sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Um Livro de Georgino Rocha

Na abertura solene do ano académico do ISCRA (Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro), a 8 de Novembro, no auditório do Seminário de Santa Joana Princesa, vai ser apresentado o mais recente livro de Georgino Rocha - “Paróquia e unidades pastorais”. A sessão terá lugar às 11.30 horas e sobre a obra falará o Prof. Doutor Manuel Alte da Veiga, membro do Conselho Científico daquele Instituto Superior. Este livro de Georgino da Rocha, padre da Diocese de Aveiro, Pró-Vigário Geral, Assistente da Comissão Justiça e Paz e da Comissão da Cultura, vem na sequência de um conjunto de artigos publicados no “Correio do Vouga”, entretanto revistos, oferecendo matéria mais do que suficiente para uma reflexão aprofundada de todos os que vivem a problemática paroquial e, ainda, dos que vão experimentando as unidades pastorais, com todos os desafios que elas comportam. Sobretudo - sublinhe-se - face às exigências dos tempos actuais e às dinâmicas que se impõem no âmbito da nova evangelização. A paróquia mostra-se neste trabalho de Georgino Rocha sob várias perspectivas, partindo da sua necessidade e suficiência até se abrir ao futuro com confiança, passando pela sua missão na Igreja e pela importância da comunidade cristã na sociedade pluralista e solidária. A vida comunitária e as comunidades que existem, o arciprestado na estrutura eclesial e a realidade das unidades pastorais, com inovadora configuração, são outros tantos capítulos dignos de meditação dos fiéis e de todos quantos se debruçam sobre temas pastorais. No fundo, trata-se de um contributo pedagógico que surge na altura da implementação do Plano Diocesano de Pastoral, o qual, sem menosprezar a paróquia, convida a abrir os horizontes para além dela, a começar pelas unidades pastorais e a centrar-se no arciprestado.
Fernando Martins
NOTA: Pela importância desta obra, em breve voltarei ao assunto.

Poesia na Biblioteca Municipal de Aveiro

O Grupo Poético de Aveiro vai realizar um Recital de Poesia na Biblioteca Municipal de Aveiro, dia 7 de Novembro, sexta-feira, pelas 21h30m, aberto a todos os amantes da poesia, em especial, e da cultura, em geral. Tendo por tema “Os Quatro Elementos”, o Grupo Poético conta com Jorge Neves e José Jerónimo Ferreira, que dirão os poemas escolhidos.

Sabia que...

Sabia que a caixa mágica a que chamamos Multibanco surgiu em Portugal em 1990? É verdade que começou antes, concretamente em 1985, mas estava acessível a muito pouca gente. Mas a caixa que dá dinheiro e nos permite, hoje, fazer os mais diversos pagamentos, quase sem sair de casa, tem, apenas, entre nós, 18 aninhos. E tão importante se tornou que ninguém consegue, nos dias apressados em que vivemos, passar sem ela. O mundo, realmente, sempre nos oferece cada coisa...

EUA: Votem depressa!

A democracia é, de facto, o sistema político que mais convence. Diz-se que é, de todos, o menos mau. Mas é o único em que o povo decide. Bem ou mal, mas decide. As eleições para a presidência dos EUA, até ver o mais poderoso país do mundo, são um exemplo concreto da participação popular na escolha do Presidente. Norte-americanos e todo o mundo vivem intensamente as eleições presidenciais. Nem sei como é que os patrícios do Tio Sam conseguem trabalhar naquele ambiente escaldante que as televisões nos mostram. Tão escaldante que chegamos a sentir aquilo como coisa nossa. Por cá, por Portugal, estou em crer que a maioria votaria Obama. É o mais aberto, mais simpático, não tem nada a ver com as guerras em que se envolveu Bush, é um jovem com carisma. McCain não mostra vitalidade, transposta às costas os erros dos republicanos, não goza da simpatia do mundo. Eu, que votaria Obama, não deixo de recear que por lá o racismo fale mais alto na hora da verdade. A luta vai ser dura até à abertura das urnas e da decisão final dos delegados em assembleia de tira-teimas. Mas, por favor, resolvam isso depressa. O mundo tem muitos e graves problemas. Não podemos passar a vida a olhar para os candidatos a presidente dos EUA. Temos mais que fazer! FM

Diáconos Permanentes em festa

5 – Ordenação dos primeiros diáconos permanentes 

A ordenação dos primeiros diáconos permanente aconteceu na Sé de Aveiro, a 22 de Maio de 1988, Dia de Pentecostes. Templo cheio, com o presbitério diocesano e familiares e amigos dos candidatos. Presidiu, obviamente, D. António Marcelino, Bispo de Aveiro, estando presente D. Manuel de Almeida Trindade, Bispo Emérito desde 20 de Janeiro de 1988.
À homilia, D. António Marcelino lembrou aos candidatos, em especial, e à comunidade diocesana, em geral, que “o diaconado permanente é na Igreja o serviço da caridade, institucionalizado oficialmente. Da caridade no seu sentido mais largo, exprimindo a alma de todo o serviço que a Igreja deve ao mundo e aos homens concretos”. E sublinha: “Embora podendo realizar todas as ações eclesiais – proféticas, litúrgicas e caritativas – compatíveis teológica e canonicamente com o grau sacramental recebido, o diácono é chamado a ser hoje, como servidor, um agente ativo de mudança e de evolução pastoral, na procura de formas novas de a Igreja responder a novos problemas e a novas situações. Ele não é ordenado para ser um simples executante de tarefas.
A sua maneira de viver, no dia-a-dia, a missão concreta que lhe foi confiada, tem repercussões diretas sobre a orientação que a mesma missão diaconal irá tomando no futuro, tanto para si como para a Igreja diocesana.” Tendo em consideração que os diáconos permanentes, como reza o Ritual da Ordenação, “Devem em tudo comportar-se de modo tal que sempre neles se reconheçam verdadeiros discípulos de Cristo, que veio para servir e não para ser servido”, D. António Marcelino frisou que os diáconos permanentes “não vão ser mini-padres nem leigos promovidos”, pois “este ministério ordenado tem a sua especificidade própria, a qual tem muito que ver com o fermento novo que o Espírito de Deus vai colocando de muitos modos no seio da Igreja, para a tornar mais evangélica”.


Fernando Martins

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Toda a gente deve dinheiro

Sarsfield Cabral, director de Informação da Rádio Renascença, lembra o que todos eventualmente já sabem: "Toda a gente deve dinheiro: o Estado, as empresas, as famílias e os bancos, que têm de arranjar dinheiro lá fora para emprestar no país." Isto significa que uma nova ordem social tem de brotar na actual sociedade, sob pena de se cair num caos de consequências brutalmente incalculáveis. E depois acrescenta: "... não vale a pena ter ilusões. A crise do crédito vai afectar-nos seriamente." E que dizem de tudo isto os "sábios" das economias e das políticas?

(In)Tolerância

Há dias atrás, no dia do aniversário do meu pai, 15 de Outubro, estava eu postada, com o meu velocípede ecológico, nuns semáforos aqui da nossa terra. A minha atenção foi captada por uma imagem insólita, que havia pouco tempo, eu observara, in loco. Refiro-me a uma serpente, desenhada nas traseiras de uma carrinha, numa espécie de círculo envolvente. Era tal e qual as serpentes que eu vira na Índia, usadas pelos encantadores de serpentes, para gáudio dos turistas. Estava no meu imaginário infantil, o relato de histórias das mil e uma noites, com toda a sua carga de exotismo, de maravilhoso, enfim, do mundo da fantasia que povoa as mentes dos mais miúdos. Lembro até aquele episódio da caixinha que comprara com a serpente dentro e com a qual planeara pregar umas tantas partidas aos amigos! Ao passar por um posto de controle da segurança, a agente policial deu um salto de pânico, ao ver a serpente saltar, inopinadamente, do interior da caixa, ali mesmo, na sua mão. - Então, eles não sabem o que se vende no seu país? Observou alguém do grupo. Eu ria a bandeiras despregadas, lá no meu íntimo, a desfrutar já, as brincadeiras que iria fazer com o brinquedo! Estava eu nesta contemplação, quando ouço uma buzina mesmo atrás de mim. Não dei importância, pois achei que a bicicleta estava bem estacionada atrás da carrinha e segura pela minha mão, no “volante”! O ruído estridente fez-se de novo ouvir e aí eu voltei-me e reparei: estava uma senhora, (‘inda por cima) a protestar e a gesticular com o carro à minha frente que não avançava, depois que o semáforo mudou para verde. Na verdade, desde que me detive na observação da serpente, que me apercebera que quem seguia à minha frente, era um casal de Alemães. A letra D, inscrita no lado esquerdo do carro, dera-me a informação. Que conclusão tirei? É a letra D de Deutscland; obviamente…..ninguém teria escrito ali, o meu nome!!! Eu tive o privilégio de alargar os horizontes do meu conhecimento e aquele que nesse dia completou 89 anos, muito contribuiu para isso! Rendo-lhe aqui homenagem e o reconhecimento do grande investimento que fez em mim. Estou a colher os dividendos de todo o esforço e sacrifício despendidos. Em relação àquela senhora, lamento que a sua ignorância, a tenha feito ser indelicada. Deu uma má imagem dos Portugueses e perante a hesitação manifestada na estrada por um estrangeiro, só me ocorre dizer: só o ignorante é intolerante!
Madona