sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Afinal somos felizes

Jovens felizes (foto do meu arquivo)
Segundo uma sondagem publicada na revista Visão, 73,5% dos portugueses consideram-se felizes. Afinal, com tantas crises por tantos apregoadas, os nossos compatriotas ainda conseguem sorrir e ser felizes no dia-a-dia. Assim é que é! Vale a pena acreditar que, apesar-de tudo, não nos faltam razões para estarmos de bem com a vida. Claro que há sempre, como sempre houve, os Velhos do Restelo, que só se sentem bem a pregar desgraças e a descrever dramas, que os há, sem dúvida. Mas o que há de bom não supera os maus agoiros? Digam lá se é assim ou não!

Aventuras de um Boxer...

É o cão mais bonito desta Aldeia Global e... Arredores! Poderá parecer hiperbólica esta afirmação, mas corresponde ao sentimento que a sua dona, extremosa e cheia de orgulho, nutre por esta criatura. De pêlo tigrado e ostentando um aspecto feroz, numa “cara” de poucos amigos, cumpre na íntegra os deveres de que está acometido: anfitrião e segurança da “mansão” vitoriana, na apreciação ternurenta dum amigo da casa. Aquela casa tem mística! - reafirma o mesmo, incluindo o protagonista da história que vai ser narrada. Com efeito, recebe um tratamento principesco, numa família de acolhimento que o considera parte integrante da mesma. Em afecto, em partilha criativa, em amizade, quase devoção pelos donos, em nada se distingue dos seus pares humanos. Em educação, faz inveja a muitos progenitores que têm alguma dificuldade em inculcar regras e valores à sua prole. Vive num espaço amplo, um jardim, sem limites, nem prisões, nem interdições de espécie nenhuma. Come em prato próprio, bebe de uma larga taça, que apenas não evoluiu como as de champanhe, para flute! Precisa de ampla superfície para que a língua lhe possa fazer os movimentos necessários ao sorver da água. Para comer... já sabe! Sentadinho, pois é assim que fazem os meninos! E... esperteza, inteligência sem par! Percebe a ordem para sentar-se, em qualquer uma das línguas que a dona fala; em todas, o significante contém um som sibilante, o que contribui para uma rápida e pronta interiorização do significado. É um cão poliglota, como já o apodou a amiga da dona, também ela falante de “n” línguas! Um cão exemplar! Um cão que obedece, sem contestação às ordens da dona, tanto no que se refere à postura à mesa, como, quando se insinua com o seu “casaco de pele”, através do vidro fosco, da porta da cozinha. Enquanto era bebé, antes de ter interiorizado as normas de conduta e etiqueta(!?), raspava na porta, como qualquer cão rafeiro... antes de sofrer a metamorfose da Educação Cívica! E... em termos de dedicação... ah... é exclusivo da dona! Se alguém partilha com ela esse dom generoso da afectividade do canino, isso não lhe retira o direito de exclusividade! Tem esta qualidade suprema, apanágio de... só alguns humanos! Nunca trocou a dona, por algum petisco que lhe tenham oferecido, na rua, em qualquer passeio, contrariando o velho aforismo, ”Fraco é o cão a quem se dá o osso e o rejeita!” E faz inveja a quantos o olham com desdém e o amofinam: - Vida de cão! Quantos dariam por ter só uma diminuta fracção dos mimos e afagos que a dona lhe dispensa! Até o estragas com mimos! -Chega a ouvir das pessoas amigas que se espantam com o nível de aquisições comportamentais adquiridas, numa ainda jovem e buliçosa vida! Mas o que mais espanta a quantos o conhecem e às visitas da casa é o conhecimento perfeito e o autodomínio demonstrado, perante a demonstração de liberdade e autonomia, concedidas pelos donos, bem conceptualizadas, num cerebrozinho de canino sobredotado!!! Vivendo em plena liberdade, como referido atrás, enfrenta a cancela totalmente franqueada, sem se evadir para o exterior, como uma prova bem clara da sua confiança e maturidade(!?) É um adulto, consciente dos seus deveres de guardião e membro da família, demonstrando um apurado grau de responsabilidade! Nem as cadelinhas insinuantes, que passam em matilhas, na rua adjacente, o conseguem demover dos seus votos de fidelidade!? Não fosse a excepção confirmar a regra, levaria a dona a afirmar com propriedade: - Quanto mais conheço os homens, mais gosto do Boris!!
Mª Donzília Almeida

SCHOENSTATT: Festival da Canção-Mensagem

Há anos, o Festival da Canção-Mensagem, uma iniciativa da Juventude Masculina de Schoenstatt, fez furor na Gafanha da Nazaré e arredores. Movimentava muita juventude, de todas as idades, e o salão da nossa igreja matriz estava sempre replecto de claques que aplaudiam as suas canções favoritas. Fiz parte do júri, em algumas edições, e lembro bem os aplausos e os protestos que se seguiam ao festival. Bons tempos... Leia mais aqui.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mais um livro de Mons. João Gaspar

“Aveiro – 2009 – Recordando Efemérides”
Depois de amanhã, sábado, pelas 17.30 horas, no Museu da Cidade, será feito o lan-çamento do mais recente livro de Mons. João Gaspar, da Academia Portuguesa de História e com inúmeros trabalhos publicados. O livro que agora foi dado à estampa, intitulado “Aveiro – 2009 – Recordando Efemérides”, é mais uma obra que nos convida a revisitar a história de terras e gentes aveirenses, pelo que vai ter, forçosamente, largo sucesso. Como novidade, faz recuar a data de baptismo de Aveiro para 922, destronando assim o ano 959, até agora considerada a data da primeira referência à cidade dos canais, da responsabilidade de Mumadona Dias, que por aqui possuía marinhas de sal. Na próxima semana, voltarei ao assunto, com mais pormenores, obviamente.

Sinais de Primavera

Oficialmente ainda estamos longe da Primavera. Só lá para 21 de Março é que ela nos vai brindar com a sua alegria. Mas não há dúvida de que a Primavera quer mesmo chegar. Porque deve estar a sentir quão desejosos estamos de a usufruir. Olhando para as árvores e arbustos, as cores primaveris aí estão, cheias de pujança.

A Corrupção Compensa

Esta semana um empresário de Braga foi condenado por corrupção activa. Trata-se da conclusão de um julgamento na primeira instância, logo a sentença ainda poderá ser alterada em tribunais superiores. Curiosa foi a pena aplicada ao crime: 5 mil euros de multa. Ou seja, uma ninharia para um negócio de milhões. A explicação jurídica para esta desproporção está em não ter sido provado que a tentativa de corrupção se destinava a que o alvo dela (o vereador da Câmara de Lisboa Sá Fernandes) praticasse um acto ilícito, mas apenas que exercesse a sua influência no sentido de uma decisão camarária lícita. Parece que até há uma década um acto deste tipo nem sequer seria criminalizado. Sejam quais forem as justificações legais para esta surpreendente decisão judicial, a verdade é que estamos perante um absurdo. Ou, se quisermos, um incentivo à corrupção. É que, com estas leis, a corrupção compensa quando estão envolvidos negócios de muito dinheiro. A dramática crise da justiça portuguesa também decorre de leis insensatas e mal feitas. Francisco Sarsfield Cabral In RR

Que sentido para um debate "Prós e Contras"?

DEBATER NÃO É O MESMO QUE DIALOGAR
Debater não é o mesmo que dialogar. Quem debate quer vencer o outro. Quem dialoga quer enriquecer-se com a partilha e o contributo do outro. O debate tem claque a bater palmas. O diálogo não a tem, nem a quer. O debate dá-se bem com o barulho. O diálogo quer silêncio para pensar e interiorizar. Debate-se na praça pública, dialoga-se no deserto fecundo e fértil. No debate, opõem-se ideias e convicções. No diálogo, somam-se parcelas de verdade, para uma verdade maior e comum. No debate, extremam-se campos e sobem-se muros. No diálogo, abrem-se frechas por onde passe a luz e se possam dar as mãos, até se chegar, de vez, ao derrube de fronteiras. A vida de todos os dias mostra que é mais fácil debater do que dialogar, porque no debate se procuram louros e adeptos, ao passo que no diálogo se procura a união, para se usufruir um património que a todos pertence, mas que ninguém o tem por completo, nem o tem para si próprio. A sociedade caminha mais com o diálogo. Divide-se mais com o debate. O diálogo exige humildade e respeito por quem é diferente, condição indispensável numa sociedade plural. O debate tem raízes de suficiência e o outro é sempre um adversário a vencer ou a abater. Quando em gente diferente se contrapõe a vontade de dialogar com a vontade de vencer, o caminho comum torna-se impossível. Então, a vontade parece não ser mais de se ir em conjunto para onde todos se sintam bem, mas ir para um destino, onde alguns não têm lugar ou são rejeitados na coabitação com os diferentes. De vez enquanto, e segundo os temas, ouço o ”Prós e Contras”, àquela hora horrível que leva a pensar que se trata de um programa à segunda-feira para quem não trabalha na terça. É um programa com algum sentido para se poder apreciar a realidade da nossa sociedade, mas que não leva, normalmente, a outras conclusões. Cada um está na sua e procura impor a sua. Se aparece algum interveniente que julga que vai para dialogar, onde se respeite e seja respeitado, depressa se desilude e torna-se um rotulado, a quem se despreza ou se aplaude. Observar, até onde possa chegar o nosso olhar, as partes em debate ou que assistem ao mesmo, não difere da observação de um jogo de futebol com equipas em luta e claques de apoio a gritar a toda a hora, sem que o árbitro as possa calar. Mas futebol já temos que chegue. Nunca, e menos ainda em democracia, se podem canonizar opiniões, apreciar o valor das mesmas pela imposição do maior número ou pela frequência e tempo dos aplausos. A história desmonta serenamente os absolutismos pessoais e de grupos, as vitórias fictícias, o poder esmagador dos poderosos que acabam débeis, porque o tempo os foi fragilizando inexoravelmente. Por isso, ela é mestra de vida para os que lhe estão atentos e dela não recordam apenas datas, anedotas, páginas do seu agrado. O valor de um povo reside no respeito que cada um tem pelos outros, pelos valores culturais comuns, pelo que história de todos foi e vai ensinando. Donos absolutos, só à custa de um povo esmagado ou amordaçado. Seja nos debates televisivos, seja nos debates parlamentares, seja nas leis feitas de costas para o bem comum, seja na persistência em impor valores e substituir ou contrapor culturas, sem ver o que têm de válido para integrar ou de espúrio para pôr de lado. Se nem este juízo for claro, o caminho para discernir, com um contributo alargado e objectivo, será o do diálogo, não o do debate das ideias fixas e das razões que não aceitam outras. Não será já tempo de “Prós e Contras”, mesmo com o favor das audiências, se avaliar sobre se o seu contributo social é positivo ou negativo? Sobre se educa um povo, ou se vai cavando fossos em vez de lançar pontes? Sobre se o debate ali feito fomenta ou não a aprendizagem do diálogo, necessário ao país para poder ir mais além? António Marcelino

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