Fiquei hoje surpreendido com a morte do Padre Fernandes. Eu sei que todos caminhamos para o fim da vida terrena e que o antigo prior da Vera Cruz, em Aveiro, já estava com idade avançada. Mas a morte, por mais esperada que seja, surpreende-nos sempre.
O Correio do Vouga trouxe-me a triste notícia, o que me levou a recuar no tempo, para recordar muitos encontros que ambos partilhámos ao serviço da caridade cristã e da solidariedade social. Ele na qualidade de presidente do Centro Social Paroquial da Vera Cruz, de que foi fundador, e eu dirigente da Obra da Providência e da delegação em Aveiro da União das IPSS.
O Padre Fernandes foi um sacerdote que se deu por inteiro à Igreja e ao Povo de Deus que espiritualmente lhe estava confiado. Contudo, ele foi, entre nós, um pioneiro da acção social, cuja faceta não pode ser ignorada. E com que entusiasmo se deu à causa das famílias e pessoas que mais precisavam, quando se confrontavam com situações difíceis.
Homem atento, disponível, sempre aberto ao diálogo, dificilmente, porém, aceitou a idade como limite para o serviço da Igreja. Um dia, com aquela alegria no rosto de todos bem conhecida, garantiu-me, com alguma vaidade, que era o decano dos párocos diocesanos. E quando eu lhe sugeri que tinha uma linda idade para descansar, ficou sério e, de dedo em riste, disse-me: “Isso nunca; estarei ao serviço da Igreja até morrer.”
Boa resposta, esta, do Padre Fernandes. Que Deus o tenha na Sua glória.
O Correio do Vouga trouxe-me a triste notícia, o que me levou a recuar no tempo, para recordar muitos encontros que ambos partilhámos ao serviço da caridade cristã e da solidariedade social. Ele na qualidade de presidente do Centro Social Paroquial da Vera Cruz, de que foi fundador, e eu dirigente da Obra da Providência e da delegação em Aveiro da União das IPSS.
O Padre Fernandes foi um sacerdote que se deu por inteiro à Igreja e ao Povo de Deus que espiritualmente lhe estava confiado. Contudo, ele foi, entre nós, um pioneiro da acção social, cuja faceta não pode ser ignorada. E com que entusiasmo se deu à causa das famílias e pessoas que mais precisavam, quando se confrontavam com situações difíceis.
Homem atento, disponível, sempre aberto ao diálogo, dificilmente, porém, aceitou a idade como limite para o serviço da Igreja. Um dia, com aquela alegria no rosto de todos bem conhecida, garantiu-me, com alguma vaidade, que era o decano dos párocos diocesanos. E quando eu lhe sugeri que tinha uma linda idade para descansar, ficou sério e, de dedo em riste, disse-me: “Isso nunca; estarei ao serviço da Igreja até morrer.”
Boa resposta, esta, do Padre Fernandes. Que Deus o tenha na Sua glória.
FM