terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

"Porto de Aveiro – Entre a Terra e o Mar"

Inês Amorim

Farol da Barra de Aveiro


«A história do Porto de Aveiro é, do meu ponto de vista, a história da manutenção da barra – que é um processo difícil de se fazer. Desde 1808, a barra manteve-se no local em que se encontra actualmente, mas a partir das obras de abertura, desenvolveu-se um outro processo para tentar manter esta barra e corrigir alguns aspectos que não foram conseguidos, porque o processo de assoreamento continuou a existir», argumenta a investigadora. «É um processo muito rico, do ponto de vista das relações entre os poderes locais, a população local e os interesses nacionais. Por isso, a história da barra é uma história muito dinâmica», defende Inês Amorim.
Após as investigações realizadas, Inês Amorim garante que a abertura da barra teve «um impacte felicíssimo. Os seis anos, de 1802 a 1808, foram tempos duríssimos e, ao mesmo tempo, períodos de paixões, em que as pessoas ora adoravam o engenheiro responsável pela obra, ora o ameaçavam, porque não se podia fazer sal, nem produzir pão, nem navegar. Não se podia fazer praticamente nada». A autora do livro classifica aquela época como «terrível», cheia de dificuldades, mas ao mesmo tempo extremamente rica. Em plenas invasões francesas, em 1808, o Porto de Aveiro tornou-se num ponto estratégico, passando, por isso, a existir apoio por parte do poder central no sentido de prosseguir com a obra. Tal como conta a historiadora, Luís Gomes de Carvalho, engenheiro, chegava a referir-se à abertura da barra como a um segundo dia da «criação».

Inês Amorim,
autora do livro «Porto de Aveiro – Entre a Terra e o Mar», a ser lançado nas comemorações do 3 de Abril de 2008, bicentenário da abertura da Barra de Aveiro.
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Fonte: Texto e fotos do portal Porto de Aveiro

Semana Cáritas 2008 - até 24 de Fevereiro


ACOLHER A DIVERSIDADE EXIGE A EDUCAÇÃO DO OLHAR

"Os empobrecidos pelo nosso moderno 'estilo de vida nacional' - sempre menos sóbrio, poupado e simples - pululam a olhos vistos nas nossas cidades e vilas. Esses nossos irmãos e irmãs, em situação de vulnerabilidade, são denúncia pública de um sistema económico, laboral e político que, por mais europeu e rico que se queira proclamar ao mundo, se apresenta sempre mais exclusivista, selectivo, competitivo e desigual."
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NOTA: Antes de ler a Mensagem de Eugénio José da Cruz Fonseca, Presidente da Cáritas Portuguesa, para a Semana Cáritas, que está em curso até 24 de Fevereiro, permita-me uma sugestão: Se puder ajude alguém que esteja a passar momentos difíceis, individualmente ou através da Cáritas da sua área de residência. A Cáritas é uma organização da Igreja Católica, vocacionada para apoiar quem mais precisa. Onde houver fome e carências de outra ordem, onde houver catástrofes naturais e perseguições, onde houver deslocados e refugiados, onde houver pessoas a necessitarem de promoção social aí está a Cáritas Internacional. Mas a Cáritas Dioceana e a Cáritas Paroquial também estão, em espírito de proximidade, junto de quem sofre, porventura à nossa porta, sem propaganda e sem alardes.

Na Linha Da Utopia

Maus-tratos, animais!

1. Ainda bem que os novos poderes da comunicação têm a força de acordar para determinados problemas. Desta forma, quantos alertas, ora com excesso ou com defeito, já foram passando à consciência colectiva na defesa dos oceanos, dos rios, das florestas e da Vida. O que sai na televisão ou anda na internet, (nem sempre sendo verdade) em determinadas causas, ganha uma força libertadora com impactos determinantes, mesmo em casos de justiça que envolvem pessoas e cidadãos, na procura despertadora de uma maior consciência respeitadora. É pena, mas é verdade: tantas vezes só desta forma e pelas comunicações sociais alguns problemas obtêm a luz ao fundo do túnel. Quem a este respeito não se lembra de Fernando Pessa (já lá vão uns anos), que na sua “peregrinação” por Lisboa detectava os problemas de tal forma da praça pública que os mesmos obtinham solução imediata. Também hoje assim continua.
2. O caso destes dias que destacamos refere-se aos maus-tratos dados por humanos a animais. A espécie (humana) considerada superior tem os comportamentos mais inferiores... Infelizmente, nada de novo; mas desta vez com impactos novos. Nos Estados Unidos, um vídeo filmado por uma organização dos direitos dos animais denuncia a barbaridade para com animais bovinos em matadouro (que dizer quando se espeta a empilhadora brutamente contra animais vivos?! E muito mais…). As imagens percorrem o mundo. A brutalidade desses humanos é escandalosa. Graças à visibilidade, os efeitos estão aí: a maior retirada de carne de vaca de sempre dos EUA (total de 65 mil toneladas) desta empresa que servia muita escolas e instituições sociais.
3. Além das consequências para a saúde pública, este facto relança o alerta sobre os maus-tratos para com todos os seres vivos, e especialmente os animais. Crueldade exercida com seres indefesos (seja a própria floresta, os mares, os animais…) manifesta bem alto como continuamos de humanidade, pois as acções sempre foram e são o espelho do ser. Uma renovada ordem da racionalidade transversal afirma-se hoje como imperativo ético, na relação do ser humano com todas as realidades existentes. As perspectivas do desenvolvimento sustentável e da biodiversidade também obrigam ao progresso de todos os conhecimentos que promovam as dignidades situadas de cada ser vivo. Neste quadro, o lugar especial dos humanos só pode ser actuar em conformidade com a “razão” que, porque conhece, respeita condignamente. Afinal, não será isto que ainda caracteriza o Homem?!

Alexandre Cruz

Por que razão acreditam as pessoas em Deus?

Um grupo de cientistas da Universidade de Oxford, Reino Unido, vai gastar dois milhões e meio de euros para descobrir por que é que as pessoas acreditam em Deus. Esta é uma interessante notícia publicada no SOL on-line. Já agora, vou (vamos) ficar com curiosidade de saber a que conclusões chegam eles, depois de tanto dinheiro gasto. Cá para mim, vamos ficar a saber o mesmo: sem fé, mesmo que embrionária, não haverá Deus para ninguém.

OS FILHOTES DO KOSOVO QUE VÊM AÍ

Pandora era sedutora, seduziu Epitemeu, e era curiosa, abriu a caixa que o amante tinha escondida. Maldição, estavam lá todos os males. Isso foi no tempo dos gregos. Agora, países da União Europeia reconheceram a Caixa de Pandora. Destapado o Kosovo, porque não Miranda do Douro? Respondo: porque aquele senhor de boina que escreve quinzenalmente no Público em mirandês é um homem atilado, e não exige a independência do Menino Jesus da Cartolinha. Senão... Infelizmente, os albano-kosovares, quando usam boina, não usam nada debaixo e lá temos o Kosovo independente. Já agora, porque não o Gora/Dragashi? Estão a ver o mapa do Kosovo? É aquela pontinha à esquerda, a mais a sul. Vivem lá os gora, muçulmanos como os albano-kosovares, mas sérvios de etnia. O suficiente para os independentistas de hoje os expulsarem dos empregos e das escolas. Os gora fugiram para a montanha. Eu visitei-os. Na montanha eles são maioritários. Não há um país que os reconheça? Ferreira Fernandes, in Diário de Notícias
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NOTA: A independência do Kosovo, território com uma área de pouco mais de dez mil quilómetros quadrados, traz-me à ideia a hipótese de os nossos arquipélagos da Madeira e dos Açores também reclamarem a sua independência. Como aconteceu com Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Alberto João Jardim já avisou, mais ou menos claramente, que isso pode vir a ser discutido. Os meus amigos já imaginaram o que aconteceria se isso fosse por diante? Depois, não poderia acontecer o mesmo com o Algarve, com uns milhares de ingleses, que por ali se fixassem, a lutarem pela criação de um pequeno país, qual paraíso turístico, cheio de estrangeiros reformados? Deus nos livre disso. Seria o fim. Lá ia Portugal à vela. Estou a brincar, mas já começo a acreditar em tudo...
FM

Aveiro: cidade vista de outros ângulos






Mais algumas imagens dos canais da Ria de Aveiro. Chamo a atenção dos meus amigos para a foto tirada dentro do olho da cidade. As fotos têm, naturalmente, um objectivo: mostrar que há sempre algo a ver em Aveiro, por mais que calcorreemos as suas ruas e ruelas...

Sensibilizar, tarefa dos sentidos, da razão e do coração!

Quando o tempo é de expectativa, como aquele que vivemos, os sentidos têm a obrigação de estar e de actuar mais despertos. E não apenas por instinto de defesa ou justa e devida preservação. Só assim os sinais que iluminam a nossa vida, pessoal e comunitária, podem ter em nós, através de tais janelas, outro acolhimento. Em vista do que esperamos, mas ainda não vislumbramos, quantas coisas perdem importância na bolsa das preocupações? De quantos sacrifícios não somos capazes? Aligeirados na carga, ficamos mais disponíveis para dar vez ao ouvido do coração. A este cabe, com efeito, ministrar-nos outro horizonte, muito para lá do bulício de cada dia. No caminho de tão fundo propósito, aguçamos o engenho, redobramos a atenção, isto é, sensibiliza-mo-nos, à procura do mínimo sinal que rastreie a nossa esperança e nos conduza ao destino. E, para que a sequência se estreite e fecunde: damos conta que também as palavras se somem, ou podem sumir, em desprendimento; e que é de olhos fechados, a mais das vezes, que vemos a transparência de tantas vidas que passam como sinais pela nossa. A ascese dos sentidos foi, pelos nossos pais, comparada à preparação do atleta. Todos percebemos a razão. Mas são tempos como este, quaresmal, que nos ajudam a sentir com mais vibrante intensidade o que os nossos maiores nos quiseram transmitir. Com efeito, o jejum, a oração e a esmola - autêntica escola dos sentidos - preparam-nos para a corrida com os olhos postos na vitória. Mas nem tal certame é clássico, nem obedece a regulamentos estabelecidos por autoridade de ofício. Corremos em comunidade e fazemo-lo sabendo que a vitória nos pertence n'Aquele que é o seu verdadeiro protagonista... Confessar Jesus Cristo na expectativa da mãe de todas as noites e fazê-lo, como importa, em comunidade, é também agarrar a pauta deste tempo, para que, de novo sensibilizados, possamos descobrir os rostos que iluminam as nossas vidas, sinais que nos endireitam os sonhos e os caminhos, muito para lá da nossa medida. João Soalheiro

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