Celestino Almeida, director do Centro Distrital da Segurança Social de Aveiro, afirmou ontem, numa tertúlia organizada pela concelhia do Partido Socialista, que o município de Ílhavo tem carências a nível de apoios para idosos e para jovens deficientes, segundo li no “site” da Rádio Terra Nova. Nesse sector, garantiu, está abaixo da média distrital.
Depois de referir que o concelho não está todo no CASCI (Centro de Acção Social do Concelho de Ílhavo), criado e dinamizado pela saudosa Maria José Senos da Fonseca, Celestino Almeida lembrou que há um longo caminho a percorrer.
De facto, assim é, não obstante o muito que já temos, na área associativa, como respostas a um sem-número de carências. E se nestes sectores há faltas, noutros estaremos, decerto, muito à frente de alguns municípios. Sublinho, contudo, que na área de apoios a idosos está na forja um Lar na Gafanha da Encarnação e, em Ílhavo, um Hospital de cuidados continuados, para além de diversos projectos, um pouco por todo o concelho. Atrever-me-ia a dizer que, nas comunidades, não falta vontade para avançar. Assim o Estado se disponha a ajudar e a estimular…
FM
sábado, 31 de maio de 2008
Arte Nova
Na Casa Major Pessoa, belo exemplar da Arte Nova, em Aveiro, está patente ao público uma primeira mostra, que vale a pena visitar, sobre a Rede de Cidades Arte Nova. Ontem passei por lá, em especial para ver a casa, mas gostei de ver os painéis alusivos a algumas cidades que ostentam no seu património a Arte Nova.
A Rede Nacional de Municípios Arte Nova foi criada através da assinatura do “Plano de Cooperação Arte Nova”, no dia 17 de Maio de 2006. Integra as cidades de Aveiro, Caldas da Rainha, Cascais, Estarreja, Figueira da Foz, Ílhavo, Leiria, Lisboa, Loures, Porto e Vila Nova de Gaia.
Com esta Rede e com este Plano, pretende-se concertar políticas no âmbito da intervenção no património Arte Nova; enriquecer os trabalhos dos parceiros em rede; contribuir para divulgar a Arte Nova; desenvolver intercâmbios no âmbito da divulgação e preservação; incentivar o turismo nas suas mais variadas formas; e promover actividades para a valorização cultural dos munícipes.
Espero que esta Rede possa levar as pessoas a olhar com outros olhos para a Arte Nova que se distingue na paisagem urbana que temos em algumas cidades. Mas também entendo que, tal como Aveiro vai fazer, todas as outras cidades saibam destinar pelo menos uma casa a um museu que preserve a Arte Nova, que está para além dos edifícios existentes.
FM
A Rede Nacional de Municípios Arte Nova foi criada através da assinatura do “Plano de Cooperação Arte Nova”, no dia 17 de Maio de 2006. Integra as cidades de Aveiro, Caldas da Rainha, Cascais, Estarreja, Figueira da Foz, Ílhavo, Leiria, Lisboa, Loures, Porto e Vila Nova de Gaia.
Com esta Rede e com este Plano, pretende-se concertar políticas no âmbito da intervenção no património Arte Nova; enriquecer os trabalhos dos parceiros em rede; contribuir para divulgar a Arte Nova; desenvolver intercâmbios no âmbito da divulgação e preservação; incentivar o turismo nas suas mais variadas formas; e promover actividades para a valorização cultural dos munícipes.
Espero que esta Rede possa levar as pessoas a olhar com outros olhos para a Arte Nova que se distingue na paisagem urbana que temos em algumas cidades. Mas também entendo que, tal como Aveiro vai fazer, todas as outras cidades saibam destinar pelo menos uma casa a um museu que preserve a Arte Nova, que está para além dos edifícios existentes.
FM
NOTA: Clicar nas fotos para ampliar
PONTES DE ENCONTRO

As intenções do ministro e a realidade do mundo!
De acordo com a Comunicação Social portuguesa, no passado dia 29, do corrente mês, o Ministro da Economia, Manuel Pinho, esteve em Bruxelas, junto dos representantes da União Europeia, para que esta actue “de forma coordenada” para resolver os problemas colocados pela alta dos combustíveis.
“Entendo que os mercados não estão a trabalhar de forma adequada” e “tudo indica que a especulação selvagem tem grande responsabilidade na situação actual”, disse o ministro português junto dos ministros responsáveis pela Competitividade dos 27 países da EU.
Obviamente, que resultados concretos não existem, a não ser o conjunto habitual das banalidades que se vão proferindo nestes casos, sempre cheias de boas intenções e das melhores compreensões para com o problema.
No entanto, na sequência desta iniciativa do Ministro Manuel Pinho surgiram-me algumas questões, ainda que nem todas novas, e que passo a partilhá-las.
Primeiro, porque é que os mercados hão-de trabalhar bem se ninguém parece controlá-los? Salvo algumas excepções, o endeusamento destes tem sido feito, até à exaustão, como o único meio de desenvolvimento das sociedades modernas. Se após o 25 de Abril de 1974 o sector privado, erradamente, era um alvo a abater, hoje é o Estado.
Segundo, não existe especulação selvagem e especulação civilizada, como parece querer dizer o ministro. Há apenas especulação e toda ela é má.
Terceiro, em Dezembro de 2004, ou seja, há cerca de três anos e meio (!), Jean-Claude Trichet, actual presidente do Banco Central Europeu, apelava, na altura, para os mercados funcionarem melhor e que o preço do petróleo não correspondia ao valor normal que resultaria do encontro entre a oferta e a procura, conforme notícia publicada, entre outros órgãos da Comunicação Social, pelo jornal “Diário de Notícias”. Na altura, o preço do barril de petróleo andava aproximadamente nos 40 dólares! Alguém, então, lhe ligou ou fez alguma coisa para saber o que se passava realmente?
Quarto, por isso, é pura hipocrisia e demagogia política aquilo que os responsáveis da política europeia estão a fazer: andarem armados em vítimas e bonzinhos, quando, há três anos e meio (!), pelo menos, nada fizeram para que o choque petrolífero e a especulação, que sabiam estar a acontecer, não fosse tão abrupto e tão longe.
Quinto, toda a gente sabe que descer os impostos (IVA ou ISP) poderá atenuar alguma coisa, mas não acabará com o problema de fundo. Além disso, agravará outros sectores da economia, já que ao tapar o corpo de um lado deixar-se-á, de imediato, outra parte, a descoberto.
Sexto: No caso de Portugal, sobretudo a nível dos transportes terrestres, estamos na periferia dos grandes centos de consumo e distribuição europeus, pelo que somos mais penalizados e não podemos mudar o país de lugar.
Sexto, é bom lembrar que a sociedade mundial foi criada, estruturada e desenvolvida em torno do consumo e da dependência excessiva do petróleo, pelo que o estudo, desenvolvimento e aplicação da chamada eficiência energética foi sendo sempre adiado e mesmo as energias renováveis não irão resolver esta dependência existente.
Sétimo, não se pode dizer à China e à Índia para não comprarem mais petróleo o que significaria recolocar centenas de milhões dos seus cidadãos, outra vez, em níveis de pobreza, quando, hoje, já atingiram patamares que os aproximam dos valores da classe média, pelo que, mais cedo ou mais tarde, vamos vê-los a passear pela Europa.
Oitavo, mesmo que, por hipótese, se conseguisse acabar com a especulação, tal representaria, apenas, um “balão de oxigénio”, não evitando a criação, obrigatória, de mecanismos urgentes e coordenados, que levassem ao surgimento de um novo paradigma político, social, económico e comercial, a nível mundial.
De acordo com a Comunicação Social portuguesa, no passado dia 29, do corrente mês, o Ministro da Economia, Manuel Pinho, esteve em Bruxelas, junto dos representantes da União Europeia, para que esta actue “de forma coordenada” para resolver os problemas colocados pela alta dos combustíveis.
“Entendo que os mercados não estão a trabalhar de forma adequada” e “tudo indica que a especulação selvagem tem grande responsabilidade na situação actual”, disse o ministro português junto dos ministros responsáveis pela Competitividade dos 27 países da EU.
Obviamente, que resultados concretos não existem, a não ser o conjunto habitual das banalidades que se vão proferindo nestes casos, sempre cheias de boas intenções e das melhores compreensões para com o problema.
No entanto, na sequência desta iniciativa do Ministro Manuel Pinho surgiram-me algumas questões, ainda que nem todas novas, e que passo a partilhá-las.
Primeiro, porque é que os mercados hão-de trabalhar bem se ninguém parece controlá-los? Salvo algumas excepções, o endeusamento destes tem sido feito, até à exaustão, como o único meio de desenvolvimento das sociedades modernas. Se após o 25 de Abril de 1974 o sector privado, erradamente, era um alvo a abater, hoje é o Estado.
Segundo, não existe especulação selvagem e especulação civilizada, como parece querer dizer o ministro. Há apenas especulação e toda ela é má.
Terceiro, em Dezembro de 2004, ou seja, há cerca de três anos e meio (!), Jean-Claude Trichet, actual presidente do Banco Central Europeu, apelava, na altura, para os mercados funcionarem melhor e que o preço do petróleo não correspondia ao valor normal que resultaria do encontro entre a oferta e a procura, conforme notícia publicada, entre outros órgãos da Comunicação Social, pelo jornal “Diário de Notícias”. Na altura, o preço do barril de petróleo andava aproximadamente nos 40 dólares! Alguém, então, lhe ligou ou fez alguma coisa para saber o que se passava realmente?
Quarto, por isso, é pura hipocrisia e demagogia política aquilo que os responsáveis da política europeia estão a fazer: andarem armados em vítimas e bonzinhos, quando, há três anos e meio (!), pelo menos, nada fizeram para que o choque petrolífero e a especulação, que sabiam estar a acontecer, não fosse tão abrupto e tão longe.
Quinto, toda a gente sabe que descer os impostos (IVA ou ISP) poderá atenuar alguma coisa, mas não acabará com o problema de fundo. Além disso, agravará outros sectores da economia, já que ao tapar o corpo de um lado deixar-se-á, de imediato, outra parte, a descoberto.
Sexto: No caso de Portugal, sobretudo a nível dos transportes terrestres, estamos na periferia dos grandes centos de consumo e distribuição europeus, pelo que somos mais penalizados e não podemos mudar o país de lugar.
Sexto, é bom lembrar que a sociedade mundial foi criada, estruturada e desenvolvida em torno do consumo e da dependência excessiva do petróleo, pelo que o estudo, desenvolvimento e aplicação da chamada eficiência energética foi sendo sempre adiado e mesmo as energias renováveis não irão resolver esta dependência existente.
Sétimo, não se pode dizer à China e à Índia para não comprarem mais petróleo o que significaria recolocar centenas de milhões dos seus cidadãos, outra vez, em níveis de pobreza, quando, hoje, já atingiram patamares que os aproximam dos valores da classe média, pelo que, mais cedo ou mais tarde, vamos vê-los a passear pela Europa.
Oitavo, mesmo que, por hipótese, se conseguisse acabar com a especulação, tal representaria, apenas, um “balão de oxigénio”, não evitando a criação, obrigatória, de mecanismos urgentes e coordenados, que levassem ao surgimento de um novo paradigma político, social, económico e comercial, a nível mundial.
Vítor Amorim
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Viagens que sonho
Quando leio, vejo ou oiço descrições de viagens pelo mundo, bem contadas, sou invadido pela tristeza e pela certeza da minha dificuldade em ir confirmar, in loco, as belezas retratadas. Há pessoas com sorte na vida. Nesse aspecto, embora tenha passado por alguns países da Europa, nunca pude fixar-me em qualquer deles, uns simples dias, para visitar as memórias das grandes cidades. E em Portugal, que conheço um pouco, ainda estou longe de apreciar, com a profundidade que frequentemente sonho, muitos dos seus recantos.
Não sei porquê, mas a história e a vida dos grandes burgos, como a pacatez das pequenas povoações, sempre me atraíram. Gosto de me confrontar com hábitos diversos, de apreciar marcas do passado, de ver e ler os feitos dos íncolas, de contemplar as paisagens que nos oferecem cores, formas e cheiros variegados. Gosto de experimentar ares frescos e calores que aquecem realmente, gosto de contemplar gentes no seu casario tradicional, de calcorrear ruas sinuosas e rios cantantes, gosto de ouvir o linguajar do povo e de apreciar serranias e planuras, gosto de me quedar, de olhares nos horizontes, numa qualquer esplanada, mesmo com barulho em redor. Mas como sou vivo, graças a Deus, pode ser que um dia destes possa deambular por aí, nem que seja por aqui à volta, para saciar um pouco esta fome de conhecer o nosso mundo.
FM
UA: Curso de Iniciação ao Jazz

As inscrições podem ser realizadas através do endereço http://www.unave.ua.pt, telf.: 234 370 833/4.
D. Ximenes Belo: Cidadão do ano na UA
Como já vendo sendo habitual no final de cada ano lectivo, a CIVITAS Aveiro, com o apoio da Universidade, realiza o Fórum da Cidadania Activa, para apresentação dos trabalhos realizados ao longo do ano pelos alunos de escolas e colégios dos diversos graus de ensino que aderiram ao Projecto «Direitos Humanos em Acção». Do vasto conjunto de actividades agendadas, o destaque vai para o galardão de «Cidadão do Ano 2008», que vai ser atribuído a D. Ximenes Belo, hoje, às 16h20, no Auditório da Reitoria.
A Memória
"Qual montanha que foi crescendo em mim, a memória permitiu-me um olhar crítico sobre o passado. E lá do cimo, ao mesmo tempo que me mostrou panorâmicas a perder de vista, contemplei suor e lágrimas de quem apostou transformar dunas estéreis em terra fértil, à custa de canseiras e de uma determinação exemplar.A memória diz-me que povo aqui se fixou: povo que apostou em vencer, recuando e crescendo, planeando e desistindo; povo que construiu e destruiu até encontrar o ponto certo da sua identidade, marcada pelo mar e pela ria que a foram moldando."
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