quarta-feira, 8 de outubro de 2008

NOA no Centro Cultural de Ílhavo, esta noite

Leitor amigo, o Carlos Ramos, foi esta noite assistir ao concerto de NOA, cantora israelita, manifestando o seu agrado "por um concerto magnífico" que teve a oportunidade de aplaudir na sua "primeira ida ao Centro Cultural de Ílhavo". E acrescenta: "Conheço o trabalho musical desta israelita, desde 1997, e nunca pensei assistir a uma sua actuação e trocar umas breves palavras com ela, tão perto de casa". Salientou também "a mensagem de agradecimento que leu em português, bem como o desejo de paz e diálogo entre os povos", o que empolgou e "emocionou toda a assistência, tendo sido, por isso, aplaudida de pé". O Carlos Ramos ainda me sugeriu a divulgação de uma interpretação de NOA. Obrigado, meu caro. Aqui fica a tua sugestão, num bonito gesto de partilha.
FM

Uma Nova Ordem Mundial?...

Será que esta crise vai unir os povos na construção de uma Nova Ordem Mundial?

Desafios à nossa imaginação

A IM Magazine é uma revista que vive o propósito de mostrar "O melhor que se faz no mundo para um mundo melhor". Não sei se os meus leitores têm o hábito de aceitar as minhas propostas, que vou apresentando aqui ao lado. Umas mais felizes do que outras. Porém, todas válidas, pelos projectos que comportam e pelos conteúdos que nos oferecem. Há muitas outras, mas ainda não tive tempo de as pôr no meu blogue. Contudo, prometo que continuarei a pesquisar, para poupar tempo aos meus leitores. Hoje sublinho, pois, IM Magazine, na esperança de que a visitem...

Filarmónica Gafanhense

172 ANOS AO SERVIÇO DA CULTURA MUSICAL
Eu não sei se muitos gafanhões sabem que a Filarmónica Gafanhense vai completar 172 anos de existência. Mas é verdade. No dia 11, sábado, essa efeméride vai ser condignamente celebrada. Penso que nem sempre damos o devido valor às nossas instituições, sejam elas de carácter cultural, social, desportivo ou religioso. Mas devíamos fazê-lo, porque elas são o exemplo mais expressivo do entusiasmo dos nossos antepassados. Se eu pudesse consultar o historial de cada uma, para registar datas importantes das suas vidas, não deixaria de as divulgar, para que servissem de estímulo a quantos esperam que sejam só os outros a trabalhar para a sociedade. No sábado, pelas 16 horas, vai haver uma romagem ao cemitério da Gafanha da Nazaré, para homenagear os antigos músicos da banda. Às 18 horas, na igreja matriz, vai ter lugar uma eucaristia solene, acompanhada pelo coral da banda e pela Orquestra da Filarmónica Gafanhense. Pelas 21.30 horas, será a vez de um concerto musical no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, com apresentação da Banda Juvenil, Orquestra Jovem, Banda Filarmónica e Grupo Coral.
FM

O Fio do Tempo

Escutar e agir a «Palavra»
1. Está em realização, em Roma, o Sínodo dos Bispos dedicado à «Palavra de Deus». O encontro mundial dos líderes das comunidades cristãs das Igrejas locais, também com participantes da comunidade judaica, é um acontecimento eclesial preparado e abrangente. Bem interpretar, aprofundar o sentido, sentir a «Palavra» como elo gerador de laços de verticalidade e horizontalidade, é dinamismo essencial que, pela sua riqueza, se manifesta em ecos sociais como pluralismo, tolerância, construção de paz. Nesta linha, cumpre apreciar o sentido da escuta sempre mais apurada em diálogo com os «sinais dos tempos», uma procurada rica vivência teológica. 2. É um facto culturalmente incontornável que a experiência de Abraão (há sensivelmente 3850 anos), como atitude itinerante de procura de sentido para a vida, marcou também a essência das raízes do Ocidente, com valores que se foram aprofundando e abrindo no sentido da liberdade histórica com códigos comuns em Moisés (cerca de 3250 anos a.C.) e na unidade comunitária ideal conquistada pelo Rei David (há 3000 anos). Se hoje falamos de dignidade humana em democracia, e das noções a elas pertencentes como a paz, fraternidade, justiça, amor, toda este conjunto de valores referenciais das sociedades actuais têm na viagem bíblica também a sua alavanca significativa. 3. As Mensagens e os Valores não são um dado instantâneo, como se fosse um processo «dois em um». Precisam de ser aprofundados, meditados, reflectidos. Apagar a memória histórica que nos precedeu e garantiu a preservação de um conjunto de valores e princípios será a mesma coisa que deitar a perder o tesouro dos pilares de um edifício. Acreditar que «tudo o que sobe converge» (Teilhard de Chardin) ajudar-nos-á a compreender que neste caminho não há dicotomias, barreiras, mas complementaridades. Refrescar-se na «Palavra» superior (de Deus), quer significar subir em existência!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Diocese de Aveiro inicia Ano Pastoral

Igreja Diocesana Renovada na Caridade é Esperança no Mundo
"A Igreja de Aveiro dedicou o anterior ano pastoral ao serviço dos mais pobres. Não se esgotou a nossa missão nem se extinguiu em cada um de nós e na Igreja de Aveiro a generosidade e a caridade. Esta não acaba nunca. O serviço aos mais pobres exige atenção demorada e criativa. Implica proximidade e escuta. Necessita de persistência e de aprendizagem. Procura respostas novas e concretas para problemas novos e para pessoas concretas, únicas e irrepetíveis. É necessário ir ao coração dos problemas sociais para proteger os mais frágeis e promover a sua dignidade, fonte essencial de um novo olhar e de um novo agir. Um olhar e um agir guiados e iluminados pela esperança que nos move e que não engana. Contribuir para o bem comum e para a justiça social é responsabilidade de todos: pessoas individuais, Igreja e Estado. A acção da Igreja de Aveiro neste campo, as várias iniciativas programadas, as propostas de formação apresentadas, a Semana Social Nacional a realizar em Aveiro no próximo ano vão certamente intensificar e optimizar tanto bem já realizado e mobilizar toda a Comunidade nesta vanguarda de serviço afectivo e efectivo aos mais pobres. A pobreza não é uma fatalidade nem pode ser uma tirania a subjugar os mais frágeis ou desprotegidos. O bom combate da fé de que Paulo nos fala também é este: contra o mal, contra o pecado e contra a pobreza."
Da Comunicação de D. António Francisco na apresentação do Plano Pastoral, que decorreu no Seminário de Aveiro, na tarde de 5 de Outubro de 2008

O Fio do Tempo

A identidade da “regulação”
1. Sem dúvida que um novo cenário de mundo vai emergindo. Com mais intensidade que a dialéctica natural da história, em que mesmo com os arrepios das contrariedades vai crescendo na dinâmica da ascese, a certeza é que os tempos actuais são de recapitulação. Esta, por si, costuma ser redefinidora das ideias e das práticas. Já não há dúvidas que nada será como dantes. Os factores em jogo nesta crise internacional, quase um 11 de Setembro da economia em que todo o mundo está em rede, farão dela o centro de muita reflexão sobre como nos relacionamos com os factores socioeconómicos neste início do séc. XXI, na contagem ocidental. 2. O ajustamento em curso terá na palavra «regulação» o novo «eixo da roda» em torno do qual o futuro próximo se vai desenhar. A releitura do séc. XX, no diálogo (agora mais serviçal que bélico) dos dois sistemas de mundo, terá a oportunidade de procurar a síntese. Se salta à ribalta real o falhanço da completa liberdade na «lógica de mercado», esta, na justa análise adulta e honesta, não pode fazer esquecer que as lógicas estatizantes aprisionam a fluência saudável, necessária e natural das trocas de bens. É oportuno fazer lembrar a palavra dos sábios. João Paulo II quando lançava o olhar crítico sobre o comunismo destacava também as falácias do capitalismo, quando desregrado. 3. O desafio da ética económica é o novo imperativo que se ergue. Até agora também o foi na teoria; mas agora na prática. A confiança a recuperar não assentará mais na especulação mas na credibilidade, e esta conquista-se na ética da intocabilidade dos deveres comuns. Também pode brotar o perigo da «regulação» insubstituível dos Estados (que falhou porque as economias assim ditaram…) vir a significar controlo ou mesmo domínio. É uma fronteira difícil mas essencial a ressituar. O pior de tudo que poderia provir era o retorno dos paradigmas estanques. A verdade está no «meio» mas não abdica da ética universal. De todos!