terça-feira, 30 de junho de 2009

Almoço Missionário: Centro de Recursos Mãe do Redentor, na Gafanha da Nazaré

Aqui fica o convite para um Almoço Missionário, uma organização da ORBIS - Cooperação e Desenvolvimento. É já no próximo domingo e ainda há alguns bilhetes por vender! Se puder e gostar (porque será moamba, receita tradicional angolana), a sua participação será bem-vinda! As inscrições podem ser feitas em 917494874, 964417249 ou almocomissionario@hotmail.com

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Museu do Vinho de Anadia recebe Confraria Gastronómica do Bacalhau de Ílhavo



FESTIVAL DO BACALHAU
- Jardim Oudinot, 19 a 23 de Agosto -


A Confraria Gastronómica do Bacalhau visitou recentemente o Museu do Vinho de Anadia, visita integrada no programa de actividades culturais e lúdicas da instituição gastronómica ilhavense. Presentes alguns confrades, os quais foram recebidos por responsáveis do Museu, tendo visitado as salas da vinha, vindima, prova e vinificação, com a mostragem dos espumantes, das caves e adegas existentes na zona da Bairrada. Também foi interessante ver os diversos artefactos que ilustram a evolução técnica da viticultura, que, para alguns dos confrades presentes, não foram novidades, havendo muitos utensílios ainda em uso nas suas propriedades.
O roteiro da Bairrada, a enoteca, a biblioteca e mediateca foram outros espaços visitados pelos confrades, além da colecção de 1400 saca-rolhas oferecidos ao Museu pela família do Comendador Adolfo Roque e das exposições de pintura, fotografia e escultura patentes na altura. O almoço foi servido na sala de Restauração do Museu e como prato da região foi servido Leitão e espumante da Bairrada. Esta visita dos Confrades do Bacalhau ao Museu foi aproveitada pela direcção para anunciar o próximo Festival do Bacalhau, que decorre no Jardim Oudinot, de 19 a 23 de Agosto, e cuja organização é formada pela Câmara de Ílhavo e pela Confraria Gastronómica do Bacalhau. Ainda foi anunciado que está para breve a concretização de um desejo de anteriores direcções, que é a existência de uma sede e o aparecimento de um espaço na internet.

 Carlos Duarte

Michael Jackson maior que “Si”

1. As últimas décadas viram nascer e crescer um conjunto de grandes artistas que, à medida que o mundo das comunicações se foi globalizando, os tornou presentes em toda a parte. Assim aconteceu com Michael Jackson (1958-2009), que (na internet) é colocado entre os cantores, compositores, actores, dançarinos, escritores, produtores, poetas, instrumentistas, estilistas, ilusionistas e empresários. O artista cresceu muito, tendo sido a sua estrutura de personalidade, de um jovem que não viveu a juventude e de uma criança forçada ao trabalho musical, desafiada fortemente a compreender o preço da fama planetária. O álbum mais vendido da história da música Pop – Thriller – editado em 1982, sendo na altura uma revolução envolvida de dança e inovação de vídeo-clip é marca de recorde de vendas.
2. Por estes dias, na ocasião de seu falecimento, foram muitas as reportagens e entrevistas que ajudam a compreender muitas realidades da vida dos artistas por dentro, do altíssimo preço da fama e da estrutura mental necessária para conviver com a perseguição mediática. Após grandes baixios de imagem pública, o chamado «King of Pop» (Rei da Música Popular) preparar-se-ia bem acima do limite humano para dezenas de concertos, de duas horas imparáveis de dança. A fasquia seria muito alta, a medicina terá atenuado as dores da exigência dos compromissos, a fragilidade acrescentada nos últimos anos tornaram desumana a tarefa. De entrevistas do próprio Michael Jackson gravadas e dadas nestes dias ressalta uma surpreendente pequenez de uma tão grande vedeta da música capaz de entupir as redes da internet.
3. O seu “nome” tornou-se imensamente maior que a sua pessoa humana. O fenómeno global a que quanto mais se foge – de fotógrafos, fãs ou de casos de escândalo lançados sobre si… (?) –mais se é perseguido, fala-nos de uma tremenda factura que se paga, quando a estrela já não pode respirar em liberdade mas é escrava da sua condição. A música fica, o mito nesta morte adensa-se. A história da vida, fala…
Alexandre Cruz

Férias em tempo de crise

Dois livros como sugestão de leituras
Penso que o conhecimento do nosso passado, que tanto nos enche de orgulho, deve ser intensificado. Só amamos verdadeiramente o que conhecemos bem. O ilhavense Senos da Fonseca escreveu uma obra, “ÍLHAVO - Ensaio Monográfico”, com diversas pesquisas, estudos e informações, sobre terras ilhavenses, que merece ser mais lida. Também dois gafanhões, da Gafanha da Encarnação, Maria Donzília Almeida e Oliveiros Louro, publicaram recentemente “Língua e Costumes da nossa Gente”, que nos convida a recordar cenas da infância do nosso povo mais velho. Afinal, são dois livros que podem ajudar a passar umas boas horas ou dias das nossas férias.

Um poema de Orlando Figueiredo

VIAGEM 

Sabes o caminho não sabes os passos 
Como uma criança 
os teus olhos buscam 
a rota dos pássaros 
no céu 
Cabeça erguida 
sorvendo o vento 
no deserto 
Não sabes os passos 
apenas a rota dos pássaros 
no céu 
a estrada aberta pelos veleiros 
entre azul e neblina 
Não sabes os passos 
sabes o caminho do vento 
O deserto é o orvalho das noites 

Orlando Jorge Figueiredo 25 de Junho 2009

domingo, 28 de junho de 2009

Dia um tanto ou quanto desagradável para o meu gosto

Maria Filomena Mónica mostra
um sentido crítico muito apurado
O dia está um tanto ou quanto desagradável para o meu gosto. Isto é, não me aconselha a sair de casa. Aliás, é aqui que sinto a intimidade do meu mundo muito especial. Se não dá para sair, dá para ler e ouvir música. O livro que me ocupou um tempinho, e que vai continuar a ser lido, numa perspectiva de viajar com a autora, tem por título “Passaporte – viagens 1994-2008” e foi escrito pela socióloga Maria Filomena Mónica. Para já, fui com ela ao “Islão Ibérico”, revisitei “Lisboa”, fui a “Fátima fora de horas”, participei numa “Viagem ao fim da pátria” e andei com ela pela terra dos seus avós. As outras viagens ficarão para um dia destes. Permitam-me que sublinhe o poder descritivo e a cultura multifacetada de Maria Filomena Mónica, sempre com o sentido crítico muito apurado. Porque não quero ocupar, de forma alguma, o lugar dos críticos, apenas refiro que é um livro que se lê com gosto. O leitor, quer queira quer não, sai normalmente enriquecido com obras destas: recorda factos, passa pela história já um pouco esquecida e aprende muito do que ela revela e descobre por onde viaja. Com naturalidade, com conhecimentos que escapam ao comum dos mortais, com saber, com olhar atento. O leitor pode não concordar com a visão que ela tem do mundo, com as apreciações críticas por vezes contundentes, mas, no fundo, dá sempre gosto ler Maria Filomena Mónica. FM

FÉRIAS EM TEMPO DE CRISE: Importa descobrir o nosso concelho

Costa Nova em tempo de férias

FÉRIAS ECONÓMICAS: Não há nada como aproveitar o que a terra oferece

Para umas férias económicas em tempo de crise, não há nada melhor do que aproveitar o que a terra oferece, tanto em termos de festas dedicadas aos padroeiros das paróquias, como no âmbito das organizadas pelas autarquias e instituições culturais, recreativas ou desportivas, com larga aceitação junto das populações. O nosso concelho, como é sabido, tem quatro freguesias, as quais abrangem seis paróquias, estando garantido que haverá festejos em todas elas. Depois, a Câmara Municipal não deixará, à semelhança do que tem acontecido nos anos anteriores, de oferecer ao povo diversos espectáculos, uns mais populares e outros de nível artístico mais elevado. Para todos os gostos, diga-se de passagem. Mas Ílhavo tem muito mais para dar. Importa, pois, descobrir o nosso concelho em tempo de férias. Permitam-me que sugira visitas ao Museu Marítimo de Ílhavo e ao Museu da Vista Alegre, que nos dão o prazer de apreciar raridades nem sempre conhecidas do nosso povo. O Centro Cultural da sede do concelho continua a programar espectáculos dignos da nossa melhor atenção, para todas as idades e para todos os gostos. Há festivais de Folclore que são, normalmente, excelentes motivos para recordarmos o viver dos nossos antepassados. E poderão ser, ainda, um forte estímulo para a nossa juventude, de todas as idades, se dedicar ao estudo do nosso passado histórico, com tantas estórias para contar e para divulgar. Se quiser dedicar um dia à cidade maruja, não deixe de apreciar alguns edifícios de Arte Nova e diversos recantos das nossas paisagens naturais. No mês passado sugeri a frequência da Praia da Barra e hoje viro-me para a da Costa Nova. A primeira mais para os gafanhões e a segunda mais para os ílhavos, por razões criadas ao longo dos tempos e que nem sempre se compreendem muito bem. Lembro ainda que o Jardim Oudinot deve continuar a ser visita obrigatória para toda a gente das terras ilhavenses, com programação a condizer com o Verão que já nos aquece, e de que maneira! Fernando Martins