sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Grandes Veleiros no Porto de Aveiro


No dia 20 de Setembro, o Porto de Aveiro vai registar a passagem da Regata Internacional dos Grandes Veleiros, integrada nos festejos dos 500 anos do Funchal. A iniciativa é da Câmara Municipal de Ílhavo, que deseja, assim, comemorar os 110 anos da Restauração do Município e os 200 anos da Abertura da Barra de Aveiro. A frota dos grandes veleiros formar-se-á, entre 10 e 13 de Setembro, no porto histórico de Falmouth, na costa sudoeste de Inglaterra, de onde largará para Ílhavo, para uma estadia de 3 dias, de 20 a 23 de Setembro, no Terminal Norte do Porto de Aveiro. Deste porto, os veleiros seguirão para a capital da Madeira, Funchal, para o Festival Náutico e comemorações na Cidade, que ocorrem entre 2 e 5 de Outubro. A realização deste evento é uma organização da Câmara Municipal de Ílhavo em parceria com a Sail Training International e com a Administração do Porto de Aveiro.
Para saber mais, clique em Ponto de Encontro, que tem ao leme a minha boa amiga Marieke

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Grupo Poético de Aveiro num Encontro de Poesia

EL CAMINO DE LA POESÍA
Organizado por las asociaciones culturales República de las Letras (Galicia), Asociación de Escritores y Artistas Españoles (Delegación de Galicia) y L@ Nuov@ Mus@ (Italia), en homenaje a los poetas Xoán y Aurora Vidal Martínez, con la colaboración de la Fundación Cuña – Casasbellas (Galicia) y el Grupo Poético de Aveiro (Portugal). El evento tendrá lugar de 17,00 a 21,00 horas del sábado, día 4 de octubre, en el Café Moderno de Pontevedra, y en él podrán participar y recitar todos aquellos poetas que formalicen su inscripción ante la República de las Letras o L@ Nuov@ Mus@. Los poetas intevendrán en secciones separadas por intermedios musicales. El acto culminará con un concierto del guitarrista italiano Lorenzo Loris Zecchin. Más información: fpoza@yahoo.es

Colégio de Calvão distinguido pela FAPAS

Praia do Areão
O prémio está relacionado com a transplantação, por cerca de 130 jovens, de estorno na praia do Areão
Promovida pelo Núcleo de Ambiente do Colégio Nossa Senhora da Apresentação (Calvão), a actividade relacionada com a protecção dos sistemas dunares, popularmente conhecida por “reflorestação dunar”, acaba de ser distinguida pela FAPAS – Fundo para a Protecção de Animais Selvagens.
Leia o texto de Eduardo Jaques no Diário de Aveiro
NOTA: Só para dizer que os jovens, quando estimulados, são sempre capazes de grandes projectos. Para além da diversão e do estudo, podem dar um contributo importante ao ambiente e à sociedade, como estes o demonstraram. Parabéns.
FM

FESTA DA SENHORA DOS NAVEGANTES

A Festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes vai ter lugar no Forte da Barra, Gafanha da Nazaré, no dia 21 de Agosto. A procissão pela Ria começa às 14 horas, no Porto de Pesca Longínqua, com a alegria dos barcos e barquinhos cheios de gente.
A Festa da Senhora dos Navegantes vai realizar-se no dia 21 deste mês, com a já tradicional procissão pela Ria a dar uma cor diferente aos festejos. Na véspera, no Stella Maris, haverá uma outra festa, comemorativa dos 25 anos da bênção e lançamento da primeira pedra do actual edifício-sede daquele clube da Obra do Apostolado do Mar, seguida de missa. No dia seguinte, domingo, teremos então a festa mais popular, com procissão pela Ria, actuação da Filarmónica Gafanhense e Festival de Folclore, em que actuarão os Grupos de Cantares da Associação Cultural de Azurara da Beira, de Danças e Cantares “Olhos de Água” e Etnográfico da Gafanha da Nazaré. A procissão começa no Porto de pesca Longínqua, pelas 14 horas, seguindo em direcção ao Forte da Barra, depois da passagem sempre esperada por São Jacinto. Segue-se, junto à Capela da Senhora dos Navegantes, a eucaristia, com cânticos dos grupos etnográficos convidados. A actuação da Filarmónica e o Festival de Folclore serão logo depois. A procissão pela Ria de Aveiro insere-se na Regata Grandes Veleiros, comemorativa dos 500 anos do Funchal.

Incoerências o Portugal moderno

O Presidente da República, no direito que lhe assiste, vetou a nova lei do divórcio e deu razões do seu acto. Logo vieram à praça pública pessoas e grupos para protestar e o mimosear com os habituais epítetos. Sempre os mesmos: conservador, reaccionário, travão do Portugal moderno. Os jotas do PS, incontidos aspirantes a cargos políticos, não pouparam as críticas, afirmando à sua maneira que “ninguém nos trava”. O Dr. Louçã, a sonhar com uma coligação que o possa levar ao governo, fez no essencial coro com a vaga socialista. Manuel Alegre, numa aproximação pensada e interessada, disse que “este veto não é só político, mas ideológico e que traduz uma visão conservadora e ultrapassada da vivência e necessidades da sociedade actual”. Frase cuidada a não dizer nada. Pedro Passos, para não espantar a gente nova, também disse sim e não.
No dizer dos mais empenhados em esvaziar o país de compromissos consistentes, negar valor à instituição familiar, pôr debaixo do tapete direitos de alguns cidadãos, fazer dos portugueses uma carneirada abúlica e submissa à qual só se permite dobrar a cabeça aos poderes da maioria democrática, o Portugal moderno precisa do divórcio facilitado, do casamento dos homossexuais, do uso livre das drogas, do aborto sem restrições, da eutanásia a pedido, de cortar com o conservadorismo da Igreja…

António Marcelino

Leia todo o artigo aqui

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O pão com o suor do rosto

Não há duas situações iguais. Mas há algo de comum na mole humana que invade as cidades no final de Verão, nas crianças e jovens que regressam à escola, nos emigrantes que de novo deixam a sua terra, nas aldeias que vêem outra vez partir os visitantes, nas comunidades cristãs que alteram a sua configuração nas celebrações e nas actividades pastorais. Junto a tudo isto o tempo, contado e gerido de outra forma, a disponibilidade para as pequenas coisas, o contacto directo e íntimo com o mar ou a montanha, os sabores da terra que nunca serão transplantados mesmo que se experimentem no local comum de habitação. E a referência ao húmus, à Terra Natal que por qualquer razão difícil de discernir, se deixou, se retoma e abandona com o role de recordações dum passado que tanto se critica e tão ciosamente se ama. E não se trata só da terra. Há pessoas, afectos, linguagens, ambiências, recordações, aventuras e dores comuns, histórias que se contam e só fazem sentido cruzadas pelo olhar de quem melhor compreende todo o cenário da nossa vida. Dir-se-ia que há transparências que só se vislumbram pela linguagem e pressupostos que as histórias comuns constroem. Chega a hora de varrer a nostalgia e começar tudo, quase como se fosse de novo, com um arranque lento e uma espécie de preguiça dolosa que não é mais que o jogo de mudanças na caixa de velocidades que comanda o nosso passo. Tudo isto porquê? Porque se enquadra na nossa ancestral vocação nómada, peregrina, errante, misturada com os complexos acréscimos que as novas urbes, agregados e ferramentas de trabalho nos impõem. E a que o pão de cada dia obriga. Horários, técnicas, meios de transporte, especialização, leis de mercado, aceleração de mudanças, choque de valores, arritmia de transformações, tudo remexe o nosso íntimo e como que altera as leis milenares que nos deram uma forma de viver e conviver. Melhor? Pior? É a história, onde o plano criador e redentor de Deus tem um lugar, uma explicação e uma esperança de que o caminhar do mundo tem a sua dor e a sua grandeza no Génesis em marcha. E não é preciso muito mais para gostarmos de regressar ao trabalho.
António Rego

FÉRIAS: Notas do Meu Diário

FÉRIAS COM ENIGMAS À MISTURA
 
Em férias, é suposto haver dias livres. Livres, significa sem programa pré-definido. No dia 6 de Agosto foi assim, apenas com a preocupação de ler alguma coisa. Levantar cedo, sem correrias, café da manhã tomado na esplanada da piscina, onde jovens de muitas idades vão chegando, mais preocupados em mergulhar ou brincar na água transparente. Jovens com linguajares diferentes, onde pontificava o inglês.
Leitura do jornal de há muitos anos, o PÚBLICO, para tentar perceber o que vai pelo mundo, já que é impossível alhear-me de tudo. Depois, um livro que me ofereceram, que dá para recordar, ou tentar perceber, alguns meandros da nossa história – “Grandes Enigmas da História de Portugal”. Livro recente, com edição da Ésquilo, oferece um conjunto de temas, da pré-história ao século XV. Coordenação de Miguel Sanches de Baêna e Paulo Alexandre Loução. 
No prólogo, somos alertados para um desafio interessante: “Este não é mais um livro sobre História de Portugal. É uma obra onde, a partir de documentos e factos, se divulgam as incertezas e os enigmas que preenchem a nossa História, dando espaço ao leitor para tirar as suas próprias conclusões.” O desafio é curioso, mas não sei se o conseguirei respeitar, pois que há opiniões diversas sobre o mesmo assunto, sempre com argumentos, aparentemente consistentes, mais ou menos. De qualquer forma, pelos capítulos que já li, penso que, mais coisa menos coisa, ficarei quase como dantes. 
Vamos lá agora saber se D. Afonso Henriques era, tal como rezam as crónicas antigas, filho de D. Teresa e do conde D. Henrique… Não há ADN nenhum que nos possa garantir seja o que for. O que sabemos, e isso é indesmentível, é que ele foi um valentão para lançar as raízes da futura pátria portuguesa, independentemente dos pais que teve. Pois é verdade. 
Enquanto a malta nova, de várias idades, mergulhava na piscina, incluindo a minha esposa, filhos e netos, estava eu mergulhado nestes enigmas da nossa história, com um olho no livro e outro neles. E vai mais um capítulo, com textos bem delineados e bem escritos, uns, e outros nem por isso. Uns que se lêem com agrado e outros que me obrigam a virar a página, sobretudo os que andam à volta de esoterismos e iniciações complicadas, de que ainda hoje se fala, sobretudo em torno da maçonaria.
Será que os lusitanos teriam de facto um armamento superior aos romanos e que possuíam o maior e mais organizado exército da época? E D. Afonso Henriques teria realmente mais de dois metros de altura? O Papa João XXI, o único que foi português, teria sido assassinado por ser herético e um curandeiro? 
Ora, meus amigos, durante as férias tive realmente tempo para pensar nisto. E que conclusão tirei? Se calhar fiquei a saber o que já sabia: que a história de Portugal, como outras, está cheia de mistérios, reais uns e inventados outros. Porque era preciso criar mitos. Haverá alguma história no mundo que os não tenha?

Fernando Martins

6 de Agosto