Por Rui Jorge Martins
A maestrina Joana Carneiro considera que dirigir orquestras «é uma forma de oração» e de «sair de um plano terreno e chegar a qualquer coisa de inexplicável».
«Foi-me dado o dom que tenho, Gratuitamente. O dom para a música, para a comunicação através do meu corpo. É uma história bíblica, a parábola dos talentos. O que é que fazemos com o que nos é dado? Escondemos na terra ou investimos para que os três talentos que nos dão se transformem em dez?», questiona em entrevista publicada este domingo no “Público”
A narrativa bíblica traduz o fundo religioso de Joana Carneiro: «Sendo uma pessoa espiritual e católica tenho enraizada em mim essa inspiração». E acrescenta: «Tem um fundo espiritual, a música, em mim. O serviço [a que me sinto obrigada] é perante esse mistério do que me foi dado».
Joana Carneiro recordou a visita do papa Bento XVI a Portugal, em maio de 2010: «Tive um pequeno momento com o Santo Padre, e com o Manoel de Oliveira, oferecemos-lhe uma escultura».
Em fevereiro de 2011 dirigiu o concerto que assinalou os 75 anos do cardeal-patriarca, D. José Policarpo, que, diz, a tem acompanhado de «modo generoso e amigo».
À cabeça das figuras que inspiraram o trajeto artístico de Joana Carneiro está a família: «Tudo começa com a nossa família. É um dos pilares mais importantes, e sem ele nunca teria seguido esta carreira nem vivido tão livremente quem sou».
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