terça-feira, 26 de abril de 2011

Música no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

Escola de Música Gafanhense

A Escola de Música Gafanhense vai celebrar o seu 29.º aniversário, com a realização de um concerto, a terá lugar no dia 30 de abril, pelas 21 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré. O concerto terá a participação da Orquestra Juvenil da EMG e da Orquestra de Cordas do Conservatório de Música de Aveiro, Calouste Gulbenkian.

***

Filarmónica Gafanhense

A Filarmónica Gafanhense vai realizar, no próximo dia 8 de maio, pelas 16 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, um concerto integrado nas comemorações do Dia da Mãe, o que muito agradará, por certo, tanto a mães como a filhos. Actuará a Filarmónica com o seu Grupo Coral.

AVEIRO — Exposição: Cristianismo na cultura



«Sabia que Gaudí, nos seus projetos de arquitetura, inspirava-se na natureza, que para ele era uma prova eminente da presença de Deus? 

Sabia que o embaixador português Aristides Sousa Mendes, contrariando Salazar, salvou milhares de vidas do massacre nazi pois para ele o prioritário era servir a Deus e não aos homens? 

Sabia que Martin Scorsese evidenciou no filme “A última tentação de Cristo” o sentido do sofrimento e da redenção, temas centrais do catolicismo? 

Sabia que Marconi estava convencido que através das suas invenções conseguiria ouvir as “vozes do além”, perdidas no tempo mas nele mantidas, e entre as quais estavam as de Cristo com as palavras proferidas na cruz?» 

O Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro apresenta até outubro a exposição “Cristianismo na Cultura”, com painéis sobre a influência exercida por cristãos em domínios como a arquitetura, artes plásticas, ciências sociais e humanas, cinema, educação, física, psicologia e química. 

A mostra, com entrada livre, pode ser vista de terça-feira a sábado, das 10h00 às 12h00 e das 15h00 às 17h30, no Seminário Diocesano de Aveiro. 

Fonte: SNPC

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Recordando uma data: 25 de Abril de 1974

Salgueiro Maia no 25 de abril


Novas mentalidades valorizaram 
o espírito democrático


Fernando Martins 

Em 25 de Abril de 1974 alguns militares politicamente mais esclarecidos, os «Capitães de abril» como ficaram na história, descontentes com a guerra colonial e com algumas leis que afetavam os oficiais de carreira, conspiraram e levaram a cabo uma revolta com o objetivo de instaurar um regime democrático em Portugal. 
Vivíamos numa ditadura corporativa, voltados para África, na senda de um regime que se proclamava de «orgulhosamente sós», na defesa de um país que se afirmava multirracional, multicontinental, uno e independente. 
O analfabetismo era muito. O atraso em relação à Europa era enorme. A guerra colonial, com tudo o que ela teve de mau, gerou descontentamento geral entre o povo, sempre o mais sofredor. A incapacidade de os nossos governantes se adaptarem às correntes do pensamento então dominantes, era notória. A aceitação da autodeterminação das nações africanas era impensável. Tudo isso levou ao Golpe de Estado, seguido de uma Revolução. 
Os militares, que, eventualmente, apenas estariam interessados em acabar com a guerra e estabelecer a democracia entre nós, viram-se ultrapassados com o regresso de exilados políticos, nomeadamente, Mário Soares e Álvaro Cunhal, e com as festas do 1.º de Maio, pela primeira vez celebrado em liberdade em Portugal, com a expressão que lhe era devida. 
Partidos políticos assumem a liderança do processo, de mãos dadas com os militares ou contra eles, e Portugal foi bandeira de uma revolução sem muito sangue.

ELEIÇÕES: O cumprimento de uma verdadeira exigência


Voto de cada português «pode fazer a diferença»

«O envolvimento dos portugueses nos destinos do país «é um dever» e cada voto «pode fazer a diferença», considera o Grupo de Reflexão Sociedade e Política do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica.
«Mais do que o voto, a participação ativa no processo eleitoral que se aproxima torna-se uma contribuição necessária e inestimável para o País», sublinha o primeiro documento daquela equipa publicado hoje, dia em que passam 37 anos sobre o 25 de abril de 1974, data que marcou a transição de Portugal para o regime democrático.
A intervenção no processo eleitoral e a participação nas eleições legislativas de 5 de junho supera «a escolha de um projeto de governação», tornando-se «o cumprimento de uma verdadeira exigência» em «tempos de mudança», assinala o texto.»

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domingo, 24 de abril de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 234

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 17 




A ALEGRIA DE ANDAR DE BICICLETA 

Caríssima/o:



Hoje é Dia de Alegria! De Aleluia!

Alegremo-nos, pois, e rejubilemos!

“O homem que sobe de bicicleta a montanha é senhor do seu destino. Aquele que a desce confia na sua sorte. No cimo da subida pode esperá-lo a vitória. No fim da descida pode estar a cilada da morte. Sabe-lo bem: ergues-te sobre os pedais, com os joelhos unidos, o dorso erecto, os cotovelos apertados contra o corpo, a cabeça encaixada entre os ombros e deixas-te ir. A cada instante, contudo, dás uma ou duas pedaladas, como dois golpes de esporas, para que a corrida se torne mais veloz. Confias nas duas rodas de alumínio, num frágil e subtilíssimo pneumático cheio de ar, nas duas alavancas de um travão. A tua vida está em equilíbrio sobre quatro pedaços de metal e de borracha, sobre um maquinismo que pula, que estremece, que vacila, que se desequilibra. 

Cinquenta à hora: a brisa bate-te no peito elástico, fria como uma mão que te quisesse segurar e que tu repelisses. Sessenta à hora: os olhos enchem-se -te de lágrimas. Centenas de pequenas lentes, entre as pestanas, as pálpebras e as pupilas, alteram o traçado da estrada, aumentam, reduzem, cortam, reflectem os obstáculos. O vento desvia-te o fio das lágrimas para as faces como duas rédeas de choro. Setenta à hora: já nadas vês. Cerras as pálpebras como uma fenda que o vento quer forçar. Vês a estrada apenas como se fosse uma linha de água. Tiraste os óculos por um simples receio: se ficares cego, cais. Apertas os maxilares antes que os dentes se magoem como se, de um momento para o outro, esperassem uma pancada. Os dedos apalpam o travão, experimentam-no sem o apertarem, para sentirem a sua presença e dizê-lo ao coração; todos os nervos parecem estar ali nus, na ponta dos dedos, acumulando aflições... Voas. Pareces uma andorinha quando te ergues e ondulas e te inclinas nas curvas, balançando-te sobre o precipício com as pequenas asas cortadas dos braços. Numa recta pequena, deixas-te ir; alguns segundos de segurança. No interior da curva, equilibras-te com o pé o ar. Não sabes para aonde vais. Deixas que a descida te leve. 

A tua máquina é de vidro. E também tu és frágil como uma criatura de vidro e de sangue.”

O. Vergani, Os Escritores e os Jovens

Para todos, Santa Páscoa! 

 Manuel

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