quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

As saudades dos emigrantes

António Afonso


Uma carta do António Afonso

Graças aos meus blogues e ao que escrevo, tenho recebido inúmeros testemunhos das saudades dos nossos emigrantes por esta terra que os viu nascer. Principalmente por e-mail, mas também por carta. E até pelo telefone, como aconteceu ainda há pouco tempo, de um amigo que não ouvia nem via há muito.
Hoje quero partilhar com os meus leitores uma carta que recebi do amigo António Afonso, radicado nos EUA há 36 anos. Depois de alguns anos nas terras do Tio Sam, regressou à nossa Gafanha da Nazaré, mas acabou por voltar pelos laços familiares que o prendem àquela terra.
Comentando o livro “Gafanha da Nazaré — 100 anos de vida”, António Afonso sublinha que «tudo quanto seja possível dizer-se acerca da nossa querida Gafanha da Nazaré é bem pouco, porque a sua história é bem rica; quando eu cheguei ao mundo, ela tinha somente 14 anos, era uma jovenzita, mas já mostrava o seu potencial, que era o começo daquilo que hoje é e que virá a ser no futuro».
Louva, a seguir, o facto de no livro se recordar uma pessoa humilde — Armando Ferraz — «porque o mundo que Deus criou não é composto somente com grandes; também o é com humildes».
Porém, a carta do meu amigo António Afonso, a par dos votos de bom Natal, ainda trouxe o seu amor à Gafanha da Nazaré, traduzido em versos sentidos, que aqui partilho com os meus leitores, em especial com os nossos emigrantes. Diz assim:

«Ai minha querida Gafanha da Nazaré,
que nem sequer sabes quanto te amo!


E que vives na minha alma
E que sempre estás comigo.
Se de dia penso em ti
De noite sonho contigo.


Tanto tempo que lá vai
Mas da memória não me sai
A tua recordação.
Que farei desta saudade?
Longe da vista, é verdade,
Mas bem perto… no coração.


Vejo o fim que vai chegar
O que a mim me não afronta.
Já tenho minha mochila pronta
E nela te vou comigo levar.»


Meu caro amigo,
gostei de sentir o palpitar do seu amor à nossa terra, de pressentir o carinho que nutre pelos ares que lhe inundam a  alma e lhe dão ânimo para sonhar com um regresso, nem que seja passageiro.
 
Um abraço
 
Fernando Martins

Os governos, em geral, têm tendência para se tornarem totalitários



O regresso à ditadura?
O caso do ensino privado

António Marcelino

Quando se esquecem exigências democráticas ou se impede que elas funcionem, abre-se a porta ao ditador. Já foi assim na antiga Grécia, onde a democracia nasceu. Foi assim ao longo dos séculos. É também assim nos tempos que correm. O governo socialista, em campos bem determinados como o ensino, a solidariedade social, a saúde, com o medo que provoca nos da sua cor que dissentem, passou a agir como novo ditador. Não ouve, não reflecte, não acolhe, desconhece a realidade, embrulha e deturpa a verdade, julga-se único para decidir e decide a seu belo prazer. Faz tábua rasa do povo e da história, nega-se a procurar com parceiros obrigatórios soluções de consenso, rasga acordos bilaterais assinados, volta costas a quem realiza trabalho de qualidade, só agrada a clientelas discutíveis, vive obcecado pelo poder, dá péssimo exemplo de democracia e de isenção a quem tem o encargo de governar.
Uma situação, que se vem tornando cada dia mais grave, refere-se ao menosprezo pela iniciativa privada. A cidadania, esclarecida e aberta, é um direito e um dever de todos. Permite enriquecer o bem comum nacional com propostas e respostas adequadas, surgidas num contexto de respeito por exigências legais justas. Foram sempre os governos totalitários que destruíram a democracia, desprezaram e impediram a legítima iniciativa privada. O Estado Social, de contornos megalómanos, sonhado e defendido por ideologias coloridas e pelo povo que só quer benefícios, com respostas impossíveis para os problemas, está condenado ao fracasso. A história assim o tem mostrado.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Campanha Limpar Portugal vai ser reeditada este ano


«No ano passado, mais de 100 mil pessoas limparam o país, de Norte a Sul, num só dia, 20 de Março. Por que não 200 mil em 2011? É este o repto que o núcleo dinamizador da campanha Limpar Portugal está agora a lançar aos portugueses.
O primeiro passo já foi dado pelo núcleo da campanha em Braga, que lançou o ontem o desafio através da Internet e de redes sociais. O dia escolhido este ano é 19 de Março. Em Braga, voluntários vão limpar os bosques do concelho. Não irão fazer o mesmo trabalho que no ano passado, quando grande parte do esforço foi dirigido para remover entulhos. “Não continuaremos a fazer o serviço que cabe às autoridades fazer”, afirma Paulo Pimentel Torres, um dos líderes da campanha. Este ano, será uma actividade “soft e educativa”, concentrada nos plásticos, vidros, colchões, móveis e outros objectos que continuam a ser abandonados um pouco por todo o lado.»

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Bar-Restaurante no Jardim Oudinot

Réplica da primitiva Guarita



A Câmara de Ílhavo deliberou adjudicar a Conceção, Instalação e Exploração do Bar-Restaurante do Jardim Oudinot, junto ao Ancoradouro e integrando a réplica da Guarita, ao concorrente “In Tocha In Hotelaria, L.da”.
A ponderação dos critérios de adjudicação teve por base a solução arquitetónica apresentada, as condições de manutenção e limpeza das instalações sanitárias públicas existentes na envolvente e do parque de merendas, bem como a renda mensal mais vantajosa.
A autarquia ilhavense pretende que sejam criadas novas dinâmicas e vivências no Jardim Oudinot, rentabilizando o edifício da Guarita, apostando na conquista de mais visitantes a este espaço, pela prestação de novos serviços, bem como assegurar com a máxima qualidade a limpeza e manutenção do parque de merendas e dos sanitários públicos disponibilizados na envolvente ao Bar/Restaurante.

Fonte: CMI

UTOPIAS

Utopia:

1. projeto de governo que,
a ser exequível, asseguraria a felicidade geral
2. projeto imaginário, irreal

Dos dicionários

As notícias que nos chegam sobre as reformas implementadas por Raul Castro em Cuba vêm provar que as utopias, muito bonitas e quiçá importantes, acabam, as mais das vezes, por deixar rastos de sofrimento e miséria. Tem sido assim na Cuba de Fidel Castro como foi na URSS e países satélites. Mais: Em quase todos os países liberais de mercado livre.
Se é certo que Fidel fez bem em combater o regime corrupto e ditatorial de Fulgêncio Batista, também é verdade que não soube retirar-se a tempo, dando liberdade aos seus compatriotas para optarem por um sistema político capaz de proporcionar mais felicidade para todos. Ficou enquanto pôde, numa postura cega à pobreza que o rodeava, para lá das muralhas do bem-estar em que vivia.
Seu irmão Raul, agora no poder, terá chegado à conclusão de que a utopia da revolução cubana não assegurou a felicidade geral, mostrando à evidência que as ideias de Fidel, levadas à prática, não passaram de um projeto irreal. Os desempregados que se multiplicam, os míseros salários que a maioria recebe e a pobreza que grassa por toda a parte provam que é preciso ter muito cuidado com utopias…
E de algumas podemos dizer: faliu o socialismo real, o comunismo; faliu o capitalismo e o liberalismo puro; faliram os fascismos e ditaduras. E que nos resta? Quem descobre por aí um regime democrático, mas com justiça social? Onde estará esse regime por que todos aspiram? Mais uma utopia?

FM

Quem dizem que é a Igreja?



O ex-director do PÚBLICO, José Manuel Fernandes, vai estar hoje no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), pelas 21 horas, para mais uma "Tertúlia à Quarta", para responder à questão "Quem dizes os homens que é a Igreja Católica". Trata-se de uma iniciativa do ISCRA (Instituto Superior de Ciências Religiosas), em parceria com o Centro Universitário e com o semanário Correio do Vouga.
Quem não puder participar na tertúlia, pode acompanhar o que ali se passa pelo canal de TV Online da Diocese de Aveiro, http://www.diocese-aveiro.pt/tvonline.asp

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bento XVI: Não diz tudo o que pensa, mas dá a impressão que nada do que pensa fica por dizer


Um Papa tímido e sem medo

António Rego




Será exagero, ou talvez não. A entrevista que Bento XVI concedeu ao jornalista Peter Seewald diz mais sobre a sua visão do mundo, da história e do hoje, que o conjunto dos seus discursos. Exprime melhor a sua fé que os seus tratados de teologia. Define melhor o homem, o padre, o cidadão e o Papa que as imagens televisivas mais próximas dos momentos solenes do Sumo Pontífice. Porquê? Porque abre o coração de Joseph Ratzinger a um olhar íntimo, não esquematizado por ele mas pelas observações e perguntas que o jornalista lhe lança, envolvendo-o sempre na sua história pessoal e não na esfinge a que muitas vezes a imagem pública o condena.~

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