sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Cortejo dos Reis: domingo, 9 de janeiro

Humberto Rocha, à direita, regista o Cortejo

No domingo, 9, teremos mais um Cortejo dos Reis, antiga tradição que aposta, e bem, na renovação. Tudo se conjuga para que isso aconteça, embora seja difícil atingir grandes melhorias de um dia para o outro. Devagar se vai ao longe, diz o velho ditado. O importante é que as pessoas participem, dando o seu melhor nessa perspetiva. E não faltará quem continue a registar para a posteridade o que nas ruas da Gafanha da Nazaré vai viver-se no domingo. Como também é hábito, o Humberto Rocha, médico e apaixonado pelas coisas da nossa terra e da nossa gente, lá estará a filmar o que mais o sensibiliza. Deve ter uma excelente coleção dos mais variados eventos gafanhões, de há muitos anos a esta parte.

CHINA: Governo quer punir filhos adultos que não visitem os pais idosos



«A China é um dos países onde a percentagem de idosos na população total mais vai crescer. O governo central vai aprovar uma lei que punirá os filhos adultos que não visitem os pais regularmente.
A notícia é avançada pelo jornal estatal China Daily e está em destaque no El Mundo. A política que durante muito tempo impôs um só filho aos casais leva a que agora o gigante asiático enfrente graves problemas de envelhecimento da sua população.
Num dos países onde os idosos eram mais venerados e respeitados, o governo central quer travar o abandono desta tradição reformulando a Lei de Protecção dos Direitos e Interesses dos Idosos. Na proposta de lei pode ler-se que "os familiares que não devem ignorar ou isolar os idosos e devem visitá-los frequentemente se não vivem debaixo do mesmo tecto".»
In DN

NOTA: Lei curiosa, no mínimo. Em Portugal, segundo notícias que vêm a lume com frequência, há idosos em lares que são esquecidos pelos filhos e outros familiares. Nos hospitais, acontece a mesma coisa. Em suas casas, os idosos também são, alguns, ostracizados pelos descendentes. E se em Portugal surgisse uma lei semelhante à que se anuncia na China? Seria bonito...

FM

Porto de Aveiro liga-se a Madrid


 
O Porto de Aveiro estreou hoje, 7 de janeiro, a ligação a Madrid por ferrovia. A estreia concretizou-se através de composição com destino à estação El Salobral, transportando carregamento de bobines provenientes de Inglaterra, e que chegaram ao Porto de Aveiro por via marítima.
O comboio que hoje partiu rumo à capital espanhola era composto por 13 vagões, com 715 ton de carga líquida e 1050 TBRS de carga bruta.
A operação portuária esteve a cargo da SOCARPOR, S.A.
Consolida-se, deste modo, o alargamento do hinterland do Porto de Aveiro ao país vizinho.
Recorde-se que, nos primeiros oito meses de funcionamento, o comboio do Porto de Aveiro transportou 123 mil toneladas, contribuindo para o crescimento de 30% da infraestrutura em 2010. A ferrovia aliviou igualmente as vias rodoviárias, retirando 5381 camiões da rota do porto.
A ligação entrou em funcionamento a 29 de março de 2010 e já representa 4,13% dos transportes. Em média, são três comboios que percorrem, diariamente, os nove quilómetros que unem o Porto de Aveiro à plataforma multimodal de Cacia, transportando, sobretudo, pasta de papel, aglomerado de madeira, cereais e cimento

Fonte: Porto de Aveiro

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Novo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo

Bombeiros de Ílhavo


O Executivo Municipal, ao tomar conhecimento da aprovação do projeto do Novo Quartel do Bombeiros Voluntários de Ílhavo, deliberou aprovar a declaração de Utilidade Pública da Expropriação com caráter de urgência e posse administrativa das parcelas de terreno afetas à construção do Novo Quartel, tendo em vista o início imediato das obras.
O Novo Quartel dos Bombeiros será construído em terrenos inseridos em espaço urbanizável, de acordo com o Plano Diretor Municipal em vigor, estando previsto um encargo de 216 101,36 euros com as expropriações das referidas parcelas de terreno.
Com esta deliberação a CMI pretendeu agilizar o processo de construção do Novo Quartel dos Bombeiros, cujas atuais instalações se encontram no centro da Cidade de Ílhavo, em más condições estruturais, o que contribui para a degradação do bom ambiente urbano que se deseja para aquela zona.
 
Fonte: CMI

Padre Pedro José em entrevista ao Correio do Vouga

Na apresentação na paróquia da Gafanha da Nazaré, afirmou: “O sentido da vida é a amizade. O sentido da amizade é a fé”. O que pretendeu dizer com estas frases?




«É uma afirmação que pretende traduzir um “círculo de virtude”, penso que normalmente funcionamos, e no caso mal, sob a influência de círculos viciosos. A descoberta da vida e a defesa da mesma comportam amizade. Na experiência do sentido da amizade, sem darmos saltos, entramos na experiência de fé, como confiança e adesão, acto de liberdade no que há de “mais humano”. A questão do “Sentido” é a questão que se impõe na filosofia actual. Mas o Sentido está também na revelação bíblica (a Bíblia é uma longa história de amizade) e a história completa de Jesus Cristo lança uma luz plena sobre a mesma reflexão. Jesus anunciou, viveu e morreu confirmando que “não há maior prova do que dar a vida pelos amigos”. As frases são uma síntese pessoal, uma disposição, um caminho de espiritualidade. Não tem nada de novo… apenas está arrumado nesta redacção”.»

Ler toda a entrevista aqui

As saudades dos emigrantes

António Afonso


Uma carta do António Afonso

Graças aos meus blogues e ao que escrevo, tenho recebido inúmeros testemunhos das saudades dos nossos emigrantes por esta terra que os viu nascer. Principalmente por e-mail, mas também por carta. E até pelo telefone, como aconteceu ainda há pouco tempo, de um amigo que não ouvia nem via há muito.
Hoje quero partilhar com os meus leitores uma carta que recebi do amigo António Afonso, radicado nos EUA há 36 anos. Depois de alguns anos nas terras do Tio Sam, regressou à nossa Gafanha da Nazaré, mas acabou por voltar pelos laços familiares que o prendem àquela terra.
Comentando o livro “Gafanha da Nazaré — 100 anos de vida”, António Afonso sublinha que «tudo quanto seja possível dizer-se acerca da nossa querida Gafanha da Nazaré é bem pouco, porque a sua história é bem rica; quando eu cheguei ao mundo, ela tinha somente 14 anos, era uma jovenzita, mas já mostrava o seu potencial, que era o começo daquilo que hoje é e que virá a ser no futuro».
Louva, a seguir, o facto de no livro se recordar uma pessoa humilde — Armando Ferraz — «porque o mundo que Deus criou não é composto somente com grandes; também o é com humildes».
Porém, a carta do meu amigo António Afonso, a par dos votos de bom Natal, ainda trouxe o seu amor à Gafanha da Nazaré, traduzido em versos sentidos, que aqui partilho com os meus leitores, em especial com os nossos emigrantes. Diz assim:

«Ai minha querida Gafanha da Nazaré,
que nem sequer sabes quanto te amo!


E que vives na minha alma
E que sempre estás comigo.
Se de dia penso em ti
De noite sonho contigo.


Tanto tempo que lá vai
Mas da memória não me sai
A tua recordação.
Que farei desta saudade?
Longe da vista, é verdade,
Mas bem perto… no coração.


Vejo o fim que vai chegar
O que a mim me não afronta.
Já tenho minha mochila pronta
E nela te vou comigo levar.»


Meu caro amigo,
gostei de sentir o palpitar do seu amor à nossa terra, de pressentir o carinho que nutre pelos ares que lhe inundam a  alma e lhe dão ânimo para sonhar com um regresso, nem que seja passageiro.
 
Um abraço
 
Fernando Martins

Os governos, em geral, têm tendência para se tornarem totalitários



O regresso à ditadura?
O caso do ensino privado

António Marcelino

Quando se esquecem exigências democráticas ou se impede que elas funcionem, abre-se a porta ao ditador. Já foi assim na antiga Grécia, onde a democracia nasceu. Foi assim ao longo dos séculos. É também assim nos tempos que correm. O governo socialista, em campos bem determinados como o ensino, a solidariedade social, a saúde, com o medo que provoca nos da sua cor que dissentem, passou a agir como novo ditador. Não ouve, não reflecte, não acolhe, desconhece a realidade, embrulha e deturpa a verdade, julga-se único para decidir e decide a seu belo prazer. Faz tábua rasa do povo e da história, nega-se a procurar com parceiros obrigatórios soluções de consenso, rasga acordos bilaterais assinados, volta costas a quem realiza trabalho de qualidade, só agrada a clientelas discutíveis, vive obcecado pelo poder, dá péssimo exemplo de democracia e de isenção a quem tem o encargo de governar.
Uma situação, que se vem tornando cada dia mais grave, refere-se ao menosprezo pela iniciativa privada. A cidadania, esclarecida e aberta, é um direito e um dever de todos. Permite enriquecer o bem comum nacional com propostas e respostas adequadas, surgidas num contexto de respeito por exigências legais justas. Foram sempre os governos totalitários que destruíram a democracia, desprezaram e impediram a legítima iniciativa privada. O Estado Social, de contornos megalómanos, sonhado e defendido por ideologias coloridas e pelo povo que só quer benefícios, com respostas impossíveis para os problemas, está condenado ao fracasso. A história assim o tem mostrado.