segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ai, Portugal, que te vais à vela!

Marcelo Rebelo de Sousa acusou no domingo Pedro Passos Coelho de ser um primeiro-ministro "impreparado" e de ter feito um discurso ao país "no mínimo descuidado e no máximo desastroso".

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Esta simples frase diz tudo. Depois das muitas vozes contra os cortes salariais, vindas de todos o quadrantes políticos e sociais, o Prof. Marcelo, antigo líder do PSD e militante assumido, denunciou claramente que Passos Coelho não passa de um primeiro-ministro "impreparado", que fez um discurso "no mínimo descuidado e no máximo desastroso". Portugal está assim entregue a um governo com gente incapaz de nos governar.
O primeiro-ministro só falou para o "mexilhão" e nada disse aos tubarões, aos que continuam a cantar de galo.
Com tantos cortes, toda a gente minimamente inteligente sabe que sem dinheiro não haverá quem possa comprar e, sendo assim, as empresas não terão a quem vender o que produzem. Mais empresas a fechar, mais desemprego, mais miséria, mais desgraças neste país governado há bons anos por aprendizes de políticos que não sabem o que é a vida nem conhecem o Portugal real de pessoas eternamente sacrificadas. No meio disto tudo, governam-se os oportunistas, os tachistas, os gestores de sinecuras e outros que tais.
Bem dizia um "doido manso" numa missa de D. João Evangelista: "Ai, Portugal, que te vais à vela." Irá? Só se os portugueses quiserem.

Fernando Martins


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Crónica de Bento Domingues

Li no PÚBLICO de ontem




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sábado, 8 de setembro de 2012

Uma Igreja outra é possível



Por Anselmo Borges, no DN 

Cardeal Martini


No dia 8 de Agosto, em jeito de testamento espiritual, deu a sua última entrevista, no Il Corriere della Sera, afirmando que a Igreja precisa de "uma mudança radical. A começar pelo Papa e pelos bispos". Preocupava-o uma Igreja 200 anos atrasada, sem vocações, agarrada ao bem-estar: "os nossos rituais e vestimentas são pomposos." "Na Europa do bem-estar e na América, a Igreja está cansada." Três instrumentos para sair deste esgotamento: "O primeiro é a conversão. Deve reconhecer os próprios erros. Os escândalos de pedofilia obrigam-nos a empreender um caminho de conversão. As perguntas sobre a sexualidade e sobre todos os assuntos que dizem respeito ao corpo são um exemplo. Devemos perguntar-nos se as pessoas ainda escutam os conselhos da Igreja em matéria sexual. A Igreja é ainda uma autoridade de referência ou apenas uma caricatura nos media?" O segundo conselho e o terceiro têm a ver com a recuperação da palavra de Deus e dos sacramentos como ajuda e não como castigo. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

"A fome não é um dever constitucional", diz Adriano Moreira


Adriano Moreira, figura incontornável da cultura portuguesa, com o seus 90 anos de idade a causarem inveja a gerações mais novas, continua opinar com sabedoria e sagacidade sobre Portugal, os portugueses e a comunidade internacional. Desta vez, na RTP, sublinhou, com oportunidade, que "A fome não é um dever constitucional". Todos sabemos disso, mas fingimos ignorar a evidência.


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Leigos, uma novidade conciliar?

Por António Marcelino

O decreto abre a dizer que, “para tornar mais intensa a atividade apostólica do povo de Deus, o Concílio deve voltar a sua atenção para os cristãos leigos, absolutamente necessários à ação da Igreja… O apostolado dos leigos é consequência da própria vocação cristã e, por isso, nunca poderá faltar à Igreja”. Numa Igreja, durante séculos clerical, estas palavras marcam um rumo novo. Pela necessidade se chegou ao reconhecimento da dignidade. Já antes esta fora afirmada na Constituição da Igreja, uma porta aberta para novas perspetivas eclesiais e apostólicas e para se olhar o mundo com outro apreço e esperança.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Freitas do Amaral defende tributação pesada para quem ganha mais



Em nome da “justiça fiscal”, Freitas do Amaral sugere uma “tributação especialmente pesada” para quem ganha mais de dez mil euros por mês. “Todos têm de contribuir para pagar a crise, não podem ser só as pessoas da classe média”, considera o antigo governante.

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A porta estreita que devia ser larga

Igreja fechada


Dói ver como se põem de lado leigos que apresentam novas iniciativas apostólicas, dão sugestões em grupos e em conselhos de que são membros, mostram a sua discordância ante decisões que saem apenas de uma cabeça…
Outros são marginalizados também porque optam por trabalhar em organizações profissionais ou até partidos políticos em vez de movimentos de Igreja…
Dói, por se teimar, fora do tempo e ao arrepio do mesmo, em conservar uma Igreja fechada e sem futuro. Uma Igreja clerical. Quanto falta ainda para que o Vaticano II esteja cumprido de modo a ser, com uma Igreja renovada, sinal de esperança e de tempos novos?!

António Marcelino, no CV