quarta-feira, 4 de julho de 2007

ADERAV



Direcção da ADERAV tomou posse



Os corpos sociais da ADERAV – Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro, para o biénio 2007 / 2009, tomaram posse, no dia 29 de Junho, na Capela de S. Francisco, com um alerta para o estado de degradação daquele monumento nacional.A sessão de posse dos novos órgãos sociais da ADERAV incluiu uma visita à Capela de S. Francisco, templo que, juntamente com a Igreja e Convento de Santo António, forma um conjunto classificado, em 14 de Outubro de 1999, como monumento nacional. Em 1677 foi lançada a primeira pedra da actual capela de S. Francisco, templo concluído dois anos mais tarde. A visita teve por objectivo dar a conhecer e alertar para o estado de degradação da capela.Delfim Bismarck preside à assembleia-geral, tendo por secretários Sérgio Azevedo e Graciano Pinto. A direcção é constituída por Luís Souto (presidente), Oliveira Cardoso e Paulo Morgado (vice-presidentes), Ana Leite (secretária), João Paulo Baeta (tesoureiro), Fátima Alves e Patrícia Sarrico (vogais). O conselho fiscal é presidido por Maria da Luz Nolasco, sendo os cargos de secretário e relator ocupados, respectivamente, por Carlos Fonseca e Andreia Leite.A ADEARV irá explorar “todas as formas que considere eficazes no sentido de ter um papel activo nas questões que directa ou indirectamente afectem a preservação do património”. Para isso, a associação “terá especial cuidado na fundamentação das suas posições públicas, recorrendo por exemplo a pareceres de especialistas, sem no entanto transformar a associação num fórum académico”.
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Fonte: Correio do Vouga
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NOTA: Aqui está uma associação que merece todo o apoio possível, para bem de todos nós. Vocacionada para defender o nosso património cultural, nas mais variadas vertentes, a ADERAV tem desenvolvido, desde a primeira hora, concretamente desde 1979, uma acção profícua na zona de Aveiro, que pode alargar-se muito mais se mais for ajudada pelos amantes da cultura, que os há, em grande número, na região.


terça-feira, 3 de julho de 2007

Ares do Verão


ARTESANATO NO VERÃO
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Com o Verão vêm as feiras, um pouco por todo o lado. Gosto de passar por elas, não tanto para comprar, mas para ver o artesanato autêntico, genuíno, fiel às tradições, usos e costumes do povo. Numa dessas feiras, apreciei o senhor Adelino, mestre oleiro dos arredores de Aveiro, que ensina sempre a sua arte a quem estiver interessado em aprender. Vejam a atenção e a serenidade com que molda o barro. Disse-me um dia que a juventude está mais virada para outros interesses, embora haja um ou outro jovem que aposta na olaria. Ouvi o entusiasmo com que conta histórias ligadas à arte de trabalhar o barro. O seu bom humor, a sua alegria e a sua saudável memória fazem passar o tempo a correr.
Tudo isto que estou a dizer poderá servir para entusiasmar os meus leitores a falarem com os artesãos nas feiras do Verão que estão a chegar.

Comunicação social na Igreja

OS TRÊS NÍVEIS
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
DA IGREJA

"Quanto à relação da Igreja com outros órgãos de informação, ela não pode deixar de passar pela profissionalização da comunicação. É impossível ignorar-se que todo o conteúdo tem forma: não há mensagem que nos chegue sem forma (palavras, sintaxe, retórica, fotos, imagens em movimento, cenário, iluminação, etc.). O conteúdo tem de ser adequado aos destinatários, a começar pelos jornalistas que serão os intermediários. O risco de adulteração da mensagem é maior quando a adaptação ao destinatário não é feita pela própria entidade que a pretende comunicar. Fazem parte da profissionalização: primeiro, as técnicas do marketing (a palavra não deve assustar, é apenas uma palavra; se se quiser, podemos inventar outra: audiencing, isto é, adaptar a mensagem à audiência concreta com a máxima eficácia); segundo, a reflexão sobre qual o registo em que os representantes da Igreja, por ser Igreja, devem comunicar com os media para que a comunicação seja adequada e profícua."
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Eduardo Cintra Torres, conhecido crítico de televisão, que colabora habitualmente no PÚBLICO, escreveu um texto que pode ser lido na íntegra, na ECCLESIA, sobre a comunicação social da Igreja. Penso que se trata de uma reflexão que todos devíamos ter em conta, sobretudo os católicos.

Efeméride


IGREJA DAS CARMELITAS
E PRAÇA MARQUÊS DE POMBAL


1905

No dia 3 de Julho de 1905, por iniciativa da Câmara Municipal de Aveiro e após viva controvérsia, começou o corte e demolição de parte do Convento das Carmelitas, para a abertura de uma praça, que veio a ser baptizada, à margem da Igreja, diga-se de passagem, com o pomposo nome de Marquês de Pombal, que, acrescente-se ainda, não gostava nada de Aveiro. O duque de Aveiro, não terá, em sua opinião, colaborado no atentado ao Rei D. José?
Ao recordar este facto, relatado, sucintamente, no Calendário Histórico de Aveiro, de António Christo e João Gonçalves Gaspar, ocorre-me perguntar se não seria altura de a igreja das Carmelitas e anexos voltarem à posse da Igreja Católica, para lhes ser dado um uso mais adequado. Penso que sim.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Energias Renováveis em Acção

ESCOLA SECUNDÁRIA
DA GAFANHA DA NAZARÉ
E PORTO DE AVEIRO DE MÃOS DADAS
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A Administração do Porto de Aveiro decidiu associar-se como financiadora do projecto “Energias Renováveis em Acção”. Com esta iniciativa, a cargo da Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico da Gafanha da Nazaré, e inserida no Programa de Apoio a Projectos Educativos, pretende-se, numa primeira fase, dotar a Escola dos meios necessários a produzir e armazenar energias renováveis, eólicas e solares, para abastecer o consumo energético de um laboratório de informática constituído por 12 computadores pessoais. É ambição do estabelecimento de ensino aumentar, em fases posteriores, os instrumentos de captação e acumulação de energias renováveis, com o intuito de dotar a escola de maior autonomia quanto ao consumo de energia. A missão pedagógica e de formação do “saber ser” e “saber estar” da escola, incutindo e sensibilizando os alunos e a comunidade de uma forma geral para a importância do aproveitamento e utilização das energias renováveis, aspectos que assumem cada vez mais relevância na nossa sociedade, dada a sua dependência em termos energéticos; a exploração dos recursos naturais relevantes da zona (vento e sol), rentabilizando-os na produção de energias limpas e renováveis; e a diminuição da factura de energia eléctrica, são os objectivos elencados pelo projecto “Energias Renováveis em Acção”.
: Fonte: Porto de Aveiro

A nossa gente


Armando Oliveira Pimentel


Neste mês das festas da Vista Alegre em Honra de N. Sra. da Penha de França, dedicarmos a rubrica “A Nossa Gente” ao Mestre Armando Pimentel, pintor artístico da Vista Alegre.
Armando Oliveira Pimentel nasceu em Vagos a 17 de Janeiro de 1930, mas desde os seus 20 anos, ano em que casou, reside em Ílhavo.
Descende de uma família profundamente enraizada na Vista Alegre. Foi seu pai, o primeiro pintor da família, que certamente influenciou a vocação do filho para abraçar a profissão que faria dele o último Mestre de pintura da Vista Alegre. Esta vocação revelou-se muito precocemente pois Armando Pimentel recorda-se, de ainda menino gostar de desenhar “as caras dos Reis de Portugal, mas só dos que tivessem barba e bigode…”
O seu pai tentou a sua entrada para o seminário a qual não se realizou por motivos financeiros. Abandonada a ideia do seminário, e porque era necessário ajudar os pais e os irmãos, começou a trabalhar num talho à espera de ter idade para poder ingressar na Vista Alegre.
Foi no dia 22 de Março de 1942, com 12 anos de idade, que começou a aventura do futuro Mestre da Vista Alegre, ingressando na Aula de Desenho tendo como professor o João Cazaux. Cedo se revelaram os seus invulgares dotes artísticos, e passado um ano ingressou como aprendiz na oficina de Pintura onde foi acompanhado pelo Mestre Ângelo Chuva. Aos 18 anos foi oficialmente considerado “Aprendiz menor do 1º ano de pintor” e começou a trabalhar com o seu grande Mestre Palmiro Peixe.
Foi meteórica a sua carreira como pintor da Vista Alegre. Contrariamente ao que era habitual começou a ter um vencimento de 5$00 por dia, logo que iniciou a aprendizagem de pintura e aos 14 anos recebeu, no Natal, a sua primeira gratificação, que naquela altura, só era concedida a 6 pintores!
Foi Armando Pimentel que iniciou a técnica da pintura sobre biscuit, em 1970, que tornou possível uma autêntica revolução artística da pintura, pelo realismo que tal técnica permitia dar às peças.
De 1970 a 1999 todos os lançamentos de séries especiais ou limitadas da Vista Alegre lhe passaram, directa ou indirectamente, pelas mãos e lhe mereceram a mais dedicada atenção e o maior empenho na qualidade da sua execução.
Armando Pimentel esteve ao serviço da Vista Alegre 65 anos, representando-a em vários pontos do globo, desde a fábrica alemã Hutschenreuther, em 1969, participou num Congresso de Design na Suécia e na Finlândia, esteve presente nas Feiras de Versalhes, Frankfurt e Hannover, e fez demonstrações de pintura ao vivo em Londres, Dallas, Bóston, New York, Haway e Rio de Janeiro. Também em Portugal teve a oportunidade de revelar o seu talento como pintor na FIL, em Lisboa, em exposições realizadas na Póvoa de Varzim e Espinho e por ocasião da inauguração da nova Loja da V.A. no Chiado, em Lisboa.
Armando Pimentel pintou centenas de peças, todas motivo de orgulho, algumas com marcas históricas. É o caso do serviço oferecido como presente à Rainha Isabel II, quando o Presidente da República visitou a Grã-Bretanha. Bem como outro pedido executado a pedido da Câmara Municipal de Lisboa para servir no banquete oficial que o Presidente da República ofereceu à Rainha Isabel II.
Mestre Armando Pimentel foi um grande Embaixador da Vista Alegre, deixando, por onde passou, o rasto da sua inconfundível arte numa capacidade rara de criar beleza.

Fonte: “Viver em…” da CMI

A nossa saúde




DIETAS

A moda das dietas, para tudo e mais alguma coisa, reaparece, com mais força, no Verão. Nesta altura, mais por motivos de estética e para não parecer mal na praia. Não vejo nenhum mal nisso. Mas como a saúde sofre com uma alimentação errada, as dietas também fazem parte, hoje e durante todo o ano, das recomendações médicas. Só que, às vezes, ficamos baralhados, com certas contradições. O que uns recomendam, outros condenam.
Há tempos, três especialistas colaboraram com uma revista, cada um deles explicando, grosso modo, o seu método. E os três tentaram explicar as razões das suas opções, que não coincidiam em vários pontos. O que um condenava o outro considerava normal ou importante.
No final, cheguei à conclusão de que o problema está em cada um nós e que se resume em comer pouco e várias vezes por dia, não abusando daquilo que toda a gente diz que faz mal, controlando o apetite e optando por alimentos variados e o mais naturais possível.
No PÚBICO de hoje, a jornalista de serviço e especialistas em questões científicas, Ana Gerschenfeld, recomenda uma “Dieta da idade da pedra”, como a mais saudável.
Diz assim:




Dieta da idade da pedra



“Toda a gente sabe: um dos flagelos do mundo ocidental, num futuro que já é presente, serão as doenças ligadas à alimentação - a diabetes e o seu cortejo de complicações graves. Mas afinal qual é a dieta mais saudável? Não é bem a mediterrânica, respondem cientistas da Universidade de Lund, na Suécia; é a dos homens e mulheres da Idade da Pedra. No primeiro estudo deste género no ser humano, pediram a 14 pessoas para adoptarem uma dieta "paleolítica": fruta, legumes, nozes, carne magra, peixe, evitando o sal. A outros 15, aconselharam uma dieta de tipo "mediterrânica prudente" - à base de flocos integrais, lacticínios com baixo teor de gordura, fruta, legumes e gorduras saudáveis como o azeite. Mediram os picos de açúcar no sangue após a ingestão de hidratos de carbono, que quando são acentuados indicam uma "intolerância à glucose", sintoma precursor da diabetes. Passados três meses, o principal resultado, refere um comunicado, foi que esses picos tinham diminuído marcadamente no grupo Paleolítico, mas não no Mediterrânico. Ou seja: mesmo os cereais e os lacticínios deveriam fazer parte dos alimentos a evitar.”