quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Crónica de um Professor:A Educação em Portugal

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Sempre há cada cábula!...
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É FRANCÊS E NÃO PERCEBO NADA
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- Não, não entendo nada do que ele diz! É Francês e não percebo nada.
Foi esta a frase proferida por aquela mocinha de carinha laroca e uma auto-estima bem posicionada.
Encontrava-se a ajudar o pai, na banca de venda, no mercado municipal, ali na cidade ao lado.
Tendo assistido a esta tirada da miúda e calculando que na sua tenra idade ainda a estaria a frequentar escola, inquiri:
- Então a menina não anda na escola, ainda?
Claro que sim, mas não sei nada de Francês. Nem desta língua nem de nada!
Dizia isto com ar displicente e a convicção de quem já sabe desfrutar da vida e aprendeu a lei do desenrascanço.
Enquanto se descartava da responsabilidade de ter de atender o cliente do pai, em Francês, ia atirando a título de desculpa, que apesar de tanta ignorância tinha passado todos os anos.
Com quinze anos, duma vida iniciada no sistema de ensino que mais se assemelha ao nacionalporreirismo, que tudo facilita e tudo consente. Ia subindo na escala hierárquica da formação académica portuguesa, revelando uma iliteracia confrangedora. Completara o 9.º ano e iria ingressar no 10.º, já neste mês de Setembro deste ano lectivo.
Perante esta tirada de “sabedoria”, interroguei-a:
- És tu que não sabes... porque não estudas nada, ou são os teus professores que nada te ensinam?
Era uma aluna cábula, que anda na escola só para passar o tempo e lá vai deitando mão dos estratagemas que vão surgindo: as cábulas.....
Com aspecto de quem promete vir a ser um bom vivant, a criaturinha de ar determinado num palminho de cara, ia construindo o futuro, trôpega, sem consistência na sua formação académica e humana, mas lá ia coxeando, tal qual um ancião que já gastou as suas energias na longa caminhada da vida.
Eu que ia ouvindo e reflectindo, pensava com os meus botões: aqui está a caricatura do que é o sistema de ensino em Portugal. Não se estuda nada, não se faz nada... mas no fim, há o prémio para quem pelo menos sabe desenrascar-se. Esses que têm essa propensão e a vão treinando na escola, certamente vão ser pessoas bem sucedidas no futuro! Se os ensinamentos vêm de cima, temos na cena política os melhores exemplares. E...não subiram tanto na vida, que chegaram ao topo da carreira, sem sequer terem concorrido a titulares?
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M.ª Donzília Almeida
07.09.09

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Silêncio do Tempo

Profecia

eu sei
onde acaba
o tempo

a barca
e o mar
dos nossos segredos
partilhados

eu sei

apenas as pedras vivas
nos olham com lucidez


entre o negro e o vermelho
o nevoeiro passa

o esquecimento
é a mais antiga
das profecias

a casa
a ausência
dos teus abraços
a cegueira da chuva
nos teus olhos


o silêncio
do tempo

orlando jorge Figueiredo
setembro 2009

Escola Secundária da Gafanha da Nazaré: Relógio de Sol e Rosa-dos-ventos

Relógio de Sol e Rosa-dos-ventos



Projectos mobilizadores
das capacidades dos alunos

Nas Escolas há, cada vez mais, felizmente, projectos mobilizadores das capacidades dos alunos, graças ao trabalho de professores competentes e responsáveis. Sei que é assim em todas as Escolas, porque Escolas rotineiras não têm lugar nos tempos que correm.
Como já devem ter notado, uma simples passagem pela Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, no sábado, levou-me a apreciar, da rua, algumas iniciativas que chamaram a minha atenção. Vi a rosa-dos-ventos, um gerador eólico, decorações nas paredes do edifício… Confesso que gostei. Já agora, tentarei passar por outras, mas gostaria que cada Escola da Gafanha da Nazaré me alertasse para projectos inovadores… Aqui fica o desafio.
Com este projecto, assente na instalação do Relógio do Sol e da Rosa dos Ventos, pretende-se atingir a “sistematização prática de conhecimentos que reforce nos jovens a capacidade de utilização de instrumentos de uso comum e científico, de modo a que possam directamente observar o movimento diurno aparente do Sol ao longo do ano”, diz o relatório desta iniciativa. E acrescenta: “Além disto, pretende-se o conhecimento dos pontos cardeais e a respectiva orientação geográfica dos mesmos na escola. Deste modo promove-se a consolidação de hábitos de pensamento e de acção, instrumentos estes necessários para a organização do seu próprio pensamento.”
Os promotores deste projecto são os professores Cristina Carmona, Rosa Agostinho e Piedade Santos.
FM

Para reflectir...

Mesmo aqueles que deixaram tudo para seguir Jesus, hoje como ontem, poderão ser vítimas deste “demónio”. Sobrevalorizar-se, ultrapassar os outros, ocupar o primeiro lugar, num aspecto em particular ou em todas as coisas.
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Padre Rubens: Notas Biográficas

Padre Rubens numa vigília de Natal
Hoje recordo, aqui e aqui, o saudoso Padre Rubens.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Festa da Nossa Senhora da Encarnação

Homens levam andor
Mulheres levam andor
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"A nossa festa"! Melhor que a sua?

Como já vem sendo tradição de longa data, estão a decorrer desde 11 de Setembro até hoje, os festejos em honra da Nossa Senhora da Encarnação.
Sendo a Nossa Senhora o mote, o pretexto para a comemoração, reveste-se de um misto de sagrado e profano. As gentes novas dão-lhe um significado muito próprio pois permite a exibição das toilettes, intencionalmente seleccionadas para o evento.
A religiosidade ainda sobrevive no culto religioso que se materializa na conhecida, apreciada e sempre renovada procissão ao longo dum itinerário preciso. É uma manifestação secular, a que já assisto desde o século passado. Sempre melhorada na organização e nos ademanes, congrega esforços e devoções que teimam em contrariar o materialismo reinante.
É admirável a actividade empenhada dos moradores, por cujas casas a procissão passa, que se esmeram na decoração e embelezamento da rua. Dá gosto observar o afã com que homens e mulheres, com especial destaque para as últimas, se empenham a espalhar verdes e flores sobre o piso, oferecendo aos forasteiros um espectáculo de beleza primaveril. E o cheirinho que as ervas aromáticas dão ao serem pisados pelos pés dos participantes? Fui informada por alguém que também colaborava nesta tarefa, que vinham visitantes de longe para desfrutar deste apelativo espectáculo. O manjericão, a alfazema, o limonete, vulgo lúcia-lima, são algumas das espécies botânicas que oferecem o seu perfume a esta manifestação de fé.
A procissão na sua vertente religiosa é um repositório da religiosidade e cultura dos gafanhenses, que teimam em a perpetuar, apesar das dificuldades que os tempos modernos acarretam. Continua, desde que a memória me assiste, a integrar o grupo dos mordomos que a organizam, devidamente uniformizados, a plêiade de anjinhos que personificam a hagiografia portuguesa nas roupagens que o imaginário popular lhes empresta, as criancinhas vestidas de brancura imaculada da 1.ª comunhão, as bandas de música que marcam o compasso rítmico e lhe dão a solenidade própria, etc, etc.
É um regalo para a vista e é tradição após o convívio familiar ter degustado a tradicional chanfana, prato forte da festa, ir-se ver a procissão. As ruas, pejadas de gente que se arruma nos passeios e bermas, fazem magotes onde disputam um bom lugar de observação. E... há quem tire fotografias, quem filme, quem grave o evento para mais tarde recordar.
À memória, vem a recordação da efeméride que se repete desde os meus tempos de menina e moça. Os habitantes desta Gafanha referiam, com orgulho bairrista e muita convicção, a chegada da “nossa festa”!. Coincidia, na época em que a Gafanha era um meio rural, com a colheita do milho, que enchia o celeiro dos agricultores. Tenho ainda, bem gravada, a imagem, das eiradas do milho já debulhado, a secar na eira e a preocupação em cobri-lo antes que viesse o orvalho da noite.
Havia autorização para ir à festa, à noite, mas antes, tínhamos de cobrir o milho.com taipais ou outras formas de protecção.
Num Setembro que já prenuncia o Outono, havia esta empreitada das colheitas que era a mesa farta do pequeno lavrador. A pequenada delirava com a “nossa festa” pois era uma pausa agradável na dura labuta agrícola e a promessa de uns momentos bem passados de forma diferente. As atracções lúdicas, o carrossel e os carrinhos de choque entretinham a malta jovem e davam asas à sua energia incontida.
Havia a esperança de encontrar um namorico, nos forasteiros que assomavam à freguesia... ou quiçá nos músicos que compunham a banda! E... alguns casamentos se consumaram, com a bênção da Mãe de Deus!
Longevidade se deseja a estes pombinhos!
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M.ª Donzília Almeida

Um livro do Padre Manuel Joaquim Estêvão da Rocha

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“PELOS CANAIS: Palavras e Gestos que Edificam”
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Com edição da paróquia da Vera Cruz, veio a lume um livro do seu pároco, Padre Manuel Joaquim Estêvão da Rocha. Trata-se de um trabalho que insere textos escritos semanalmente, na folha dominical “O Canal”, que mais não são do que propostas de reflexão para a vivência do evangelho no dia-a-dia de quem se assume como católico e, ainda, para todos os que procuram horizontes de verdade, de justiça e de paz.
Li e reli várias mensagens, curtas, incisivas e interpelantes, todas intemporais e motivadoras de opções sociais, espirituais e comportamentais, no sentido de uma sociedade mais fraterna e cristã, sendo certo que, no fundo, vão para além de “convites insistentes a vivermos esta vida com o realismo e a força que ela tem e como meio de chegarmos à VIDA!”.
Cada semana de cada tempo litúrgico e cada situação com que as pessoas e comunidades do nosso tempo se confrontam, onde sobressaem tantas nuvens negras, o Padre Rocha avança com histórias, ideias e projectos de horizontes largos e elevados, em que a matriz é, fundamentalmente, a Boa Nova de Jesus Cristo e o seu plano de salvação do homem todo e de todos os homens.
No Prefácio, o nosso Bispo, D. António Francisco dos -Santos, sublinha que “A mensagem do pároco, em sintonia com a palavra de Deus, (…) constitui uma bela forma de criar laços de comunhão entre todos os membros da comunidade”. E acrescenta: “A clareza do pensamento, a densidade do conteúdo, a beleza da forma, a intuição pastoral manifestada, a leitura cristã dos acontecimentos e o olhar de esperança para o futuro dizem-nos da oportunidade destas reflexões e do seu sentido prático e actual.”
D. António refere ainda que o autor depõe nas nossas mãos, “com alegria e emoção, este livro onde todos nós sacerdotes nos identificamos, através da palavra aqui impressa e da mensagem nela expressa”.
Também o presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, lembra que “as palavras do Padre Rocha fazem e ajudam a fazer obra”, salientando que este livro nasceu para ajudar “a construção da Nova Creche da Vera-Cruz".
Por sua vez, na Introdução, o Padre Rui Barnabé, vigário paroquial da comunidade da Vera Cruz, frisa que os cristãos “devem encontrar formas de tornar Cristo acessível, primeiro, e significativo, depois, junto da sociedade que os envolve”, adiantando que “O Canal”, de que agora se publicam os primeiros números, “é, sem dúvida, a expressão disto mesmo”.
Tendo em conta que a edição deste livro reflecte, em suma e essencialmente, dois propósitos, como são as reflexões para o dia-a-dia do cristão, e não só, e a construção de uma nova Creche já aberta à Vera e ao Cruz, tudo para um mundo muito melhor, estou em crer que “PELOS CANAIS: Palavras e Gestos que Edificam” vai ser um sucesso.
Design da Capa: Ana Filipa Gomes; Foto da Capa: Nuno Marques; Colaboradores na revisão, formatação e paginação: André Nobre, António Carvalho, Artur Lobo, Cravo Machado, Florinda Costa, José Carlos Costa, José Rodrigues, José Pedro Santos, Paula Hipólito, Rosa Roquete e Sónia Neves.
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Fernando Martins

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