Amanhã, sexta-feira, termina a campanha eleitoral para as Presidenciais. O que sinto é que devia ter terminado há muito. Uma semana seria mais do que suficiente, tão sem sentido e sem nexo tem sido o que os nossos candidatos ao mais alto cargo da nação têm apregoado. O mais alto cargo da nação! É verdade, o que ganhar será o que nos vai representar a todos. Confesso que estou desiludido com o lavar de roupa suja que se tem ouvido. Com as denúncias propaladas, com as ameaças de crise, com acusações e denúncias. Uma vergonha.
Procuro pautar a minha vida pela positiva, como única forma de contribuir para um mundo mais sadio e mais justo. Mas desta vez, também pela positiva, de certa forma, não posso deixar de manifestar o meu desagrado pelo que tenho visto e ouvido. A eleição do Presidente da República não pode ficar dependente de um ambiente destes, de guerra aberta e de ofensas de toda a ordem, autorizadas pelas nossas leis. A democracia não pode permitir tudo. E o que se gasta com toda esta bagunçada?
Não seria mais curial eleger o Presidente da República num colégio eleitoral, constituído por deputados, representantes partidários e das autarquias, por exemplo? Não acontece assim noutros países democráticos?
Temos todos de pensar numa forma digna de eleger o mais alto magistrado da nação, sem haver necessidade de recorrer a este formato que nos envergonha. Não acham?
FM