sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Presidente da República fala aos portugueses



Da Mensagem às Forças Armadas

«As Forças Armadas saberão encontrar os caminhos que lhes permitam superar as dificuldades, explorando as margens ainda existentes para uma maior racionalização e integração de serviços, a fim de que possam manter a capacidade de resposta militar que os Portugueses esperam e a sua missão exige.
Por isso, o contributo que lhes é pedido deverá, sem situações de privilégio, ser justo e equilibrado, envolvendo decisões bem estudadas e ponderadas que, no respeito pela especificidade que lhes é própria, as não descaracterize, e contribuam para uma desejável estabilidade, indispensável ao seu bom desempenho e normal funcionamento.
Militares,
É obrigação do Estado apoiar e dedicar uma atenção permanente às suas Forças Armadas, assegurando as condições que viabilizem a realização das suas actividades essenciais, ainda que num quadro de grande rigor e contenção orçamental.»

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Da Mensagem às Comunidades Portuguesas

«As Comunidades da Diáspora são núcleos de cidadãos do Mundo, mas também embaixadas de Portugal que, pelo valor do trabalho e pelo espírito empreendedor dos seus membros, enobrecem o nome do País e dão um contributo fundamental para o seu prestígio no estrangeiro.
Portugal atravessa hoje uma situação difícil. Todos não somos demais para ajudar a nossa terra, a terra das nossas raízes.
Mas há razões de esperança. Uma delas é, justamente, a vitalidade das Comunidades Portuguesas.
A Nação portuguesa tem mais de um terço dos seus membros no exterior. Portugal está no Mundo inteiro.
Isto constitui um capital que temos de saber aproveitar, na convicção de que o País pode contar com o apoio de todos os seus filhos para superar os desafios que enfrenta.
Apelo, assim, aos Portugueses da Diáspora, que em outras ocasiões da História nunca faltaram com o seu auxílio, a que apoiem o nosso País.
Acreditem que esta Pátria, que é de todos, constitui um destino com grandes potencialidades, para onde podem canalizar o vosso investimento, o vosso talento, o vosso espírito empreendedor.
Aquele que emigrou era, por natureza, um inconformista. Aspirava a mudar de vida, não se resignou.»

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Rua Eça de Queirós

Rua Eça de Queirós


Eça de Queirós: 
Filho de Aveiro 
e quase peixe da ria

A Rua Eça de Queirós estende-se da Rua Comendador Egas Salgueiro até à Rua de Diu, no antigo lugar da Chave. Embora todas as ruas sejam dignas, esta, por não dar tanto nas vistas, não será compatível com a grandeza do escritor Eça de Queirós, com a qual foi homenageado. Desproporções como esta acontecem frequentemente na Gafanha da Nazaré, sem qualquer menosprezo para com quem levou a cabo a tarefa de batizar as nossas ruas, pois tal é trabalho sempre difícil.
Eça de Queirós, um dos mais notáveis escritores de língua portuguesa, faleceu em 1900, com 55 anos, mas os seus livros ainda hoje povoam o imaginário de muitos dos seus inúmeros leitores. Leitura obrigatória de bastantes gerações de estudantes, a sua obra continua a merecer releituras por quantos apreciam boa prosa e o retrato da época em que viveu o escritor, bem patente em “Os Maias”, “A Cidade e as Serras”, “A Relíquia”, “O Primo Basílio”, “O Crime do Padre Amaro”, “A ilustre Casa de Ramires” e a “Correspondência de Fradique Mendes”, entre muitos outros escritos.
Para além da importância dos seus livros, Eça de Queirós ainda passou pela Gafanha, quando, de Verdemilho, onde viveu alguns anos da sua vida, em casa do avô paterno, se deslocava para a Costa Nova. Mais tarde, já escritor, por aquela praia estanciou, no Palheiro de José Estêvão, já que era amigo de Luís de Magalhães, filho do grande tribuno aveirense.
Em carta a Oliveira Martins, diz Eça, em 1884:
«… Filho de Aveiro, educado na Costa Nova, quase peixe da ria, eu não preciso que mandem ao meu encontro caleches e barcaças. Eu sei ir por meu próprio pé ao velho e conhecido “palheiro de José Estêvão”.»
Na mesma data e ao mesmo escritor, acrescenta: «Apesar de ter retardado ontem o meu jantar até às nove da noite, não pude desbastar a minha montanha de prosa. Levar as provas para os areais da Costa Nova, não é prático — ó homem prático! Há lá decerto a brisa, a vaga, a duna, o infinito e a sardinha — coisas essenciais para a inspiração — mas falta-me essa outra condição suprema: um quarto isolado com uma mesa de pinho.»

Fernando Martins

Ares do Rio Revobue - Moçambique






NOTA: Imagens do Rio Revobue, entre Tete e Moatize, Moçambique, enviadas por Jorge Ribau, com a informação de que por ali há crocodilos. Cuidado, Jorge! Não vale a pena sonhar  que estás na Ria de Aveiro!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Violência juvenil

Os mais velhos, como eu, sabem que violência sempre houve entre crianças,  adolescentes e  jovens. Há quem pense que tal só acontece agora, mas não é verdade. Quando eu era menino, assisti a alguma violência, só que não havia telemóveis nem câmaras digitais para gravar. Muito menos havia a possibilidade de publicar o que quer que fosse. 
Quando jovem, presenciei uma cena horrível. Um pobre de pedir, daqueles que andavam de porta em porta, descansava num passeio, comendo um bocado de boroa que alguém lhe havia dado. De repente, e sem qualquer explicação,   os alunos que tinham saído de uma escola iniciaram uma estúpida sessão de pedrada contra o pobre velho. Ainda perguntei porquê e para quê, mas ninguém me ouvia. Protestei e recebi ameaças. Teimei, mas ele continuaram. Uns adultos que passavam resolveram intervir para pôr termo àquele apedrejamento sem qualquer sentido. 
Quando o Padre Américo pregou que não havia rapazes maus, alguém comentou essa proposição, sublinhando que, no fundo, todos possuímos o genes da violência, que somente a educação poderá atenuar.   Concordo com isto, obviamente. Não há gente com aspeto de boa que, inesperadamente, provoca, agride e mata por  ódios escondidos?

Túmulo nos Jerónimos não conterá as ossadas de Camões



«O túmulo referente a Luís de Camões existente no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, tem grande probabilidade de não conter os restos mortais do poeta, afirmou um especialista em estudos camonianos.»


Ler no DN

AVEIRO: Casa Sacerdotal


Casa Sacerdotal (foto Ana Paula Sarabando)



«Sei que este projecto, que é de todos e para todos, se fez caminho de comunhão e de unidade no Presbitério e na Diocese. Assim, depressa esta iniciativa se tornou um belo sinal de amor de Deus pelo seu povo e uma serena certeza de bênção para os sacerdotes. 
Esta é agora a hora de começar. O projecto está elaborado e aprovado, nas suas mais diversas vertentes, cumprindo as exigências legais, acolhendo as normas das várias instâncias e obedecendo a todos os requisitos, inclusivamente para que no futuro se possa diligenciar no sentido de celebração de acordos sociais de cooperação. Construído em propriedade do Seminário de Santa Joana Princesa, será o Seminário o Dono de Obra e ao Seminário pertencerá o novo edifício construído, assim como a sua direcção e orientação no futuro.» 

António Francisco dos Santos,
Bispo de Aveiro


Ler Nota Pastoral aqui

Aveiro na História



«Oxalá que estas despretensiosas páginas, agora [maio de 1997] revistas, corrigidas e ampliadas, sirvam para ajudar os homens e as mulheres de Aveiro a serem mais aveirenses, no carinho pela sua terra, no amor pela sua tradição, no respeito pelos seus antepassados, no interesse pelo seu progresso, no rumo pela sua liberdade. Estou convencido de que, para não se perder a identidade própria, não é possível construir-se o futuro sem se ir às raízes do passado.» 

João Gonçalves Gaspar, 
em “Explicação”, a abrir o seu trabalho

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