Foi atribuído ao Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja (DPHADB) o Prémio Vasco Vilalva, no valor de 50 mil euros. O presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Rui Vilar, que se deslocou à pousada de S. Francisco para fazer a entrega do prémio, sublinhou o trabalho levado a cabo pela Diocese de Beja, acrescentando que se trata, sem dúvida, de um "exemplo que outros deviam replicar no país".
Apesar de ser a diocese mais pobre e desertificada de Portugal continental, foi possível fazer um levantamento histórico e artístico, graças ao esforço e à dedicação de José António Falcão, que aceitou o desafio que lhe foi dirigido pelo bispo D. Manuel Falcão, que criou o DPHADB, em 1984.
A partir do inventário feito e da recolha e preservação de inúmeras peças de arte sacra, já houve diversas exposições, tanto em Beja como no País e até no estrangeiro.
Esta minha referência tem como únicos intuitos enaltecer o esforço realizado em Beja e estimular, se é que tal é possível neste meu recanto, outras dioceses e paróquias a seguirem as pisadas daquela diocese alentejana.
Sei que uma tarefa como esta implica o envolvimento de gente habilitada e com paixão pelo património histórico e artístico. Contudo, se cada paróquia conseguisse avançar com o seu inventário, seguindo normas básicas ligadas a estas ciências, talvez fosse um grande passo para um trabalho mais completo a nível da nossa Diocese de Aveiro.