domingo, 27 de dezembro de 2009

Ligação ferroviária à área portuária inaugurada fora do prazo


O Jardim Oudinot é que nos vale


Gafanha da Nazaré quase sem ria à vista

A Gafanha da Nazaré nasceu envolvida pela ria. Os primeiros gafanhões eram agricultores, e, tanto quanto se sabe, da ria só usufruíam o que ela lhe dava sem grande esforço. Moliço para fertilizar os campos areentos, alguns peixitos e até marisco: cabozes, berbigões, a que chamavam cricos, mexilhões, amêijoas, burriés e pouco mais.
A ria era sua. Estava franqueada por todos os lados. Os gafanhões podiam nadar, pescar,  apanhar o arrolado, apreciar a beleza da paisagem lagunar. Na Marinha Velha, onde chegou a haver uma salina, com o mesmo nome, também existiu um campo de futebol, no sítio, mais ou menos, onde hoje mora o Porto de Pesca Costeira.
O progresso, contudo, tem os seus custos. A ria que era do povo passou a estar interdita ao mesmo povo. O polivalente Porto de Aveiro, com todas as suas vertentes (o único do país com essa característica) ocupou quase todos os acessos aos amantes da nossa laguna. Só de longe a podemos contemplar e receber dela aquele cheiro a maresia de que tanto gostamos.
De brinde, porém, deram-nos o Jardim Oudinot, com toda a sua beleza. Mas a ria, amigos conterrâneos, deixou de ser nossa, para pertencer ao desenvolvimento da região e do país. Do mal, o menos.
Com a ligação ferroviária ao Porto Comercial, a situação vai agravar-se. A linha do caminho-de-ferro vai estabelecer uma nova e mais firme separação entre a cidade e a ria. A inauguração, prevista para Novembro e depois para finais do ano 2009, não se concretizou, com rigor, nos prazos anunciados. Ficará para 2010, para então contribuir para a implementação da estrutura portuária. Nessa altura, com a barreira estabelecida, os gafanhões terão de procurar outros mirantes para desfrutarem do ar e da água da sua ria.

Fernando Martins


sábado, 26 de dezembro de 2009

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 163

BACALHAU EM DATAS - 53
RUMO AO FUTURO

Caríssimo/a:


1975 - «Em 1975, já não seria armado qualquer navio de pesca à linha. O NOVOS MARES o único “navio de linha”que regressara dos bancos no ano a Revolução – seria transformado para a pesca com redes de emalhar.» [Oc45, 90]

1977 - «Portugal foi dos primeiros estados europeus a aderir ao conceito de “zona económica exclusiva” que seria vertida no Direito internacional a 28 de Maio de 1977. Acérrimo defensor do princípio da “liberdade dos mares” durante vários séculos, Portugal subscrevia pela primeira vez um conceito “estratégico” de “Estado costeiro” de todo incompatível com os interesses da pesca longínqua.» [Oc45, 104]

1983 - «Em 31 de Maio de 1983 são aprovados os novos estatutos da Obra do Apostolado do Mar;


Em 6 de Julho de 1983 é nomeada pelo Bispo de Aveiro, a Direcção da Obra do Apostolado do Mar, com sede no clube "Stella Maris" de Aveiro, sito na Rua dos Bacalhoeiros, da paróquia da Gafanha da Nazaré.


No dia 18 de Setembro de 1983, dia da Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, foi possível celebrar a bênção e lançamento da primeira pedra da nova casa do Stella Maris.


Em 1982, graças a um subsídio do Governo, foi possível iniciar o processo de construção do actual edifício do Stella Maris, para substituir o antigo pavilhão pré-fabricado.


Esta primeira fase, que importou em 13 mil contos, foi inaugurada no dia 10 de Novembro de 1985. Presidiu à cerimónia da bênção do novo edifício o Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade.»[v. Galafanha]

A mais antiga igreja portuguesa nos Estados Unidos está em risco de fechar portas por falta de fiéis

A igreja portuguesa mais antiga nos Estados Unidos, que fica em New Bedford, no estado do Massachusetts, corre o risco de fechar em 2011, se até lá as suas missas não tiverem maior afluência e não for angariado o dinheiro suficiente para reparar o telhado roto.
Foi a primeira igreja construída para os portugueses que emigraram para os EUA no século XIX. Leia aqui.


O futuro da humanidade passa pela família



FAMÍLIA E FUTURO DA HUMANIDADE


“O futuro da humanidade passa pela família” – afirma João Paulo II no documento sinodal que recolhe as intervenções dos representantes dos bispos católicos de todo o mundo reunidos em assembleia para “fazer o ponto da situação” a esta instituição conatural ao ser humano e configurada de modos diferenciados pelas culturas.
A família está ao serviço da pessoa e insere-se na sociedade com a qual mantém um relacionamento constante, recebendo e dando impulsos positivos e negativos. O que acontece nesta repercute-se necessariamente naquela e manifesta-se no tipo de pessoa que se pretende alcançar.
Esta perspectiva humanista serve-me de referência para dar o meu testemunho sobre a crise da instituição familiar, as políticas em curso para nivelar legalmente o que é diferente, a movimentação feita por vozes discordantes que pretendem criar uma opinião pública favorável e o silenciamento de outras que se lhe opõem.

Uma breve reflexão sobre o mistério do tempo



O que é o tempo?

No termo de mais um ano e na entrada de outro, são muitos os pensamentos que nos invadem. Mas talvez não seja fora de propósito também uma breve reflexão sobre o mistério do tempo.
Já Pascal se interrogava na perplexidade: porque é que, num passado ilimitado e num futuro igualmente sem limites, me coube viver precisamente neste tempo que é o meu?
Se soubéssemos o que é o tempo, também saberíamos o que somos. Santo Agostinho - volta-se sempre a Santo Agostinho, quando pretendemos meditar sobre o tempo - pergunta: O que é tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; mas, se alguém me puser a questão e eu quiser responder, já não sei.
Há múltiplas experiências e perspectivas do tempo. Aparentemente, tudo vai e tudo volta. As estações do ano repetem-se, sucessivamente: Primavera, Verão, Outono, Inverno, e outra vez Primavera, Verão, Outono, Inverno... Cada ano, o ano velho despede-se e chega o ano novo. Outra vez. Aí está o mito do eterno retorno, como repetiu Nietzsche: "Esta vida, tal como a vives naturalmente, tal como a viveste, é necessário que a revivas mais uma vez e uma quantidade inumerável de vezes, e nela nada haverá de novo, pelo contrário!"

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Noite de Natal em família



À volta da mesa nos sentámos


À volta da mesa nos sentámos. A família estava quase toda. A que não pôde estar, viveu a festa na família a que se ligou em 2009. Também marcaram presença os que estão no seio de Deus, mas em sintonia connosco. Porque estão também connosco, nenhum de nós duvida, noutras  horas boas e menos boas que vivemos.
Partilhámos o bacalhau com todos, doces a condizer com a tradição natalícia. Não faltaram recordações amiúde revividas e que nesta quadra fazem mais sentido. Em família unida têm outro gosto. Brotam espontaneamente, como que a quererem alimentar sinais positivos que fazem parte da nossa identidade.
Como crentes, o Menino-Deus não pôde faltar. E do seu Presépio, simples mas expressivo, lá foi mirando uns e outros, com o Seu sorriso que transborda paz e harmonia. E se querem que vos conte um segredo, aqui vai ele: De quando em vez, eu olhava-O como quem não quer a coisa e notei que a sua expressão indiciava, claramente, alegria por nos ver  felizes. E em certa altura até Lhe ouvi um sussurro de aprovação pela harmonia familiar que há entre nós, com a recomendação de que assim é que está bem.
Noite cheia, com a ternura das crianças a conduzir-nos às nossas meninices, aos nossos natais de há muitos anos, com vidas mais simples, sem regalos de encher o olho e a imaginação. De madrugada, no dia de Natal e não na véspera, quaisquer bonequitos de chocolate, quaisquer rebuçaditos mais doces, quaisquer brinquedos, feitos por mães e pais mais habilidosos ou comprados na feira, nos faziam entrar, por momentos inesquecíveis, no mundo dos sonhos, que só as crianças sabem e podem recriar.
Continuação de Boas Festas.

Fernando Martins

Mensagem «Urbi et Orbi» de Bento XVI destaca situações de guerra nos vários continentes






Papa lembra vítimas
da violência e da crise económica

"O Papa deixou no dia de Natal uma palavra de esperança “às vítimas da violência”, num olhar sobre os vários confilitos que afectam a humanidade de hoje, “profundamente marcada por uma grave crise, certamente económica - mas antes ainda moral - e por dolorosas feridas de guerras”.

Bento XVI saudava as populações de todo o mundo na sua tradicional mensagem natalícia "Urbi et Orbi", a partir da varanda central da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Largos milhares de pessoas ouviam o Papa na Praça de São Pedro e milhões de espectadores e ouvintes acompanhavam-nos através da comunicação social."


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