia real e era apenas aparente: alguém, por exemplo, parecia cheio de saúde e, afinal, estava doente. Daqui, a pergunta: o que é verdadeiramente? Qual é a realidade última? Como escreve o filósofo Carlos João Correia, a religião é, numa primeira abordagem essencial, "um fenómeno cultural, de natureza pessoal e social, que engloba um conjunto de crenças, acções e emoções organizadas em torno da ideia do que se poderia designar, em termos filosóficos, "como uma realidade última e fundamental"".

Sementes de um mundo novo


PELA PERSEVERANÇA, ALCANÇAREIS A VIDA PLENA

Georgino Rocha

Jesus e os discípulos estão nas imediações do templo de Jerusalém, termo da sua caminhada missionária iniciada na Galileia, Conversam sobre a majestade, a beleza e a consistência do que vêm. Estão maravilhados e cheios de confiança. Contemplam a afluência de pessoas devotas que vão lançar as suas ofertas nas caixas do tesouro. Sentem um orgulho compreensível pela história e funcionalidade do centro de peregrinação “nacional” aonde todos acorrem.

Jesus, bom observador e insigne pedagogo, aproveita este cenário para fazer um dos seus ensinamentos mais expressivos sobre o valor do tempo presente numa perspectiva do futuro definitivo, sobre a atitude fundamental a cultivar na esperança activa e perseverante, sobre os comportamentos corajosos, alicerçados não na fragilidade humana, mas na convicção consistente de que o Espírito de Jesus estará presente e actuante.

Entardecer no cais


Foto da autoria de Carlos Alberto Reis Santos, do Furadouro

Trabalho participante no Concurso de Fotografia “Porto de Encontro”, promovido, em 2007, pelo Porto de Aveiro, no âmbito das comemorações do Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro.