terça-feira, 1 de janeiro de 2008

DIA MUNDIAL DA PAZ


PAZ


Paz de lareira acesa.
A vida sem horário
E os dias aquecidos.
Dias acontecidos
Num outro calendário.

Hibernação da alma
No corpo aconchegado.
Nenhum grito dorido
A bater ao ferrolho adormecido
Do sossego acordado.

Tréguas em toda a frente
De batalha.
O coração contente
Porque ninguém lhe ralha
De pulsar calmamente.

Miguel Torga


In “Poesia Completa”

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 58



Caríssima/o:

Ao espalmar a primeira folha de 2008, fica bem assomar à janela da vida e espreitar para, como se faz ao lume, espevitar a fogueira e reencontrar desafios que fomos pondo à margem.

1. Quero, contudo, que a primeira palavra, seja para o Professor Fernando; não para o parabenizar – ele faz o que gosta - mas para o encorajar (e se for preciso empurrar) a que continue este seu blogue com renovado fulgor. E, já agora, fica também a minha gratidão pelo espaço que me faculta. Que pena tenho de o não utilizar como mereceria!

2. De entre os muitos desafios que aguardam na prateleira, saltou, quase sem lhe dar autorização, o “que nos leva à Escola”! E como já disse alguém: “É sempre bom regressar à Escola!”
Foi uma cândida menina-senhora que um dia me interpelou nesse sentido. Mas do muito que me indiciou apenas rabiscarei sobre a escola/ensino na Gafanha de há 60 anos.

3. Dedico estes apontamentos a meus Pais – que, não sabendo ler nem escrever, sempre se esforçaram por dar os filhos à Escola – e meus Professores a quem sou devedor do muito que me entregaram e de que tão pouco aproveitei!

4. Os “retratos à la minuta” que forem saindo os envio desde já a meus Netos na esperança de que completaremos mais um «caderno de família» que nos ajudará a crescer no respeito do passado.

5. Apresentarei as minhas achegas, despretensiosas e quase inúteis – a vós completá-las, corrigi-las, aumentá-las, substituí-las ou rejeitá-las. Não preciso de o dizer porque já o sabeis: sou um aprendiz e, feliz me sinto, quando aparece alguém que me oferece algo de novo. Seja com este espírito e este propósito que vamos estender a toalha – a mim apenas o carrear dos talheres, esperando que outros os disponham e nos regalem com as iguarias.

Bom Ano!

Manuel
:
Nota: Escola da Ti Zefa, hoje oficina de José Manuel Pereira

BOM ANO DE 2008




Que o novo ano nos traga a alegria de viver com a esperança de largos horizontes, que nos façam sentir a beleza do bem, do bom e do belo.

Bom ano de 2008, com votos de boas festas.


Fernando Martins

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

DIA MUNDIAL DA PAZ - MENSAGEM DO PAPA


Família Humana,
Comunidade de Paz

"Condição essencial para a paz nas famílias é que estas assentem sobre o alicerce firme de valores espirituais e éticos compartilhados. No entanto, é preciso acrescentar que a família experimenta autenticamente a paz quando a ninguém falta o necessário, e o património familiar – fruto do trabalho de alguns, da poupança de outros e da colaboração activa de todos – é bem gerido na solidariedade, sem excessos nem desperdício. Para a paz familiar, portanto, é necessária a abertura a um património transcendente de valores, mas, simultaneamente, há que não menosprezar a sapiente gestão quer dos bens materiais quer das relações entre as pessoas. O falhanço nesta componente tem como consequência a quebra da confiança recíproca devido às perspectivas incertas que passam a pairar sobre o futuro do núcleo familiar."
:
Toda a Mensagem em Ecclesia

domingo, 30 de dezembro de 2007

As prendas de Natal

DEUS ANDA PELA COZINHA

Há pessoas com uma intuição especial para escolher prendas de Natal para os familiares e amigos. Eu, confesso, tenho algumas dificuldades. Normalmente dou aquilo de que gostei. Sobretudo livros já lidos e que me encantaram. Esse meu hábito já mais do que uma vez foi contestado por familiares, alegando que aquilo de que gosto pode não dizer nada a quem ofereço. Contudo teimo nesse meu comportamento, por não ver outra saída.
Neste Natal, por exemplo, recebi livros que me deliciaram. Já dei uma vista d’olhos a alguns e percebi que os meus familiares e amigos acertaram em cheio. Deles talvez venha a falar ao longo do ano.
Há um, porém, que se lê num fôlego e que me encantou durante a tarde de ontem. Já tinha ouvido falar dele, mas não tinha sentido apetência pela sua aquisição e pela sua leitura. Nem sequer tinha dado conta de que o prefácio, texto fundamental, era do conhecido padre e poeta José Tolentino Mendonça, já de si garantia de um trabalho de qualidade. O meu amigo acertou, portanto.
O livro – A BÍBLIA CONTADA PELOS SABORES – contém receitas de Albano Lourenço na Quinta das Lágrimas, com fotografias, excelentes, de Valter Vinagre (não podia faltar). A ficha técnica diz ainda que a edição é da Assírio e Alvim e que a revisão é de António Lampreia (também vem a calhar).
Da Bíblia, (Antigo Testamento e do Novo Testamento) e da tradição cristã são as receitas de entradas, sopas, peixes, carnes e sobremesas, todas elas de fazer crescer água na boca, para além de serem um desafio à nossa capacidade de as elaborarmos, tendo por tema, numa roda familiar ou de amigos, as propostas culinárias dos tempos de Jesus entre nós e antes d’Ele. E depois d’Ele, está bem de ver.
José Tolentino Mendonça brinda-nos com um prefácio que é uma belíssima lição bíblica, daquelas que se lêem com gosto, com a garantia de que “Deus anda pela cozinha”. Diz o prefaciador, logo nas primeiras linhas: “Literalmente, a Bíblia é para comer. É odorosa, recôndita, vasta como a mesa celeste, íntima como a mesa materna, grata ao paladar, engenhosa, profusa, profícua. Descreve os copiosos bosques profanos e as ofertas alimentares sagradas, recria ascetismos e deleites, conta com a esporádica caça e os pastos cevados, com comidas frugais de viagens e banquetes há muito anunciados. Não é insólito que se olhe atentamente para a cozinha da Bíblia.”
Claro que não vou transcrever todo o prefácio, embora gostasse de o partilhar com os meus leitores. Mas fica aqui, ao menos, um cheirinho do que foi cozinhado para este livro, na Quinta das Lágrimas, lá para as bandas de Coimbra, de tantos encantos, bem à vista no livro.

E já agora, com a devida vénia, deixo uma receita, do mestre Albano Lourenço, que todos podem experimentar:

Guisado de ovelha com lentilhas e uvas(Antigo Testamento)

1,2 Kg de pá de ovelha
3 cebolas
6 dentes de alho
2 dl de azeite
4 folhas de louro
100 g de lentilhas
200 g de uvas
4 dl de vinho branco

Demolhe as lentilhas. Frite a carne partida em pedaços em azeite e retire. Continue a fritar a cebola e os alhos picados. Refresque com vinho, junte o louro e reduza um pouco. Junte a carne e cubra com água. Deixe cozer mais ou menos 40 m até estar quase cozinhada. Junte as lentilhas, deixe cozer e retire do lume. Junte as uvas cortadas ao meio sem grainhas.

Bom apetite, deseja o

Fernando Martins

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 57


O PRÍNCIPE E A ARANHA

Caríssima/o:

Seja então esta a última lenda das terras que fui/fomos percorrendo. Passa-se na Escócia que, se bem nos lembrarmos, foi lá que iniciei esta caminhada.
A versão que me caiu sob os olhos diz assim:

«Num país longínquo, vivia um príncipe que julgava que no mundo havia coisas e animais que não serviam para nada.
Dizia com muito mau humor:
- As moscas servem unicamente para nos incomodarem. As aranhas servem para sujar tudo com as suas sujas teias.
Em certa ocasião, esse príncipe perdeu uma batalha e, perseguido pelos seus inimigos, teve de fugir através de um bosque. Sentiu-se perseguido, dia e noite. Estava já tão cansado que, a determinada altura, pôs-se a dormir junto ao tronco de uma árvore.
Foi acordado por uma forte picadela de uma mosca. Viu que, bem perto dele, estavam os seus perseguidores e correu a refugiar-se numa gruta.
Os seus inimigos aproximaram-se. Olharam para a gruta e um deles disse:
- Aqui dentro não deve estar ninguém.
Um outro perguntou:
- Porque dizes isso?
Replicou-lhe o primeiro:
- Porque a entrada da gruta está coberta por uma grande teia de aranha. Se alguém tivesse entrado, estaria despedaçada.
Ficaram convencidos e afastaram-se.
Foi deste modo que o príncipe se salvou. E, desde então, deixou de pensar que, na natureza, há coisas inúteis. Ficou a saber que até as moscas e as aranhas servem para algo.»
[«Sonhar e desenhar um Mundo melhor» - Manual Infantil, da Acção Católica Rural, pág. 85]

À Ana Maria entrego esta lenda. Por si, descobrirá que Rei é este que, vindo da Escócia, foi Rei de Inglaterra e colocou no seu brasão a teia da aranha!


Feliz e Próspero Ano Novo!


Manuel


Foto de Manuel Olívio

sábado, 29 de dezembro de 2007

PORTAL DE BELÉM



Quem se aproxima do “portal de Belém” com olhos de ver não apenas as aparências, mas a realidade profunda, não deixa de ficar admirado com tanta ternura e carga simbólica: Uma família simples que não é propriamente modelo-tipo de família humana em qualquer parte do mundo, mas apresenta um estilo de vida familiar de valor universal. Um estilo de vida que há-de estar presente em todas as configurações históricas de qualquer família: o acolhimento da vida, o respeito pelo outro, o amor na relação, a ternura nos gestos de comunicação, a solidariedade nas tarefas a realizar, o lar a construir progressivamente, a liberdade crescente articulada com a autoridade exercida, a atenção à individualidade de cada um e a comunhão vivenciada por todos.
O Menino Jesus vê-se aconchegado pelo desvelo de Maria e de José. O seu olhar penetrante projecta-se em sonhos de humanidade feliz em que todas as crianças podem ver nascer o sol com sorrisos de alegria e de esperança.
Maria simboliza a Mãe solícita. As suas mãos abertas – qual berço preparado para acolher a vida nascente – expressam bem a atitude de quem está ao serviço da vida com disponibilidade total em qualquer momento e circunstância.
José é o rosto do homem sério e bondoso. Face aos acontecimentos, vai até onde pode na sua reflexão e deixa lugar à fé que a revelação lhe oferece. A responsabilidade legal que assume perante a sociedade constitui uma luz que se projecta em todos os tempos.
“Levanta-te, toma o menino e sua mãe” é palavra-mensagem que condensa a força simbólica do “portal de Belém”. Para ontem, hoje e amanhã.
Hoje, quantas crianças correm perigo na rua, nas redes de prostituição, nos países em guerra nos lares com violência, nas famílias sem valores dignos da condição humana e cristã, nas escolas redutoras da sua função educativa à simples instrução, nas comunidades eclesiais sem espaço adaptado nem linguagens acessíveis.
O portal abre-se facilmente a quem cultive sentimentos humanos. A fome e a miséria face à abundância e desperdício; a falta de água e de medicamentos perante o consumismo desenfreado, o fanatismo religioso que faz vítimas sem conta, a injusta distribuição dos bens, as famílias desestruturadas, a publicidade sedutora e o patamar social de expectativas que não pode ser correspondido pela magreza dos ordenados e das poupanças.
O mundo exposto ao nosso simples olhar, a par de enormes esforços de alguns e grandes gestos de generosidade de muitos, cria situações de revolta, aumenta as desigualdades e introduz factores de angústia e depressão.
A situação de hoje clama por homens como José que saibam erguer-se e tomar a defesa do Menino e de quantos nele estão retratados; por homens que prefiram correr riscos a continuar na comodidade egoísta; por homens que escutem a consciência mais que os interesses; por homens que queiram viver o amor gratuito, brasão do portal de Belém, o lar da família, a casa do pão.

Georgino Rocha

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