terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Indisciplina nas Escolas

«Quase 400 pedidos de ajuda para situações de indisciplina nas escolas foram registados na Linha SOS Professores nos últimos quatro anos. Esses contactos foram feitos, na sua maioria, depois da tentativa de que os conselhos executivos resolvessem os problemas.»
NOTA: Estes números impressionam qualquer cidadão, por mais friamente que queira analisar esta realidade. Há muito se fala da indisciplina e da agressividade nas escolas portuguesas. As causas que estão na base destas anomalias devem mesmo ser estudadas com rigor, se é que aspiramos a formar homens e mulheres para um Portugal mais saudável sob todos os pontos de vista. Em ambientes de indisciplina e de agressividade não será possível contribuir para uma sociedade para justa e mais fraterna. Culpa dos pais? Falta de meios humanos, em número e com capacidades para educar, nos estabelecimentos de ensino? Legislação inadequada para estes casos? Não sei, mas gostaria de saber.

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Reabriu ontem a Universidade Sénior



Farol da Barra de Aveiro

Retomei ontem, segunda-feira, a minha colaboração na Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo. O grupo que animo, como posso e sei, manteve-se firme na participação, com a abordagem habitual de alguns temas. Não registei desânimo nem falta de interesse pelos assuntos abordados na abertura do segundo período. Foi gratificante.
Por tudo isso, julgo que é de louvar o gosto manifestado pelos participantes no encontro. Digo participantes, porque me recuso aceitar a normal classificação de alunos, já que todos ensinam e aprendem, respeitando o princípio da troca de saberes.
Ontem, para além da abordagem dos chamados Casos da Semana, vieram à baila temas como a homenagem que é devida aos professores de qualquer grau de ensino, cabendo no mesmo espaço de tempo a evocação de professores que nos marcaram. E com que satisfação recordámos professores dedicados, mestres que forjaram carateres e inspiraram gostos pelo saber, enquanto nos educaram para a vida! Foi, sem dúvida, um momento muito bonito.
Noutra hora, trocámos impressões sobre o Farol da Barra de Aveiro, desde o reconhecimento da sua necessidade pelos governantes locais, até à sua inauguração, que ocorreu em 1893, passando pelas diversas fases do projeto e pela influência do grande parlamentar José Estêvão, para que a obra se realizasse.

FM

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Há um momento e um tempo para cada coisa



Que fazemos nós do tempo?

José Tolentino Mendonça


Que uma conversa destas exige lentidão, previne-o o passo célebre das "Confissões" de Santo Agostinho: «Que é, pois, o tempo? Se ninguém me pergunta, eu o sei; se desejo explicar a quem o pergunta, não o sei». Sabemos que somos feitos de tempo, de idades, de cronometrias visíveis e invisíveis, de estações… Sabemos que o tempo é a argila da vida. Do incomensurável oceano ao sucinto regato, da minúscula pedra ao elevado rochedo, da planta solitária ao vastíssimo bosque, tudo tem no tempo uma chave indispensável. Também nós somos modelados e lavrados, instante a instante, pelos instrumentos do tempo. Por vezes de um modo tão delicado que nem sentimos como ele, irreversível, desliza dentro e fora de nós. Por vezes, atormentando-nos claramente a sua voracidade, sentindo-nos perdidos na sua obsidiante vertigem. Que é, pois, o tempo?
Nós dizemos, repetindo um provérbio que os latinos já usavam, que o tempo voa (tempus fugit). De facto, tudo o que é humano é feito de tempo, mas a experiência que mais vezes nos ocorre é a de não termos tempo. «Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante para ti», explicou a raposa ao Principezinho. Há uma qualidade de relação que só se obtém no tempo partilhado. Por alguma razão, esse raro Mestre de humanidade chamado Jesus, disse: «Se alguém te pede para o acompanhares durante uma milha, anda com ele duas». Só com tempo descobrimos tanto o sentido e a relevância da nossa marcha ao lado dos outros, como o da nossa própria caminhada interior. Sem tempo tornamo-nos desconhecidos. Sem tempo falamos, mas não escutamos.

Leão X excomunga Lutero neste dia de 1521

Martinho Lutero

A bula "Exsurge Domine" do Papa Leão X, de 15 de junho de 1520, condenava os 41 textos de Lutero e ameaçava-o com a excomunhão. Lutero queima simbolicamente esta bula em dezembro de 1520, juntamente com algumas escritas da escolástica e do direito canónico, à porta da cidade de Wittenberg. Foi excomungado em 3 de janeiro de 1521, através da bula "Decet Romanum Pontificem".

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domingo, 2 de janeiro de 2011

Levar à prática a solidariedade

Depois da vivência dos dias festivos, Natal e Ano Novo, voltamos à vida normal, com trabalhos que ficaram adiados nesses períodos. A vida continua apesar dos avisos ou ameaças de que algo vai correr mal, durante 2011, para muitos portugueses. Os desempregados, os que procuram empregos ou trabalhos, os que sentem sob a cabeça o cutelo do fecho ou deslocalização da fábrica, ainda há pouco com sinais de estabilidade, todos esses hão de passar, por certo, por angústias terríveis.
Quem criou hábitos de gastos largos (aliás, ainda visíveis nos últimos dias festivos) tem de se adaptar a poupanças mais do que nunca necessárias, sob pena de se arruinar a curto prazo. Famílias que gastem no dia a dia mais do que ganham, tal como fez o nosso país, arriscam-se a cair na miséria de um dia para o outro.
Para os que, por imperativo da conjuntura económico-financeira, vão ficar em situação desesperada, urge criar redes locais de ajuda mútua, levando à prática a solidariedade de que tanto se fala. Só assim, penso eu, poderemos debelar a crise que se anuncia.

FM

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 218

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 1



UMA BICICLETA


Caríssima/o:

Há dias, vagueando pelo quintal, vi encostada a bicicleta do amigo que trata das videiras e colhe as uvas, pisando-as depois e oferendo-me uma garrafa de jeropiga.
Logo me atraiu a cor; mas, reparando um pouco com mais um milímetro de atenção, surgiu o espanto. Ora observai e dizei-me se não concordais: com letras bem maiúsculas está escarrapachado o nome do proprietário e... dum lado e do outro!
Ou seja, uma bicicleta que é mais que o bilhete de identidade: além do nome mostra-nos a personalidade do dono: pessoa franca, sem rodeios, que não gosta que lhe metam as mãos nos bolsos, amigo do seu amigo, que logo desengana... e do Sporting!
Só mais uns nadinhas: olhai para o que tem para nos revelar aquela lanterna!? E a bomba...

Logo ali fiz o propósito de partir à descoberta das nossas bicicletas, das que usávamos, das que víamos ao longe, daquelas com que sonhávamos e até das que procuravam impingir-nos. Pareceu-me (e parece-me...) assunto leve para uma conversa que gostaria interessante e que nos ajudará a colocar mais uns pontos e cruzes na síntese do mundo que nos foi oferecido e que nos foi dado viver, com mais ou menos agrado...

Mas deixemo-nos de estar para aqui a debitar letras quase soltas e reparemos no título: “DE BICICLETA ... APRECIANDO A PAISAGEM”.
É isto que seria bom conseguíssemos e nos deixassem: umas vezes é a nossa precipitação, outras a ânsia de perseguição e ainda outras a cegueira da queda. Fica a bonomia do ciclista que convidava a redução da velocidade para poderem apreciar a paisagem refreando o frenesim da companhia apressada. E já estais a ver que um dia destes vos hei-de mostrar este senhor, pode ser que tenha algo para nos apontar.

Propósito desvendado, título alinhado, só nos resta pegar na bicicleta e partir...

BOM ANO!

Manuel

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